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O Avanço Das Estruturas Metálicas

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Por:   •  22/10/2014  •  4.170 Palavras (17 Páginas)  •  1.634 Visualizações

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RESUMO

O uso das estruturas metálicas aliadas às construções surgiu por volta do século XVIII durante à Revolução Industrial e vem sendo utilizada cada vez mais, até os dias atuais, com o advento do aço. Por ser uma tecnologia industrializada, seu uso é constante devido à rapidez e qualidade que ela propicia, gerando algumas vantagens de uso na contrução civil. Assim o trabalho tem a finalidade de gerar maior conhecimento a respeito do uso do ferro e aço desde sua origem como material construtivo até os dias atuais.

Palavras Chaves: estrutura, ferro , aço

SUMÁRIO

1.0 Introdução...............................................................................................07

2.0 Justificativa..............................................................................................08

3.0 Objetivo...................................................................................................09

4.0 Desenvolvimento..........................................................................10

4.1 Histórico Mundial..........................................................................10

4.2 Estruturas Metálicas no Brasil......................................................17

4.3 A utilização dos Aspectos de Conforto.........................................18

4.4 As diferenças entre o Ferro e o Aço.............................................21

4.5 Aço x Concreto.............................................................................24

5.0 Conclusão...............................................................................................28

6.0 Referências Bibliográficas.......................................................................29

LISTA DE FIGURAS:

Figura 01: Máquina a Vapor – Revolução Industrial

Fonte: novahistorianet.blogspot.com

Figura 02: Ponte sobre o Rio Servern – Inglaterra

Fonte: http://thaa2.wordpress.com/category/daniel-rodrigues-pascoal

Figura 03: Palácio de Cristal – Londres

Fonte: www.architetturaamica.it/afdidee.html

Figura 04: Torre Eiffel – Paris

Fonte: Foto – Sérgio de Castro

Figura 05: Centro Georges Pompidou – Paris

Fonte: Foto – Sérgio de Castro

Figura 06: Edifício do Reichstag – Berlim – Norman Foster

Figura 07: Ionic Building – Londres – Norman Foster

Fonte: 30stmaryaxe.com

Figura 08: Lake Shore Drive Apartments – Chicago - Mies Van der Rohe

Fonte: www.greatbuildings.com/cgi-bim/gbi/lake_shore_drive_apts.html

Figuras 09 e 10: Empire State Building – Nova York

Fonte: http://celebrity-days.blogspot.com.br/2011/06/world-most-expensive-empire-state.html

Figura 11: Edifício Garagem América - São Paulo - Arquiteto Rino Levi

Fonte: DIAS, 1999

Figura 12: Edifício Saraiva Marinho – Belo Horizonte (1987) – Arquiteto Carlos Viotti

Fonte: DIAS, 1999

Figura 13: Edifício Casa do Comércio - Salvador (1987) – Arquitetos Oton Gomes e Fernando Frank

Fonte: DIAS, 1999

Figura 14 : O Ciclo do Aço

Fonte: IBS - Anuário Estatístico Siderurgia (2013)

Figura 15: Cobertura metálica em execução

Fonte: Arquivo Projectaço

Figura 16: Hospital Albert Einstein – Fachada(Estrutura Metálica)

Fonte: : http://www.abcem.com.br/revista-construcao-metalica.php

Figura 17: Ponte JK – Brasília (2002) – Arquiteto Alexandre Cham

Fonte: www.pendulo.com.br/fotos/jk/pontejk.jpg

Figura 18: Aeroporto Internacional Pinto Martins – Fortaleza-CE

Fonte: http://www.abcem.com.br

Figura 19: Processo Siderurgico de transformação do Ferro em Aço

Fonte: DIAS, 2002

Figura 20: Estrutura Metálica

Fonte: Foto Aline Marinarte

Figura 21: Estrutura Metálica

Fonte: Foto Aline Marinarte

Figura 22: Quadro Comparativo das Características dos Sistemas Construtivos

Fonte: Paulo A.

INTRODUÇÃO

O uso das estruturas metálicas na construção civil surgiu em meados do século XVIII e no Brasil sua utilização se deu na segunda metade do século XIX, a principio era utilizado o ferro fundido e hoje se expandiu com a utulização do aço, principalmente nas edificações de uso comercial, industrial e posteriormente nas edificações de múltiplos andares. O emprego desse tipo de material proporciona ao segmento da construção civil, maior agilidade e industrialização do processo construtivo.

Dessa forma o objetivo desse trabalho é investigar como se deu o surgimento da utilização das estruturas metálicas na construção civil desde a época da revolução industrial no século XVIII até os dias atuais.

JUSTIFICATIVA

Embora haja, recentemente um aumento do interesse sobre o assunto abordado nesse trabalho, o estudo sobre a inovação de estruturas metálicas na Construção Civil é ainda pouco aprofundada. Com a finalidade de explorar o assunto, este trabalho pretende contribuir para mostrar a aplicação desta técnica cada dia mais utilizada.

A partir da década de 70, com o advento dos computadores eletrônicos houve uma grande revolução no desenvolvimento das estruturas metálicas. Com o aparecimento de novas técnicas computacionais foi possível buscar concepções geométricas de melhor desempenho estrutural e que mais atendiam aos anseios arquitetônicos (MAKOWSKI 1993).

OBJETIVO

O objetivo desse trabalho é pesquisar o avanço no processo de inserção do aço na formação das estruturas metálicas, apresentando as aplicabilidades deste conceito dentro do processo inovador de estruturas e seu real custo benefício para a ampliação e exatidão das construções, focando em estrutura metálica sendo uma atividade de construção inovadora e com diversas possibilidades em vãos, atendendo a necessidade do espaço vigente para que se possam obter resultados com estruturas cada vez mais rígidas, reduzidas em peso, com possibilidade de ampliação e facilidade de fixação das instalações.

DESENVOLVIMENTO

Histório Mundial

As estruturas metálicas no Brasil em edificações começaram a serem utilizadas depois da segunda metade do século XIX, onde estão sendo utilizadas até hoje com crescimento gradual, destacando-se em construções como pontes, viadutos, passarelas, supermercados, hotéis, hospitais, teatros, presídios, palcos, galpões industriais, silos, postos de gasolinas, entre outros.

As estruturas metálicas têm simples formação, se estruturam através de vigas e pilares e podem ser compostas com materiais que são largamente utilizados no Brasil, como é o caso do concreto. Outras características das estruturas metálicas são a agilidade e a industrialização, o que faz com que os prazos de execução diminuam.

Apesar do uso do aço ter iniciado no Brasil bem depois de países como Inglaterra e Estados Unidos e ter baixo consumo, o Brasil ocupa posição importante no cenário internacional, sendo o 10º produtor mundial de aço e 1º na América latina. A produção brasileira de aço bruto alcançou 10,7 milhões de toneladas entre janeiro e abril de 2007, representando crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período em 2006. (IBS, 2007)

Figura 02: Ponte sobre o Rio Servern – Inglaterra

A Ponte do Rio Servern foi a primeira ponte construída em ferro fundido e foi considerarda um avanço tecnológico na época, visto que as pontes até então eram construídas em madeira ou pedra. A ponte foi contruída entre os anos de 1775 e 1779 pelo industrial Abrahan Darby.

O material trabalha essencialmente à compressão, que proporciona seu melhor desempenho, sendo sua resistência à tração relativamente baixa. A concepção estrutural da obra era semelhante à de pontes de pedra e a junção das partes foi baseada em técnicas de construção de tesouras de madeira. A solução era, de certa maneira, conseqüência natural das derivações de métodos construtivos tradicionais, uma vez que a pedra era empregada, em geral, de modo trabalhar fundamentalmente a compressão. (KUHL, 1998)

Aos poucos o ferro se tornou um material de utilização constante na construção civil e seu constante progresso permitiu que sua produção fosse em larga escala, estendendo assim seu campo de aplicação, se aprimorando para atender o mercado europeu e norte americano que estava em ebulição.

No século XIX o ferro foi se tornando um material constante na arquitetura e engenharia, já era empregado no comércio, principalmente nas galerias. Também por ser um produto pré-fabricado e de rápida montagem, o que era necessário na Revolução Industrial.

Em 1951 aconteceu em Londres a Primeira exposição Universal, onde foi construído entre outros o Palácio de Cristal (figura 03), projetado pelo arquiteto Joseph Paxton, foi considerado um marco na arquitetura, por conta sua rápida execução com materiais pré-fabricados. No fim da exposição o Palácio foi desmontado e reontado em outro lugar, mas em 1936 foi destruído por um incêndio.

Figura 03: Palácio de Cristal - Londres

O uso do ferro possibilitou uma nova linguagem arquitetônica, em que o o vidro foi empregado, possibilitando a maior integração entre os espaços internos e externos.

Nesse momento diversas exposições foram feitas, onde a estrutura metálica foi exposta como a grande descoberta industrial da época, potencializada através da racionalização, da pré-fabricação, da rápida montagem em campo da possibilidade de estruturas mais esbeltas e resistentes à sobrecargas, com relação às mesmas dimensões das estruturas de pedra e madeiras utilizadas até então. Tais conceitos foram disseminados em vários países. Em 1889 aconteceu a Exposição Universal em Paris, em que um dos marcos da exposição foi a Torre Eiffel (figura 04) que medidia 300 metros de altura e foi projetada pelo Engenheiro Gustave Eiffel. A torre a princípio seria desmanchada, mas a população decidiu mante-la, visto que a estrutura foi construída em apenas dois anos, se tornando posteriormente o símbolo da cidade.

Figura 04: Torre Eiffel – Paris

Após a primeira Guerra Mundial o uso das estruturas metálicas deixou de ser utilizado com grande intensidade. Seu renascimento se deu na década de 70, quando os arquitetos Renzo Piano e Richard Rogerns construíram o Centro Pompidou na cidade de Paris, com a finalidade de difundir novamente o uso das estruturas metálicas aparentes nas construções civis.

Figura 05: Centro Georges Pompidou – Paris

A partir daí varias pesquisas e usos foram dadas às estruturas metálicas, arquitetos como Norman Foster conseguiram enfretar de forma madura as estruturas metálicas às suas obras.

Figura 06: Edifício do Reichstag – Berlim – Norman Foster

Figura 07: Ionic Building – Londres – Norman Foster

A partir da segunda metade do século XIX, os EUA, assim como a Europa começaram a empregar em suas técnicas construtivas o ferro e o aço, nas contruções industriais e comerciais, o que acabou gerando um estilo americano de arquitetura.

Em 1871, a cidade de Chicago sofreu um trágico incêndio e a estrutura metálica auxiliou de forma significativa em sua construção, devido à agilidade na montagem das estruturas, além da possibilidade da execução dos edifícios de múltiplos andares. Nesse período surgem os elevadores e os americanos finalmente criaram os arranha-ceus.

O princípio de sustentar todo o edifício sobre uma rede metálica equilibrada com precisão, solidificada e protegida contra incêndio, deve-se a Willian Le Baron Jenney. Ninguém o precedeu nisso, e a ele cabe todo o mérito que deriva da proeza de engenharia que foi o primeiro a executar. (BENEVOLO, 1989)

Figura 08: Lake Shore Drive Apartments – Chicago - Mies Van der Rohe

Após a Segunda Gerra Mundial, a necessidade da construção de novas moradias de forma econômica, racional e ágil também contribuíram para a difusão do uso das estruturas metálicas em todo o mundo.

Já no século XX, o movimento moderno começa a utilizar o concreto armado, por se tratar de um material que possibilitava maior plasticidade nas formas construtivas. Mas as estruturas metálicas, que já estavam empregadas nas construções nos EUA e Europa continuaram a ser empregadas, fato que não aconteceu no Brasil.

Figuras 09 e 10: Empire State Building – Nova York

Estruturas Metálicas no Brasil

As estruturas metálicas em escala industrial expressa significativos indicadores desde a última década do século XVIII, Já no Brasil se expõe no início do século XIX, sendo assim através do avanço da indústria e do estudo de materiais e componentes novos foi comprovado que o aço (constituição básica de ferro e carbono), mostra uma enorme vantagem em relação a outras associações quando aplicado na Construção Civil.

O surgimento de uma nova arquitetura em aço brasileira também fica evidente na qualidade das obras, que, muitas vezes, pode ser comprovada em concursos realizados por entidades da área, que premiam cada vez mais obras com esse tipo de estrutura.

O Edifício Graragem América, situado em São Paulo, foi o primeiro edifício de múltiplos andares a ser construído no Brasil, em 1957. Ele possui 15 andares e estrutura aparente em uma das fachadas.

Figura 11: Edifício Garagem América - São Paulo - Arquiteto Rino Levi

Na década de 80 a siderurgia do Brasil atinge índices internacionais de excelência e os produtos aqui fabricados já possuíam a qualidade exigida no exterior. É também nesse período que os projetos arquitetônicos desenvolvidos com estruturas metálicas passam a ser bem expressivos e a estrutura metálica passa a fazer parte da composição arquitetônica do edifício e deixar de ser utilizada somente estruturalmente, como nos casos anteriores.

Figura 12: Edifício Saraiva Marinho – Belo Horizonte (1987) – Arquiteto Carlos Viotti

Figura 13: Edifício Casa do Comércio - Salvador (1987) – Arquitetos Oton Gomes e Fernando Frank

Para Cord (2013), “devido à maior velocidade de execução da obra, é possível obter um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido”, acrescenta. Portanto, as estruturas em aço são mais leves e podem reduzir em até 30% o custo das fundações e ainda tornar viável o uso de solos com baixa capacidade de carga

Figura 13: Edifício Casa do Comércio - Salvador (1987) – Arquitetos Oton Gomes e Fernando Frank

Para Cord (2013), “devido à maior velocidade de execução da obra, é possível obter um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido”, acrescenta. Portanto, as estruturas em aço são mais leves e podem reduzir em até 30% o custo das fundações e ainda tornar viável o uso de solos com baixa capacidade de carga.

Figura 14 : O Ciclo do Aço

A UTILIZAÇÃO DOS ASPECTOS DE CONFORTO AMBIENTAL

Bandeira (2008, p.53) afirma que:

Mesmo assim, o uso da estrutura metálica no Brasil ainda é pequeno, se comparado com países como Estados Unidos e Japão. A falta de conhecimento do material pelos profissionais de engenharia e arquitetura, originada de uma formação universitária enraizada no uso do concreto armado, contribui para a não utilização do aço nas estruturas.

Figura 16: Hospital Albert Einstein – Fachada(Estrutura Metálica)

O uso das estruturas metálicas está se ampliando cada vez mais e existem representativas obras que podem ser encontradas no Brasil. O consumo de aço e a demanda por perfis laminados esta em constante ampliação, principalmente desde 2004 até os dias de hoje. A rapidez no processo de montagem e na execução da obra é outro diferencial importante para as casas em aço, já que as peças vêm do tamanho encomendado da fábrica, tornando menores os prazos de entrega.

Figura 17: Ponte JK – Brasília (2002) – Arquiteto Alexandre Cham

Segundo Nakamura (2012):

Mas as perspectivas são de crescimento. Pelo menos é essa a opinião (e expectativa) das siderúrgicas, dos montadores e dos especificadores. José Eliseu Verzoni, residente da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem) e diretor da Metasa, crê em uma taxa de crescimento superior a 10% ao ano. Além disso, dados do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) indicam que nos últimos cinco anos houve um crescimento de 52% no uso dessa tecnologia por arquitetos, engenheiros e construtores. Em 1990, as edificações com estruturas de aço no País somavam três milhões de metros quadrados; dez anos depois, esse número dobrou.

Apesar de simples quando comparado a outros sistemas construtivos, este é um elo que exige mão de obra com treinamento específico, agrega valor ao produto e traz diferenciação para a empresa, uma vez que embute um serviço especializado. Mas em contra partida há grandes vantagens tais como alívio das fundações; uma redução nos canteiros de obras; redução de tempo e construção; maiores espaços úteis(pilares de menor seção e maiores vãos – livres); qualidade e segurança da obra; trabalhabilidade e flexibilidade; instalações mais rápidas; economicidade.

Podemos assegurar que o Brasil possui um parque industrial de primeira qualidade, que juntamente com as empresas de engenharia consultiva e de serviços, podem se igualar aos seus similares estrangeiros, fazendo da construção metálica de um modo geral, um dos baluartes da arquitetura industrial nacional(FALEIROS et al, 2009).

A Indústria Brasileira de estruturas metálicas vem ganhando importância no setor da construção civil do país, o que se deve ao bom desempenho da economia nacional e a busca por uma maior produtividade.

Figura 18: Aeroporto Internacional Pinto Martins – Fortaleza-CE

AS DIFERENÇAS ENTRE O FERRO E O AÇO

Diversas características tornam o aço e o ferro elementos diferentes. A primeira delas é que, enquanto o ferro, conhecido como “Fe” na Tabela Periódica, é um metal puro, o aço é a mistura do ferro com o carbono. Desta forma, é possível dizer que o aço é uma mistura que utiliza o ferro em sua composição e por isso estão relacionados.

À temperatura ambiente, o ferro encontra-se no estado sólido. É o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre (aproximadamente 5%). Atualmente, é utilizado extensivamente para a produção de aço, liga metálica para a produção de ferramentas, máquinas, veículos de transporte (automóveis, navios, etc), como elemento estrutural de pontes, edifícios, e uma infinidade de outras aplicações.

Um dos inconvenientes do ferro é que se oxida com facilidade. Existe uma série de aços aos quais se adicionam outros elementos ligantes, principalmente o crômio, para que se tornem mais resistentes à corrosão. São os chamados aços inoxidáveis.

Quando o conteúdo de carbono da liga é superior a 2,1% em peso, a liga metálica é denominada ferro fundido. Estas ligas apresentam, em geral, entre 3% e 4,5% de carbono em peso. Existem diversos tipos de ferros fundidos: cinzento, esferoidal, branco e maleável. Dependendo do tipo apresenta aplicações diferentes: em motores, válvulas, engrenagens e outras.

Por outro lado, os óxidos de ferro apresentam variadas aplicações: em pinturas, obtenção de ferro, e outras. A magnetita (Fe3O4) e o óxido de ferro III (Fe2O3) têm aplicações magnéticas.

É extraído da natureza sob a forma de minério de ferro e, depois passado por um processo de transformação chamado de Redução.

Primeiramente, o minério é aquecido em fornos especiais, em presença de carbono (sob a forma de carvão vegetal) e de fundentes. O objetivo desta primeira etapa é reduzir ao máximo o teor de oxigênio de sua composição. A partir disso, obtém-se o denominado ferro-gusa, que contem de 3,5 a 4,0% de carbono em sua estrutura.

Com o resultado de uma segunda fusão, tem-se o ferro fundido, com teores de carbono entre 2,1 a 3%. Após uma análise química do ferro, em que se verificam os teores de carbono, silício, fósforo, enxofre, manganês entre outros elementos, o mesmo segue para uma unidade da siderúrgica denominada aciaria, onde será finalmente transformado em aço.

O aço, por fim, será o resultado da descarbonatação do ferro gusa, ou seja, é produzido a partir deste, controlando-se o teor de carbono para no máximo 2%. O que temos então, é uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono que varia de 0,008% até aproximadamente 2,11%, além de certos elementos residuais resultantes de seu processo de fabricação. O limite de 0,008% de carbono está relacionado à sua máxima solubilidade no ferro à temperatura ambiente (solubilidade é a capacidade do material de se fundir em solução com outro), enquanto que o segundo - 2,11% - à temperatura de 1148° C.

Dependendo do conteúdo em carbono, o aço é classificado em:

Aços baixos em carbono. Contêm menos de 0,25% de carbono em peso. Não são tão duros nem tratáveis termicamente, porém dúcteis. São utilizados em veículos, tubulações, elementos estruturais e outros. Também existem os aços de alta resistência com baixa liga de carbono, que, entretanto, contêm outros elementos fazendo parte da composição, até uns 10% em peso; apresentam maior resistência mecânica e podem ser trabalhados facilmente.

Aços médios em carbono. Entre 0,25% e 0,6% de carbono em peso. Para melhorar suas propriedades são tratados termicamente. São mais resistentes que os aços baixos em carbono, porém menos dúcteis, sendo empregados em peças de engenharia que requerem uma alta resistência mecânica e ao desgaste.

Aços altos em carbono. Entre 0,60% e 1,4% de carbono em peso. São os mais resistentes, entretanto, os menos dúcteis. Adicionam-se outros elementos para que formem carbetos, por exemplo o carbeto de tungstênio (WC), quando é adicionado à liga o tungstênio. Estes carbetos são mais duros, formando aços utilizados principalmente para a fabricação de ferramentas.

Figura 19: Processo Siderurgico de transformação do Ferro em Aço

AÇO X CONCRETO

Estruturas metálicas são estruturas formadas por associação de peças metálicas ligadas entre si por meio de conectores ou solda. Estas peças tem suas seções transversais limitadas em função da capacidade dos laminadores e seus comprimentos limitados em função dos transportes disponíveis. Os conectores mais usados são os parafusos, uma vez que os rebites estão cada vez mais em defuso. (ARTHUR)

Figura 20: Estrutura Metálica

Já o concreto é um material de construção resultante da mistura de um aglomerante (cimento), com agregado miúdo (areia), agregado graúdo (brita) e água em proporções exatas e bem definida. A pasta formada pelo cimento e água atua envolvendo os grãos dos agregados, enchendo os vazios entre eles e unindo esses grãos, formando uma massa compacta e trabalhável. Após a mistura, obtém-se o concreto fresco, material de consistência mais ou menos plástica que permite a sua moldagem em fôrmas. Ao longo do tempo, o concreto endurece em virtude de reações químicas entre o cimento e a água (hidratação do cimento). A resistência do concreto aumenta com o tempo, propriedade esta que o distingue dos demais materiais de construção. (TARLEY)

Figura 21: Estrutura de Concreto

Por que construir com Estruturas Metálicas:

Fazer uma simples comparação dos dois sistemas construtivos pode ser um erro, pois existem, para cada tipo de construção, vantagens no uso de estruturas metálicas ou de concreto. Não deveria existir uma mentalidade competitiva, mas sim a de se tirar proveito do melhor de cada um dos sistemas, podendo ainda as soluções mistas serem as mais proveitosas, onde cada material é adequadamente utilizado num trabalho conjunto.

No caso de edifícios, onde mais se insiste em comparações, é quase impossível afirmar "a priori", que a estrutura metálica seja melhor ou pior que a de concreto. Cada caso deverá ser examinado tecnicamente, visando o satisfatório resultado de custo-benefício.

A tendência na área de construção é de aumentar a utilização das estruturas metálicas, ainda carente no Brasil por um fato cultural e histórico. Hoje em dia, a mentalidade está mudando, especialmente por parte dos arquitetos, que são sempre os grandes aliados dos sistemas construtivos.

Com a existência de fábricas maiores e de projetos mais sofisticados, aliados à maior experiência, a quantidade de estruturas metálicas para grandes obras tem aumentado. (PAULO)

Pode observar então que houve:

• Aumento da área líquida com aumento de valor venal e locativo;

• Aumento dos espaçamentos entre colunas, aumentando a área útil nas garagens;

• Maior nº de andares para o mesmo gabarito, considerando vigas menos altas ou emprego de estruturas mistas;

• Maior facilidade de manutenção;

• Diminuição de patologias no decorrer do tempo;

• Menores riscos de alterações de previsão e demanda graças à rapidez de entrega;

• Maior valor residual (no caso de desmontagens) com reaproveitamento de todo material estrutural.

CONCLUSÃO

O uso das estruturas metálicas na construção civil se transformou ao longo dos anos. Durante os séculos os estudos e pesquisas conseguiram identificar as características físicas do material, o que determinou as condições ideais do aço para a construção civil, são elas: agilidade da obra, levesa da edificação, utilização de peças estruturais menores, grande alívio das fundações, ganho de espaço, entre outras.

Para que o uso das estruturas metálicas seja otimizado, é fundamental que o profissional conheça as características e o comportamento físico do material, afim de que a escolha feita a respeito do tipo de estrutura seja a mais viável para o empreendimento. Engenheiros e Arquitetos podem assim trabalhar em conjunto para otimizar o uso do material, gerando assim inúmeras formas construtivas. REFERÊNCIAS

ABCEM – Associação Brasileira da Construção Metálica. Disponível em: < http://www.abcem.com.br/>. Acessado em 12 set. 2013.

ABCEM – Construção Metálica. nºs 96, 99 e 104. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.abcem.com.br/revista-construcao-metalica.php>. Acessado em: 13 set. 2013.

ALINE MARIANE ; Estrutura metálica X estrutura de concreto. Disponível em <http://revista.construcaomercado.com.br/guia/habitacao-financiamento-imobiliario/128/artigo250965-1.asp>

ARTHUR F. S. ; Estruturas Metálicas – Projeto e Detalhes para Fabricação ; Editora McGraw-Hill

CORD,C. M. Construção de Casas de Aço: Tendência que avança no Brasil. Disponível em :< http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=19&Cod=621>. Acessado em: 11 set. 2013.

DIAS, Luís andrade de Mattos. Aço e Arquitetura: Estudo de Edifiocações no Brasil. São Paulo, Ed. Zigurate, 2001

DIAS, Luís andrade de Mattos.Edificações de Aço . São Paulo, Ed. Zigurate, 1999

FALEIROS, J. P. M. F. ; Teixeira, J. R. J.; Santana, B. M. O crescimento da indústria brasileira de estruturas metálicas e o boom da construção civil: um panorama do período 2001-2010. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites /default/ bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set3502.pdf>. Acessado em: 05 set.

PAULO A. A. ; Por que construir com Estruturas Metálicas. Portal Metálica ; Disponível em <http://www.metalica.com.br/por-que-construir-com-estruturas-metalicas>

TARLEY F. S. J. ; Estrutura de Concreto Armado. Departamento de Engenharia; Universidade Federal de Lavras.

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