O Homem Que Calculava

O Homem que Calculava

O livro conta a história do encontro de dois homens, sendo que um voltava de uma excursão de Samarra, e o outro que se encontrava sentado sobre uma pedra a contar árvores, flores e pássaros. E assim começa a saga de Beremiz, o homem que calculava e Bagdali.

Já no primeiro instante, Beremiz começa a contar sua história de vida a Bagdali que de cara se surpreende quando Beremiz lhe mostra uma árvore e calcula o número de ramos, a quantidade de folhas por ramo e o total de folhas na árvore, onde de imediato, Bagdali lhe questiona se nunca passou por sua cabeça a quantidade de dinheiro ele poderia ganhar com tal habilidade. Após algumas explicações de Bagdali, ambos seguiram viagem para Bagdá.

Beremiz sempre encontrou grandes desafios a serem solucionados por algumas pessoas que cruzavam seu caminho, mas que pra ele, sempre resolvera com calma e serenidade e justiça como o caso da divisão dos 35 camelos, cujo três irmãos não sabiam como fazer a divisão dos mesmos que receberam de herança do pai e Beremiz fez a divisão e ainda ficou com um dos camelos que pertencia aos três irmãos e os mesmos acharam justa a partilha.

Dentre muitos problemas durante a viagem de Beremiz e Bagdali, os que me chamaram mais atenção foram a divisão de 21 vasos de vinho entre 3 amigos, sendo que 7 estavam cheios, 7 meio cheios e 7 vazios e todos fechados. Outro caso interessante é o pagamento de uma conta cujo valor era de 30 dinares e cada um dos 3 damascenos pagou 10 dinares. Mas ao rever a conta, o dono da hospedaria havia se enganado e o valor passou a ser 25 dinares. Sendo assim, o escravo voltou a mesa com 5 dinares de troco e retornando com 2 dinares de presente o que causou grande confusão sendo resolvido com estrema competência por Beremiz.

Outro que me chamou atenção foi a de colocar 10 soldados em 5 filas, tendo cada fila 4 soldados cuja solução pode ser encontrada desenhando uma estrela de 5 pontas e enfileirando 4 soldados em cada uma das 5 retas, pois de inicio parece um problema sem solução e que no entanto se descobre que o raciocínio é simples.

Também posso citar o modo como Beremiz lida com os números como o caso do número 496 que é um número perfeito onde número perfeito é igual à soma de seus divisores, os quatro quatros. Somente usando o número 4 nas equações ele achou como resultado valores de 0 a 10.

Beremiz também tinha uma grande preocupação com o significado dos números como no exemplo do número 142857 que estava escrito 5 vezes na parede do quarto, onde o mesmo classificou-o como número cabalístico da matemática pois ao multiplicarmos ele por 2, e acharemos no produto o mesmo número anterior mas em ordem diferente. Se continuarmos com a multiplicação por 3, 4, 5, 6, 8, 9, 0 acharemos valores idênticos ao número anterior. Somente o 7 não acharemos tais valores citados acima e sim o número 999.999 .

Fator importante a ser lembrado sobre Beremiz foi ao ser interrogado por 7 sábios sendo o primeiro indicado a iniciar as perguntas foi o ulemá Mohadebe-Abner-Rama onde indicou perguntas sobre o Alcorão, onde o sábio Beremiz respondeu de imediato nos mínimos detalhes o que causou espanto em todos ali presente. Outra parte muito interessante ao meu ver, foi o 3° sábio a interrogar Beremiz sobre tirar uma regra falsa de uma propriedade verdadeira e Beremiz