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O Jornalismo de Cidade e Geral

Por:   •  27/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  139 Visualizações

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Jornalismo de Cidade e Geral

Larissa Calixto de Amorim[1]

RESUMO

Este artigo tem como finalidade demonstrar e analisar como é realizado e praticado uma das 23 especializações do Jornalismo: o Jornalismo de Cidade e Geral. Visando expor as características desse tipo de comunicação, qual o impacto do Jornalismo de Cidade e Geral na sociedade e nos jornais, quais habilidades o jornalista dessa especificação deve ter, qual seu público e como é sua estrutura textual. O principal subsídio para a realização da pesquisa foram os livros e os cadernos localizados nos jornais impressos, relacionados e esse tipo de comunicação. Utilizaremos neste estudo a revisão bibliográfica do livro “A alma encantadora das ruas”, de João do Rio e uma pesquisa acerca dos cadernos jornalísticos “Cidades”. Conclui-se, então, que o Jornalismo de Cidade e Geral é de extrema importância, principalmente para a sociedade, já que é a partir dele que a população de um determinado local fica a par do que está acontecendo naquele lugar.

PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo de Cidade; Jornalismo Geral; Jornalismo Especializado; Jornalismo; Comunicação Social.

INTRODUÇÃO

O Jornalismo contém diversas editorias e especializações. Entre uma delas, a que está em questão, a de Cidade e Geral.

O Jornalismo de Cidade e Geral é uma das especializações em que a sociedade desde sempre teve o contato. Ao visualizar os cadernos “Cidade” nos jornais e as principais notícias veiculas durante o dia, é possível perceber que um dos principais, se não o principal, tema em que os jornalistas mais focam são os relacionados aos municípios.

O advento da imprensa escrita está direcionado ao princípio da modernidade, a partir do momento em que a comunicação se torna um objeto de consumo.  A partir do século XVI, o Jornalismo como ação de veiculação cíclica – com uma periodicidade, acerca da informação realmente estabelece uma potência significativa.  

Mesmo que por um curto espaço de tempo, fica claro que há uma determinada dependência entre o jornalismo e a cidade. Os significativos e reconhecidos pontos da cidade estão, de forma direta, referentes ao princípio dos veículos de informação e a propagação dos veículos de informação periódicos. Consequentemente, as cidades se tornam o foco dos assuntos das notícias.  

METODOLOGIA

A metodologia adotada nesse artigo é acerca do livro “A alma encantadora das ruas”, de João do Rio e a partir da análise dos cadernos “Cidade”. A análise é feita a partir da leitura das obras e dos cadernos presentes nos jornais impressos.

Segundo João do Rio (1910):

“Ora, a rua é mais do que isso, a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma!” (João do Rio, 1910).

O autor afirma e dá ênfase, durante toda a obra, que a rua não é somente infraestrutura e um lugar onde as pessoas passam e residem. A rua, para ele, é um fator de essencial importância para a sociedade e, consequentemente para o jornalista.

Ele declara que para compreender a rua, não é suficiente dar atenção somente às vantagens e qualidades que o local tem, mas sim é preciso ter o “espírito vagabundo”. Isto é, é extremamente necessário que o jornalista não transmita somente as coisas boas do município e também não fique somente em sua zona de conforto. O profissional deve se possuir uma curiosidade insaciável em relação a tudo  o que acontece nas ruas e em todos os locais da cidade em que está.

Sendo assim, o jornalista especializado em cidade deve ter um olhar e a atenção em assuntos que tiram a sociedade – e ele mesmo, da zona de conforto. Tratando de assuntos que nunca foram tratados, ou então que foram veiculados, mas de maneira rasa. A informação deve transmitir algum sentimento ao leitor. Não deve só ser repassada visando o conhecimento, mas sim tocar no emocional e no lado humano do leitor.

Para Ricardo Noblat (2002):

Um jornal é ou deveria ser um espelho da consciência crítica de uma comunidade em determinado espaço de tempo. Um espelho que reflita com nitidez a dimensão aproximada ou real dessa consciência. E que não tema jamais ampliá-la. Pois se não lhe faltarem talento e coragem, refletirá tão somente uma consciência que de todo ainda não amanheceu. Mas que acabará por amanhecer. Jornalismo não é obra exclusiva de jornalistas. Tanto quanto nós, os leitores são também responsáveis pelo bom ou mau jornalismo que fazemos. Porque eles têm o poder, e todo o poder. Podem comprar um jornal se quiserem. E se quiserem, podem deixar de comprá-lo.” (Ricardo Noblat, 2002)

Para o autor, é árdua a missão de todo dia transmitir informações novas a sociedade. Todavia, essas informações devem ser como um espelho da sociedade e ser de total interesse da população que lê diariamente esses jornais. Como referido anteriormente, o jornalista não pode exercer sua função somente em sua zona de conforto, mas deve, sem medo algum, ampliar sua visão de trabalho para além do que já foi feito e está sendo executado pelos outros milhares de jornalistas espalhados pelo mundo.

DESENVOLVIMENTO

O Jornalismo de Cidade dedica-se a temas locais, observa a afeição da cidade e expõe os problemas da cidade. Já o Jornalismo Geral não tem um assunto específico, ou seja, não se atribui a nenhum tema particular. Com isso, ele apresenta assuntos diversificados, que não têm relação e competência a nenhuma das outras editorias e departamentos.

As características do Jornalismo de Cidade são: o repórter é muito exigido, já que são diversos os assuntos abordados nesse tipo de especialização. O bom senso e uma ótima apuração são um dos principais aspectos que o profissional deve carregar consigo. Em relação ao repórter, ele deve ter um instinto de notícia, isto é, estar atento ao que pode se tornar informação ou ao que já virou notícia, mas ainda não foi veiculado para que a sociedade esteja a par do que está acontecendo. Estar atento à rotina da cidade e as tendências de comportamento e urbanismo é importante também.

O jornalista deve ter habilidades específicas para que consiga atuar nesse tipo de especialização jornalística, como ter o espírito de reportagem, ou seja, se doar e entrar na história e temática do assunto que será retratado. Deve também ter conhecimento do espaço urbano em que está atuando e, o principal, estar interessado e empenhado por assuntos múltiplos. Ademais, a flexibilidade deve ser um dos principais atributos que o profissional deve ter, até porque mesmo sendo capacitado, o jornalista irá enfrentar situações em que ele deverá se encaixar e ser versátil em diferentes acontecimentos.

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