O LIDER ENVOLVIDO NO PROCESSO E QVT

4. O PAPEL DOS RECURSOS HUMANOS NA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Cabe ao Departamento de Recursos Humanos a promoção de políticas e diretrizes para a implantação adequada de um programa de qualidade de vida no trabalho, não meramente para atender a alguma legislação específica, menos ainda, mas pela percepção do indivíduo numa visão integral, com enfoque biopsicossocial, condição indissolúvel que o torna singular dentre todas as outras criaturas do universo. A não percepção da individualidade do colaborador, bem como a não promoção de políticas que viabilizem sua valorização, não raro culmina no fracasso dos programas de qualidade, implantados sem nenhum estudo do clima ou do levantamento das reais necessidades dos clientes internos.

Para a melhoria do QVT, o Recursos Humanos busca diagnostica-lo na organização, por meio da percepção dos próprios funcionários sobre os fatores intervenientes em sua qualidade de vida. Com base nesse levantamento, é possível identificar aspectos que precisam ser melhorados e tomar ações corretivas para atender às expectativas dos colaboradores.

Com o investimento nessa ferramenta os empregados e as organizações podem obter melhor desempenho, pois haverá comprometimento e motivação com o trabalho. Cabe ao profissional da área de RH propor algumas alternativas de melhorias sobre o assunto para obter eficiência, pois essa é uma importante ferramenta para adaptar posturas e estratégias na busca pela satisfação das expectativas da empresa e dos funcionários.

Uma abordagem da eficiência como forma de desempenho é citada por Chiavenato (2000, p. 177) quando diz que: "[...] eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, [...] é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o resultado final obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante”.

Dessa forma é possível verificar o nível de eficiência da Administração avaliando a maneira como os processos estão sendo executados. É necessário que essas empresas empreendam esforços, no sentido de atender, de forma mais satisfatória, as necessidades físicas, psicológicas, sociais, profissionais e intelectuais de seus colaboradores, para que se sintam estimulados a produzir de acordo com os objetivos da organização que, nesse caso, deve ter uma postura eficaz.

Por meio destas reflexões, o gestor de Recursos Humanos deveria, além de cuidar de toda a papelada (a parte técnica do RH), reservar um tempo para prestar atenção às condições das pessoas com quem trabalha e, agir para melhorá-las constantemente. Isso poderia diminuir o Turn Over de uma empresa, e até mesmo aumentar a produtividade dos colaboradores, com a concepção da imagem abaixo:

Figure 1 - Percepção de Conteúdo Significativo do Trabalho

Segundo Luiz Edmundo, vice-presidente de Pessoas e Organização da Granbio da ABRH-Nacional, ter qualidade de vida é estar física, psicológica e socialmente bem. “A qualidade de vida é um conceito que evoluiu nos anos 1990, ela é complementar ao conceito de saúde que era tratada como um oposto à doença. Com a evolução da própria medicina e da gestão de pessoas, a gente descobriu que eu posso não estar doente, mas também não ter saúde”.