O NOME DO VENTO
Por: Vinícius Burinyuy • 12/6/2016 • Dissertação • 757 Palavras (4 Páginas) • 287 Visualizações
O NOME DO VENTO
Patrick Rothfuss, norte-americano nascido em Wiscosin em meados de 1973, é um escritor não muito famoso pelos brasileiros, mas com um grande número de fãs em todo o mundo. Após graduar como Bacharel em inglês e receber o título de mestre pela Universidade Estadual de Washington, em 2002, Rothfuss ganhou o concurso "Writers of the Future" com "The Road to Levinshir", o fragmento de um romance que posteriormente daria inicio uma serie de livros chamados "A crônica do matador do rei", tendo como o primeiro livro "O nome do vento". Lançado em 2007 nos Estados Unidos e somente em 2009 no Brasil (pela editora Arqueiro), "O nome do vento" é um livro de fantasia heroica que tem como objetivo entreter o leitor, e levá-lo a um universo novo e diferente do mundo cotidiano.
Transitando com capítulos em primeira (narrados pelo protagonista) e em terceira pessoa, o livro conta a estória de kvothe (ou Kote), um menino prodígio cujo seu sonho era entrar na Universidade e descobrir mais sobre os assassinos de seus pais.
Tudo se inicia na hospedaria Marco do Percurso, onde um enigmático homem chamado Kote, que nem havia passado dos 30 anos, e seu ajudante, Bast, trabalhavam. Morando no interior do Reino, Kote e Bast viviam uma vida tranquila e pacata, servindo sempre comes e bebes para seus clientes regulares que ali iam para conversar e se informar sobre os acontecimentos da cidade. Entretanto, durante um desses dias pouco movimentados, um cronista se encontra com Kote, e, percebendo que o simples hospede era na verdade o homem mais temível de todo o reino (que por anos ninguém havia descoberto o paradeiro), consegue convencê-lo a contar sua vida para ser registrada em um livro. Assim, a história do matador do rei realmente começa.
Tendo uma infância simples numa trupe itinerante chamada Edena Ruh, Kvothe (como era chamado pelos pais) era um menino de rara inteligência que aprendia as coisas com muita facilidade. Entretanto, quando ainda era uma criança, sua trupe foi brutalmente assassinada pelo Chandriano, um lendário e misterioso grupo de assassinos místicos, sendo ele o único sobrevivente do massacre. Levando consigo apenas seu alaúde, presente dado pelo seu pai e símbolo de tudo o que havia deixado para trás, seu conhecimento sobre alquimia e suas habilidades aprendidas sendo um Ruh, Kvothe inicia sua longa jornada a caminho da Universidade, a fim de descobrir mais sobre os Chandrianos e vingar a morte de sua família.
Como o universo em que se passa a narrativa vem completamente da cabeça do autor, seria normal algumas personagens serem mal caracterizadas, ou algumas informações ficarem confusas no meio da estória. Mas nisso, o livro é anormal. Com uma estória envolvente e sedutora, o livro consegue conciliar a narrativa de primeira e terceira pessoa com maestria, e apresentando uma ótima justificativa para a sua utilização.
Ao adentrar na vida de Kvothe, o leitor passa a ter uma visão diferente do mundo a sua volta. Leitores que passaram (ou ainda passam) por momentos de dificuldades irão se emocionar e associar as suas histórias com a do misterioso hospedeiro. E, leitores que nunca tiveram dificuldades na vida, passarão a olhar com outros olhos as pessoas mais pobres e os enfermos, levando-os a refletir o motivo pelos quais essas infelizes pessoas chegaram a tal
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