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O Pedagogia Hospitalar: Como Surge E Qual Sua Função

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Por:   •  9/11/2014  •  2.825 Palavras (12 Páginas)  •  1.528 Visualizações

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PEDAGOGIA HOSPITALAR: COMO SURGIU E QUAL SUA FUNÇÃO

Maria Leopoldina F. D Imperio

Maria Rosa da Silva

SoniaKsoru Tanae Hata

RESUMO

O presente projeto tem a finalidade de conceituar a Pedagogia Hospitalar, valorizando a importância dessa modalidade para as crianças hospitalizadas. Esta proposta tem a pretensão de oferecer o acesso à escola possibilitando a adaptação, a motivação e a ocupação sadia do tempo ocioso através de atividades diversas de leitura e entretenimento, além de garantir o direito à educação. A inserção do ambiente escolar no período de internação é importante para a recuperação da saúde da criança hospitalizada, já que reduz a ansiedade e o medo advindos do processo da doença. O projeto aborda a importância dos professores que atuam nessa modalidade de se especializarem cada vez mais, com o objetivo de mostrar a necessidade da continuidade do trabalho oferecido pela escola às crianças que se encontram por algum motivo de saúde hospitalizada, fazendo com que elas não percam a motivação pelo estudo e para que não se sintam "perdidas" quando voltarem para a escola.

Palavra-chave: Criança Hospitalizada - O Pedagogo no hospital-Classe Hospitalar

1. INTRODUÇÃO

Este artigo aborda a importância da pedagogia hospitalar e sua prática pedagógica no ambiente hospitalar. Onde passa a ser estudada não apenas como uma matéria a mais no currículo sim um meio para contribuir e enriquecer o desenvolvimento intelectual.

Pois é de grande conhecimento que as crianças e adolescentes hospitalizados ficam a margem da escola, ou seja, do sistema educacional. E é neste sentido que este artigo busca trazer conhecimento desde a história do hospital até o surgimento da Pedagogia hospitalar e sua importância.

A pedagogia hospitalar vem se desenvolvendo cada vez mais e ganhando destaque dentre os profissionais da saúde por isso a necessidade de uma boa formação, pois sabe-se que educar uma criança fragilizada passa a ser um desafio do educador ligado a área da pedagogia hospitalar. Sendo que é este profissional que tem como dever, desenvolver atividades que despertem o interesse desta criança ou adolescente para que possa após sair da sua enfermidade volte a sua rotina dentro da escola tradicional.

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo e toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988).

É de fundamental importância não esquecer que a Constituição garante a criança e ao adolescente o direto ao estudo em qualquer situação.

Para tanto, pautamos este artigo na definição de natureza qualitativa, com objetivo descritivo, pois teve a intenção de investigar a formação mais adequada para os professores que trabalham da pedagogia hospitalar. E usa-se como procedimento a pesquisa bibliográfica.

2. A IMPORTANCIA DO HOSPITAL

Para uma melhor compreensão de como funciona o atendimento hospitalar nos dias atuais, torna-se necessário conhecer sua trajetória no Brasil.

Os doentes brasileiros até o século XVIII, eram cuidados por pessoas ditas como curandeiros, feiticeiras até a chegada dos jesuítas. Médicos propriamente ditos só trabalhavam para instituições privadas ou filantrópicas.

Somente na era Vargas (anos 30 – 40), fase de industrialização e urbanização é que surge o seguro social, uma das medidas sociais tomadas por esse governo. Neste período, consolidam-se os IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões) divididos entres as diversas categorias profissionais. Em 1967, estes institutos se unificaram no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e logo se organizaram através do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), além do instituto Nacional de Seguro Social (INSS). (SANDRINI, 2007)

Para Sandrini apud Rosen (1979), a medicina social surge como resposta aos problemas de saúde causados pela industrialização. Primeiramente preocupada em atender a classe dos trabalhadores sociais, hoje é concebida num sentido muito mais amplo, incluindo todos os grupos sociais.(SANDRINI, 2007)

Preocupado com esta situação, em 2002, o Ministério da Saúde divulgou o PNHAH – Programa Nacional de Humanização no Atendimento Hospitalar. Este documento resgata a importância dos aspectos humanos e não só os científicos e biomédicos. Dirigidos aos gestores e aos profissionais de diferentes especialidades, comprometidos com uma proposta humanizadora das relações que se estabelecem entre profissionais e usuários nos atendimento à saúde

O PNHAH, nasceu de uma iniciativa do ministério da saúde de buscar estratégias que possibilitassem a melhoria do contato humano entre profissional de saúde e usuário, dos profissionais entre si, e do hospital com a comunidade, visando o bom funcionamento do Sistema de Saúde Brasileiro.” (Programa Nacional de humanização no Atendimento Hospitalar, 2002, p.2)

Segundo este documento, o atendimento ao público nos serviços de saúde, é o fator que tem sido mais criticado pela população usuária do sistema de saúde brasileiro. A 6avaliação do público demonstra que a forma de atendimento tem sido mais valorizada que a falta de médicos, a falta de espaço nos hospitais e a falta de medicamentos.

É claro que todos estes fatores são importantes para o bom andamento do sistema de saúde, mas sua eficácia é influenciada pela qualidade do fator humano e do relacionamento entre profissionais e usuários.

O documento busca também atender a formação educacional dos profissionais da saúde, que está bastante deficiente no que se refere à questão da humanização do atendimento, pois

“É no processo de formação que se podem enraizar valores e atitudes de respeito à vida humana, indispensáveis à consolidação e à sustentação de uma nova cultura de atendimento à saúde” (CALEGARI, 2003, p.30)

Em decorrência, o PNHAH propõe

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