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O Poder Da Midia

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Por:   •  29/10/2014  •  6.364 Palavras (26 Páginas)  •  362 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O poder da mídia é um exemplo expressivo da postura que a imprensa brasileira assume em sua cobertura sobre o crime e a violência. Rápida e implacável em seus julgamentos, a Imprensa tem se distanciado das tradicionais regras que pautam a objetividade jornalística e praticado um jornalismo que ultrapassa o qualificativo “engajado”.

Ao estudar a construção discursiva do noticiário sobre a violência Brasil, constatamos que a Imprensa não se limita apenas a noticiar a violência ou o crime, mas assume o papel de um verdadeiro tribunal: julga, acusa, sentencia. Nesse sentido, ela tem capacidade de alterar a realidade, pois seu discurso sobre a violência é, antes de mais nada, um processo de violência. Para estes autores, a Imprensa aponta o real, selecionando e enquadrando os fatos, e manipula o olhar do público, subordinando-o a um determinado esquema valorativo no qual aquilo que é apontado está sempre enquadrado numa tela de julgamento.

Esta estratégia de realização simbólica da justiça tem sido utilizada, em termos análogos, por programa de TV reproduzindo toda a trajetória processual, reconstitui o crime e faz justiça, de fato, na medida em que o criminoso apresentado no programa for preso na ‘vida real’, graças às denúncias dos telespectadores. Analisando os mecanismos discursivos desse programa, verificamos os efeitos concretos dessa estratégia, apontando a exorbitação do direito da Imprensa de manter a sociedade informada do crime e da violência, em detrimento de vários direitos e garantias individuais do acusado, como por exemplo, o direito à preservação da intimidade, de manter-se em silêncio, ao juízo natural, à presunção de inocência.

Ambas as análises dão conta de aspectos relevantes do tratamento do crime pela imprensa. Elas expõem os mecanismos através das quais a imprensa legitima como verdades absolutas interpretações particulares dos eventos noticiados e problematizam as conseqüências de tal atitude do ponto de vista dos direitos individuais e da democracia. No entanto, elas têm pouco a dizer sobre o modo pelo qual os jornalistas legitimam a si próprias como autoridades morais. Ettema e Glasser (1998) definem “autoridade moral” como a maneira através da qual os jornalistas articulam, reforçam e constroem valores morais a fim de demarcar o que é certo e o que é errado.

1. O QUE É MÍDIA

1.1 CONCEITO E TIPOS

Mídia é uma palavra derivada do latim, que significa meio.

No contexto atual mídia pode indicar a atividade de veicular, o departamento ou profissional que planeja, negocia, executa e controla a veiculação de uma campanha ou ainda os meios ou veículos de comunicação.

Na atualidade, a mídia possui profundas ligações com interresses políticos e econômicos, especialmente no Brasil. Essa tendência faz com que os meios de comunicação sejam não apenas transmissores de mensagens, mas também fomentadoras de crenças, culturas e valores destinados a sustentar os interesses econômicos e políticos que representam. A mídia possui características de instantaneidade e simultaneidade que influenciam processos educativos e cognitivos, percepções e vivencias.

Os meios de comunicação social como veículos publicitários:

• Jornal: É o meio que apresenta maior tradição como mídia, alguns já ultrapassando um século de existência.

• Revista: Suas Características básicas podem ser resumidas em três itens principais: a)Circulação nacional; b) Boa impressão em cores; c) Grande variedade de publicação quanto aos gêneros;

• Midia Exterior: Denomina-se mídia exterior toda forma de propaganda ao ar livre, que encontramos no ambiente exterior. Exemplos: outdoor, painel de estrada, luminosos no topo de prédios, relógios de rua, táxi, abrigo de ônibus, etc;

• Cinema: É um meio que se caracteriza pela grande penetração junto aos jovens de classe A. É um meio estritamente local, seletivo, porem com baixa cobertura por mensagem;

• Rádio: é o meio de integração nacional, devido sua grande difusão;

• Televisão: Mídia de maior cobertura e de maior penetração em todas as faixas etárias, sexo e classes sociais;

• Internet: Mídia com possibilidade interativa, seletiva e rapidez na veicula;cão da mensagem;

• Mala Direta: possibilita selecionar e filtrar o publico a ser alcançado e permite mínima dispersão de verbas.

Tal conjunto de meios tem a função de transmitir conhecimento, informação, entretenimento, opinião, publicidade e propaganda. A mídia como espaço de força e poder sendo capaz de atuar na formação da opinião publica e no desenvolvimento das pessoas.

2. O PAPEL TEÓRICO DA MÍDIA (Informação, Imparcialidade, Educação, Denúncia...)

Um esboço do que se pode pensar sobre a mídia atual.

Hoje se confunde tentar saber qual é o papel da mídia. Por um lado, muito negativo por sinal, demonstra uma mídia dominadora de opiniões e puramente comercial. Por outro se apresenta como informativa e educadora. Sem contar a infinidade de entretenimento de má qualidade em que nela está contida. O único fator que destrói abruptamente o papel da mídia é o capital. Acaba-se cormecializando a informação. Toda a mídia torna-se um grande mercado. Quando na verdade deveria preocupar-se com a qualidade do conteúdo por ela apresentado, já que é a maior fonte de informação e entretenimento que a população possui.

O grande problema é que a mídia se tornou o quarto poder. Um poder que pode ser consumido e que é partidário. Assim ela torna-se formadora e criadora de opiniões públicas. Podendo ser consumida e vendida torna-se produto de mercado. Um produto que influencia a posição política de cada cidadão e que infelizmente sempre é associada a grupos dominantes.

Atualmente a mídia é o quarto maior segmento econômico do mundo; perde para a petroquímica, indústria bélica e aeronáutica. Isso significa que daqui a 15 ou 20 anos ela seguirá para o primeiro segmento. Isso não indica apenas que a mídia será a maior indústria geradora de capital. Mas será também um dos maiores poderes sociais. Terá em mãos o poder de conduzir política, dominar, legitimar, formar e criar opinião pública. Ou simplesmente dominar a todos.

Além disso, ela pode transformar

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