O Processo De Ensino-Aprendizagem-Treinamento De Handebol Para A Categoria Mirim Em Instituições
Por: lourencofortes • 11/6/2023 • Trabalho acadêmico • 1.945 Palavras (8 Páginas) • 86 Visualizações
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FACULDADE CRISTO REI – FACCREI
FACED- FACULDADE EDUCACIONAL DE CORNÉLIO
PROCÓPIO
BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
JULIANA LOURENÇO ADÃO
4 ª PERÍODO
RESUMO: PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM-TREINAMENTO DE HANDEBOL PARA A CATEGORIA MIRIM EM INSTITUIÇÕES NÃOFORMAIS DE ENSINO: CONCEPÇÕES E METODOLOGIAS
JULIANA LOURENÇO ADÃO
RESUMO: PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM-TREINAMENTO DE HANDEBOL PARA A CATEGORIA MIRIM EM INSTITUIÇÕES NÃOFORMAIS DE ENSINO: CONCEPÇÕES E METODOLOGIAS
Trabalho apresentado à disciplina Pedagogia do Esporte do Curso de Bacharelado em Educação Física da Faculdade Cristo Rei de Cornélio Procópio - PR.
Professor: Keila Aparecida de Lima.
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM-TREINAMENTO DE HANDEBOL PARA A CATEGORIA MIRIM EM INSTITUIÇÕES NÃOFORMAIS DE ENSINO: CONCEPÇÕES E METODOLOGIAS
Neste artigo falaremos sobre o handebol como um Jogo Coletivo Esportivizado, conforme sugerido por Reis e Menezes. O objetivo desta pesquisa é apresentar o problema da iniciação ao handebol considerando diferentes perspectivas, principalmente às relacionadas com as metodologias de ensino dos Jogos Coletivos Esportivizados (JCE’s) que podem ser aplicadas à categoria mirim (sub-12). Os JCE’s diferenciam-se pelo grau de complexidade alcançado pela interação dos seus diversos fatores durante o jogo. É necessária, então, uma abordagem que aponte para as principais características relacionadas ao crescimento e desenvolvimento nessa faixa etária, e que esteja integrada com objetivos que devem estar relacionados à iniciação esportiva, considerando o processo de não-especialização precoce e a complexidade do fenômeno esportivo no processo de ensino-aprendizagem-treinamento. Entendemos, ainda, que o caráter lúdico e a variabilidade de estímulos devem estar presentes nesse processo, permeando a dinâmica do jogo de handebol nas diferentes fases do jogo.
A concepção do ensino dos Jogos Coletivos Esportivizados ((JCE’s), segundo REIS, ou Jogos Desportivos Coletivos (JDC’s), na concepção de GARGANTA; OLIVEIRA, ou ainda Jogos Esportivos Coletivos (JEC’s), para GRECO, MOURA.), inicia-se com algumas particularidades pertinentes, uma vez que não se trata apenas da programação de máquinas para a realização de operações simples ou complexas.
Garganta cita que a prática corretamente orientada dos esportes coletivos “induz o desenvolvimento de competências em vários planos, de entre os quais nos permitamos salientar o tático-cognitivo, o técnico e o sócio-afetivo”. Este é um fator importante e deve ser priorizado desde o primeiro contato das crianças ou adolescentes com qualquer JCE, para que esse seja prazeroso e que haja continuidade do processo de ensino-aprendizagem-treinamento. Dessa forma, os JCE’s e as atividades que os envolvem, agregam algumas problemáticas que merecem destaque:
- A necessidade de cooperação entre os indivíduos de uma equipe para transpassar as barreiras impostas pelos elementos da equipe adversária;
- A necessidade de constantes adaptações às situações impostas pelo jogo;
- Com base no cenário técnico-tático configurado, há a necessidade de o jogador, com ou sem a bola, selecionar a melhor técnica a ser empregada (ou o “como fazer”) na resolução das tarefas impostas.
A relação entre os jogadores, seja de uma mesma equipe ou de equipes adversárias, sofre influências diretas do caráter imprevisível do jogo, por se referenciar em um sistema de funcionamento complexo, seja esse de iniciantes ou de jogadores altamente especializados (representadas por BAYER, como as dimensões da quadra, a duração do jogo, o tamanho e o peso da bola, os árbitros e as regras).
Sendo assim, as características que constituem o processo de EAT devem ser diferenciadas entre os iniciantes e os já iniciados, baseando-se primariamente no fator relacionado às experiências prévias e à complexidade do jogo a ser jogado. Esta pesquisa tem como objetivos:
- fazer uma reflexão crítica da concepção e das características da iniciação esportiva e das metodologias de EAT.
- apontar as principais características da categoria mirim (11-12 anos) do handebol e associar os conceitos de EAT.
A INICIAÇÃO ESPORTIVA COMO PONTO DE PARTIDA
A busca iniciada pelos técnicos pela melhoria das capacidades de todos os jogadores envolvidos nos processos de EAT, principalmente nas etapas de formação, deve contemplar, segundo Greco,três capacidades: a de percepção, a de antecipação e a de tomada de decisão, sendo esta última a concretização da ação planejada nas duas fases anteriores. Outro importante fator a ser considerado é a busca pela descentralização da visão dos jogadores em relação à bola, que é um dos fatores caracterizadores de um jogo de fraco nível tático.
O desenvolvimento dessas capacidades deve ser contemplado pelo professor/técnico durante todas as fases do processo de EAT de seus jogadores ao longo do tempo, considerando os níveis de aprendizagem e assimilação dos conteúdos desde a iniciação por estes. Assim sendo, Ehret . Caracteriza a faixa etária envolvida nesta pesquisa (até os 12 anos de idade) como componente do período de formação básica, que é sucedido pelas etapas de treinamento básico (13-14 anos, ou categoria infantil) e treinamento de formação (15-16 anos, ou categoria cadete). As demais categorias que compõem o handebol, de acordo com o Regulamento da Federação Paulista de Handebol e da Confederação Brasileira de Handebol, são:
- Juvenil: 17-18 anos;
- Júnior: no gênero masculino com idades entre 19 e 21 anos, e no feminino com idades de 19 e 20 anos;
- Adulta: acima de 18 anos.
O JOGO NA CATEGORIA MIRIM
Consideraremos, a categoria mirim como o primeiro nível de desenvolvimento do jogador, constituindo uma etapa de formação básica ou, segundo Anton, uma etapa de “iniciação e aprendizagem global básica”. Mas não é pelo fato de se tratar da primeira etapa da formação básica que os jogadores devem aprender a jogar o mesmo handebol que é jogado pelos adultos ou pelas categorias júnior e juvenil
O jogo nessa fase deve levar em consideração a individualidade dos jogadores, nos aspectos biológicos, sociais e psicológicos, principalmente quando são observadas algumas características inerentes aos JCE’s. A imprevisibilidade dos JCE’s agrega um fator preponderante, relacionado diretamente com esse, que é o alto grau de complexidade das situações. As situações apresentadas na fase ofensiva do jogo ocorrem de forma sequencial e encadeada, nas quais se torna necessário, primeiramente, aproximar-se do alvo (gol adversário) com a posse da bola para então buscar a finalização de regiões onde a efetividade possa ser maior. No desenvolvimento das táticas ofensivas há a constante busca pelas situações de superioridade numérica, que dependem de um repertório motor e cognitivo diversificado dos jogadores para tornar as situações cada vez mais favoráveis.
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