O Projeto Social Relevante

Faculdade internacional Uninter

Paulo Geraldo Rodrigues Lemos

RU: 2801939

Polo: Penha – RJ.

Atividades de Portfólio – Fase A2

Rio de Janeiro

2021

Um oásis no deserto escasso

Sou residente do complexo da maré, uma das regiões mais pobres da cidade do Rio de Janeiro. Mesmo antes da pandemia esta área já era extremamente afetada pela fome. Durante a pandemia a situação atingiu um nível ainda mais catastrófico. Mas isso não é apenas uma triste realidade que enxergo pela minha janela, e sim, lamentavelmente tem se estendido por todo território nacional, como podemos ver abaixo em uma matéria realizada pelo jornal Uol:

A campanha nacional de arrecadação de fundos para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia "Tem gente com fome" foi lançada no dia 16 de março e pretende atingir 222.895 famílias em todas as regiões do Brasil, mapeadas por organizações como a Coalizão Negra por Direitos, a Redes da Maré e a Anistia Internacional. Em entrevista à RFI, o professor e articulador Douglas Belchior, porta-voz do projeto, explica que a iniciativa vai "muito além da distribuição de cestas básicas", dando apoio a territórios onde há lideranças organizadas em redes sociais.

Após décadas,o Brasil está no caminho de voltar a integrar o mapa mundial da fome. São mais de 39 milhões de pessoas vivendo na miséria,14 milhões em situação de extrema pobreza e cerca de 14 milhões de desempregados, segundo os dados de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Cidadania. Tudo isso, no meio de uma gigantesca pandemia que acaba de alcançar 300.000 vítimas fatais no país.

"Vivemos um momento muito triste da história do Brasil", diz Douglas Belchior, professor, articulador e porta-voz da campanha "Tem gente com fome". "A pandemia arrasa o Brasil e afeta acima de tudo a população negra, aquela que tem menos acesso à saúde e tratamento, a que morre mais de Covid.

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2021/03/25/15-milhoes-de-brasileiros-nao-fazem-3-refeicoes-diz-porta-voz-da-campanha-tem-gente-com-fome.htm

Se tratando novamente da minha realidade local, com cerca de 140 mil habitantes, a Maré é um dos nove bairros mais populosos do município do estado do Rio de Janeiro, com um contingente de moradores próximo ao de Copacabana e da Barra da Tijuca, e com quase o dobro de habitantes dos bairros da Rocinha e do Alemão, Segundo dados atuais do IBGE.

Detectando então às dificuldades locais, e enxergando através de um olhar social, mas ao mesmo tempo empreendedor, dessa forma sendo capaz de vislumbrar a potencialidade local em gerar lucro, fui então inspirado diante de tal realidade, e por alguns projetos sociais já vigentes em algumas localidades, a criar “um restaurante popular” que se chama: “Panela solidária”.

Refeições acessíveis e com ótima qualidade:

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Com capacidade para servir 300 almoços e 300 cafés da manhã, o Restaurante Popular panela solidária abre de segunda a sexta-feira para café da manhã, das 6h às 9h, e para almoço das 10h às 14h. O café da manhã custa R$ 2,00 e inclui café, leite, pão e fruta. O almoço, a R$ 4,00, inclui arroz, feijão, carne, salada e sobremesa. Os cardápios variam a cada dia e são sempre balanceados, com a ajuda de uma equipe de estudantes de nutricionismo que conseguimos através de uma parceria de estágio com uma faculdade particular.

O espaço do estabelecimento:

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Buscamos os locais amplos e bem localizados onde haviam anteriormente sido um restaurante, para pouparmos em grandes reformas, mas que estavam a algum  tempo fechados. Devido ao objetivo bem claro e apresentado à comunidade, Onde além de servirmos uma refeição de qualidade e ótimo custo benefício, nós ainda doaríamos cerca de 15% das refeições servidas diariamente para aqueles moradores da região que comprovassem não tem condições de arcar com o valor. Devido a essa visão, obtivemos algumas facilidades em relação ao espaço para implementar o projeto, conseguimos assim um bom espaço, e com um ótimo preço de aluguel.