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O QUE É A DEPRESSÃO PÓS PARTO E COMO A CONSTELAÇÃO FAMILIAR PODE AJUDAR A COMPREENDER O PROBLEMA

Por:   •  16/2/2021  •  Artigo  •  773 Palavras (4 Páginas)  •  251 Visualizações

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O QUE É A DEPRESSÃO PÓS PARTO E COMO A CONSTELAÇÃO FAMILIAR PODE AJUDAR A COMPREENDER O PROBLEMA

A Depressão Pós-Parto, ou DPP como é também conhecida, é uma patologia que acomete mulheres logo após o parto e afeta seu relacionamento com o recém-nascido. Geralmente a própria pessoa percebe que algo não está bem. Os sintomas podem incluir insônia, perda de apetite, irritabilidade intensa e dificuldade de criar um vínculo com o bebê. Em casos ainda mais graves a pessoa pode ter ímpetos de fazer mal ou prejudicar o bebê.  

Num mapeamento mais cuidadoso da DPP podemos observar as diferentes características nos aspectos cotidianos da pessoa. Psicologicamente o medo e a depressão prevalecem. Seu comportamento transita entre sensibilidade exacerbada com choros, irritabilidade e inquietação, afastamento social e oscilação do humor. Verbaliza sentimentos tais como: culpa, ansiedade, descontentamento, falta de interesse, apatia, tristeza e raiva. Pode também apresentar transtornos do pensamento, insônia, pesadelos e falta de concentração. Em relação a alimentação pode apresentar falta de apetite ou ao contrário uma compulsão alimentar gerando perda ou ganho de peso. Comum queixar-se de cansaço constante.

O tratamento recomendado é a Psicoterapia e o acompanhamento médico psiquiátrico, na maioria das vezes, com prescrição medicamentosa.

Sabemos que a Constelação Familiar “revela” situações de nossa ancestralidade que Bert Hellinger chamou emaranhados. Emaranhados são questões familiares conflituosas onde um assunto não foi resolvido e, compreendido, ou, algum membro da família foi excluído ou desconsiderado. As leis da ordem do Amor – pertencimento, hierarquia e equilíbrio – mantém o equilíbrio e a saúde do sistema. Caso uma destas leis não sejam observadas num sistema familiar o campo de força deste sistema irá buscar uma solução entre os membros mais novos para que seja restabelecida. Há uma questão muito forte em nossa natureza que é a fidelidade familiar ou do clã. Nesse sentido, inconscientemente, um membro deste clã coloca o seu destino à disposição do reequilíbrio do sistema.

Se cruzarmos agora os dados dos transtornos causados pela DPP e o embasamento da Constelação Familiar com vistas a um possível emaranhado podemos projetar algumas suposições como causa desta patologia:

ABORTO – O aborto é considerado uma exclusão na visão de vida, sistema e destino nos preceitos de Bert Hellinger. A paciente pode estar espelhando um membro da família que por circunstâncias, viveu um aborto espontâneo ou provocado e, não pôde ser mãe deste filho.

🡺 A DPP vem para trazer à tona a exclusão do passado. Através da Constelação Familiar podemos acolher o ser excluído, harmonizar as partes pela compreensão das dores de cada um e solucionar o conflito.

IMPEDIMENTO FAMILIAR DE CRIAR O FILHO – Quando uma mãe, por ser solteira, menor de idade ou outra razão qualquer, é impedida pela família de criar seu filho.

🡺 A própria DPP vem como impedimento de que a mãe crie com amor e alegria seu filho. A conciliação dos membros da família no passado libertará a paciente deste espelhamento.

DAR O FILHO A ADOÇÃO – Por questões socioeconômicas uma mãe entrega seu filho para adoção.

🡺 O filho dado à adoção foi excluído de seu clã. A DPP vem mostrando esta exclusão. A partir da conciliação da mãe e de seu filho o emaranhado se desfaz.

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