O SUJEITO CONSTRUTOR DA REALIDADE SOCIAL
Pesquisas Acadêmicas: O SUJEITO CONSTRUTOR DA REALIDADE SOCIAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: TaisFagundesLima • 3/10/2013 • 1.589 Palavras (7 Páginas) • 915 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O trabalho aqui apresentado tem por objetivo abordar uma discussão acerca de como o homem, em determinados momentos históricos vai se construindo enquanto sujeito, levando em consideração uma relação entre mito e cotidiano.
Abordando a linguagem como principal instrumento de intermediação para o conhecimento entre os seres humanos.
Apresentando aspectos históricos, filosóficos, sociais e psicológicos que devem ter presenças centrais na formação do docente.
A análise do Filme Falado de Manuel Oliveira nos acrescenta a idéia de que, através da aprendizagem o sujeito crie e construa a sua história com o auxílio do mediador e dos conhecimentos prévios, participando e construindo sua própria história possibilitando a compreensão e as transformações ocorridas durante os séculos.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 O Sujeito construtor da sociedade.
Como princípio a educação transforma o homem em sujeito de sua própria história através de uma relação dialética vivida na sua inserção na natureza e na cultura. Esse processo de integração interativa é significativo quando vinculado ao diálogo que contém na ação e reflexão, levando o homem a novos níveis de consciência e conseqüentemente, a novas formas de ação.
O professor tem a função de mediador entre o aluno e a aprendizagem com o objetivo de desenvolver o sujeito ator social e também transformador-construtor da sociedade, o docente deve auxiliar o aluno na reflexão de seu “papel” no meio societário em que vive. A discussão sobre as questões sociais que permeiam a sociedade se faz importante, levando o discente a se colocar na “arena de disputas” que é a sociedade, reconhecendo assim sua importância como agente construtor-colaborador das relações sociais desenvolvidas.
Segundo Vygostky,(1896-1934), cabe ao educador o papel de interventor, desafiador, mediador e provocador de situações que levem os alunos à aprenderem a aprender o trabalho didático, deve portanto, propiciar a construção do conhecimento pelo aluno. Aprender é de certa forma descobrir com seus próprios instrumentos de pensamentos conhecimentos institucionalizados socialmente.
O educador dá direção ao ensino e a aprendizagem. Ele assume o papel de mediador entre a cultura elaborada acumulada e em processo de acumulação pela humanidade e o educando.
2.2 O Mito e o Cotidiano.
Na idade antiga os gregos usavam o mito como forma de explicação dos acontecimentos e fenômenos. A preocupação do mito não está em provar a realidade e sim dar sentido aos fatos que o homem desconhece.
Em determinado momento é preciso uma racionalidade maior, a necessidade de uma explicação mais coerente e científica para os fenômenos.
Quando falamos em mito, pensamos na origem das coisas; quando falamos em cotidiano, pensamos na atualidade de que se revestem essas coisas. No entanto, para entendermos, algumas vezes, expressões utilizadas pelo povo é preciso conhecer as narrativas que nos contam a origem do mundo onde habitamos.
Assim, modernamente, podemos dizer que o mito sobrevive em calendários, na liturgia, em cerimônias oficiais, presos em rituais, crenças e superstições. Assim, se os mitos, estão entrelaçados as nossas falas atuais deverão eles estar presentes, também, na escola e nos conteúdos trabalhados por ela para que alunos e professores possam compreender e atualizar as relações estabelecidas, ao longo do tempo, entre os fatos históricos e as narrativas que os relatam.
Nos dias atuais tradicionalmente, a criação de mitos e lendas, olha para o passado para tentar fazer com que o presente tenha sentido. Ao invés disso, alguns mitos modernos olham para o futuro. Os contadores de histórias fazem uso de muitas invenções dos últimos séculos para tentar dar pistas de como a terra será daqui há centenas de anos, ou para imaginar a vida daqui há bilhões de anos-luz no espaço ou no futuro distante.
O mito não é exclusividade de povos primitivos nem de civilizações nascentes, mas existe em todos os tempos e culturas como componente inseparável da maneira humana de compreender a realidade.
2.3 O processo de civilização por meio da linguagem.
A linguagem é o sistema simbólico de todos os grupos humanos, tem relação direta com o próprio desenvolvimento psicológico é através dela que o individuo reelabora as informações adquiridas num determinado contexto.
É a necessidade de comunicação que impulsiona inicialmente o desenvolvimento da fala.
O processo de civilização por meio da linguagem envolve uma trajetória do pensamento desvinculado da linguagem e a trajetória da linguagem independente do pensamento. Num determinado momento do desenvolvimento filogenético, essas duas trajetórias se unem e o pensamento se torna verbal e a linguagem racional.
Portanto a associação entre pensamento e linguagem é atribuída a necessidade de intercâmbio dos indivíduos durante o trabalho, atividade especificamente humana. O trabalho é uma atividade que exige a utilização de instrumentos para a transformação da natureza e, por outro lado o planejamento a ação coletiva e, portanto a comunicação social.
Para agir coletivamente e de formas cada vez mais satisfatórias, os seres humanos criaram um sistema de comunicação que permitisse troca de informações específicas e ação no mundo com base em significados compartilhados pelo vários indivíduos empenhados no projeto coletivo.
O surgimento do pensamento verbal e da linguagem como sistema de signos é um momento crucial no desenvolvimento da espécie humana, momento em que o biológico transforma – se no sócio – histórico.
O processo de educação ocorre pelo sistema de signos formado pela linguagem, pela mediação de instrumentos, assim o homem atua no espaço físico e social, conhecendo-o, modificando-o, interagindo, aprendendo e comunicando aos outros suas experiências e construindo a sua própria consciência.
3. O FILME FALADO, CONTRIBUIÇÕES PARA COMPREENSÃO DO PROCESSO HISTÓRICO EDUCACIONAL.
O “Filme Falado” de Manuel de Oliveira, 2003, nos acrescenta uma idéia sobre o problema da comunicação. A comunicação entre os povos, entre ideologias, as barreiras linguísticas,
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