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SUJEITO CONSTRUTOR DA REALIDADE SOCIAL

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Por:   •  27/9/2013  •  1.535 Palavras (7 Páginas)  •  618 Visualizações

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SUJEITO CONSTRUTOR DA REALIDADE SOCIAL

[...] o que tenho observado sentido nas crianças (e em mim), como reflexo do nosso trabalho, é um grande entusiasmo, os desafios sendo enfrentados com alegria e paz. O que nos dá a certeza de que a busca do conhecimento não é preparação para nada, e sim vida aqui e agora.

Madalena Freire

Voltar o olhar para a escola é nos remeter as experiências significativas de aprendizagem. Relembrar o que nos causava medo, pavor, alegria e satisfação. Da infância guardamos os momentos afetivos que vivemos com o grupo, com a “tia”, com a escola. As experiências prazerosas foram arquivadas, quase que sublimadas em nossas mentes. E hoje, somos reflexo daquilo que construímos enquanto pequenos. E nossa visão de mundo, de homem e de sociedade esta espelhada nas relações estabelecidas com os outros (onde a escola tem importante papel).

Na concepção de alguns educadores a cognição é o aspecto primordial da educação. Hoje percebemos que este paradigma não é suficiente, pois compreendemos que a criança não é apenas uma parte, que é um todo, onde cognição, motricidade e emoção fazem parte da totalidade da vida.

E a vida precisa de seres humanos mais felizes, capazes de atuar no mundo de forma sensível, compreendendo seu papel enquanto sujeito que vive em constante transformação e que de forma dialética compreende sua própria incompletude. A escola precisa deixar marcas significativas que auxilie na construção de um mundo melhor, mais fraterno. É preciso educar para a sensibilidade.

Educar o sentimento é, através da prática, construir relações de afeto, onde as emoções possam ter espaço de respeito ao outro, na busca da amorosidade.

Escola é vida. E a vida está repleta de relações afetivas. E através de uma relação dialógica, onde o respeito ao outro permeie a relação entre ensinar e aprender que o afeto torna-se indispensável à arte de educar.

Para Piaget afetividade está vinculada ao juízo moral, voltando o olhar para as questões da heteronômica e da autonomia. Segundo ele é na ação moral que afetividade e razão se confrontam. A afetividade é vista como energia que impulsiona as ações. A razão seria aquilo que leva o ser humano a identificar desejos e sentimentos para se garantir a eficácia das ações. Piaget (apud La Laille, 1992) propõe harmonia entre afetividade e razão.

Piaget identifica duas morais. Na primeira, identifica afetos básicos como o medo e o amor. Na segunda, contudo, desaparecem referências a afetos, permanecendo apenas a noção de necessidade, produto genuíno da Razão. No campo moral, por conseguinte, o afeto dobrar-se-ia aos ditames da Razão (La Taille, 1992:72).

Na percepção de Piaget (apud La Laille, 1992) podemos ressaltar a questão da autonomia, mostrando-nos como a inteligência, através do campo moral, coordena o campo afetivo.

Aprender liga-se ao desejo e ao prazer. Experiências desejadas e prazerosamente vividas levam o indivíduo a uma significação junto às construções de suas aprendizagens.

A dimensão afetiva é de fundamental importância para a formação da pessoa humana propõe uma psicogênese da pessoa completa, onde afeto, cognição e desenvolvimento-motor entrelacem-se a esta construção. A emoção possui raízes na vida orgânica, possuindo componentes vegetativos nos estados emocionais. A atividade emocional para ele é social e biológica por si mesmo, podendo sofrer interferência da mediação cultural. A consciência afetiva é formada pelas primeiras manifestações da vida orgânica, servindo-se de instrumento junto à atividade cognitiva. É considerada dialética para que possa acompanhar as mudanças funcionais dos seres humanos. Ressalta a questão do prazer e o papel das emoções, onde a afetividade é vista como “componente permanente da ação”. Assim a educação da emoção necessita estar entrelaçada aos propósitos da ação pedagógica.

A palavra realidade é usada sem ao menos se saber o verdadeiro significado da mesma, e que muitas ciências, especialmente, as chamadas humanas também agem assim. Para configurar melhor o que expressa, afirma que se deve empregar este termo no plural “realidades”, porque o mundo se apresenta de acordo com a perspectiva que fazemos sobre ele, ou seja, conforme a intenção de quem está observando. O homem é o construtor

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