O Sujeito e Eu
Por: Carlos Magno Franco • 8/6/2015 • Resenha • 471 Palavras (2 Páginas) • 175 Visualizações
RESUMO
A psicanálise faz emergir o sujeito separado da consciência, diferente do “eu”, do individuo, da pessoa, do cidadão. Então temos que o “eu” é o oposto do sujeito, de forma que este sujeito inconsciente, desejante, apareça no consciente. O sujeito então é considerado como, não aquele que causa, não como aquele que é a fonte da realidade e da certeza, e sim como aquele que é causado, sendo o sujeito causado pelo encontro de algo inominável que vem do campo Real com o encontro do campo Simbólico, a rede que se estrutura corresponde a metáfora paterna, a lei simbólica, que é chamado de Nome-do-Pai.
As vivências do Édipo na infância de uma criança, está muito associado ao chamado de Nome-do-Pai, primeiramente temos que, no Complexo de Édipo, a criança identifica-se com o falo, atuando como prótese fálica para a Mãe, esta por sua vez representa a lei. Este conjunto ainda conta com uma terceira figura que surgira anunciando a lei, fazendo a separação desse conjunto, o Pai, tendo a função de legislador, fazendo com que um significante venha a ocupar o lugar como Nome-do-Pai, proporcionando o inicio da cadeia significante e a entrada da criança no mundo simbólico, ocasionando também o surgimento e o nascimento do sujeito desejante da criança.
Das diversas questões entre ser o falo, ter o falo e de operacionalizar a castração, faz com que resultem as diversas possibilidades do psiquismo. A foraclusão do Nome-do-Pai, significante que não veio ocupar o significante fálico (desejo da mãe), faz com que a relação de objeto prótese que a criança desenvolveu com a mãe seja mantida, sendo que está deveria ter sido barrada pelo desejo paterno, que é a lei.
Lacan fala sobre este momento lógico, de identificação com o outro no Estádio do Espelho, onde é necessário uma primeira identificação ao nível de campo imaginário, para que a infans se aprenda como unidade. O momento, entre seis e dezoito meses, que a criança passa por uma representação de seu próprio corpo como unidade através da relação com um Outro é o que vemos como a representação do Estádio do Espelho.
A experiência deve ser entendida como uma identificação no sentido pleno que a análise dá a esse termo: a transformação no sujeito no momento que este assume uma imagem.
Então conclui-se que, se a relação com a mãe é mantida, sem a intervenção da metáfora paterna, o sujeito se organiza de forma precária, em uma estrutura psicótica e sua subjetividade não emerge tal como poderia. Ao invés de aparecer como um sujeito referido a um Outro, aparece como um invadido por ele, o que não é reconhecido por este Outro estruturante e subjetivante.
Portanto temos que a psicose é um sujeito vitimado pelo assujeitamento materno, o qual não permitiu que este se torna-se um sujeito de desejos próprio, tomando-o em sujeito de gozo e da linguagem.
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