JUVENTUDE: SUJEITO DE CONFLITOS E DIVERSIDADES
Ensaios: JUVENTUDE: SUJEITO DE CONFLITOS E DIVERSIDADES. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: hyanara • 8/5/2013 • 1.510 Palavras (7 Páginas) • 1.002 Visualizações
JUVENTUDE: SUJEITO DE CONFLITOS E DIVERSIDADES
Resumo: Esta pesquisa refere-se à compreensão dos aspectos diversificados e conflituosos da juventude na sociedade. Uma reflexão, sobre este sujeito na qual não se enquadra em um único conceito.
Palavras- chaves: Juventude; conflitos; protagonismo.
INTRODUÇÃO:
Este artigo implicará, nas reflexões sobre os mais variados aspectos da juventude, onde algumas questões estarão dando enfoque as realidades culturais de cada sociedade e indivíduo.
Trata-se da compreensão do sujeito jovem como protagonista da solução e não somente dos conflitos vivenciados ou gerados.
Juventude, sua identidade na sociedade
Juventude é uma palavra bem conhecida no cotidiano das pessoas, sendo usada nos mais diferenciados contextos.
A compreensão sobre a juventude é muito mais ampla do que a faixa etária. A juventude relacionada com a cultura, direitos, deveres, realidades sociais, dentre outras, na qual varia os mais densos aspectos de uma fase da vida.
Mas afinal, o que é Juventude?
A palavra juventude nos da à ideia de uma fase entre a infância e á vida adulta. O jovem está se desenvolvendo para um futuro, ou seja, o ele esta preparando para ser, está se formando para a “adultez”. Para o jovem o adulto é a peça principal para essa sua formação, o jovem não disputa com a autoridade (pais ou responsáveis), mas sim tenta a mudança do seu eu.
ABRAMO, faz quatro abordagens na tentativa de explicar a juventude.
Juventude como período preparatório: o jovem está observando e formulando-se para o futuro;
Juventude como etapa problemática: Não somente a sociedade coloca o jovem como o sujeito de irresponsabilidades, descompromissados, rebeldes, imaturos, mas a própria classe juvenil;
Juventude como ator estratégico do desenvolvimento: Jovem com diversidades, buscando ser o protagonista;
Juventude como sujeito de direitos: o jovem tem o direito de lazer, de emprego, de estudo e preciso, cumprir com os deveres mas ele também é um agente de direitos.
É observável que não se pode padronizar a juventude, pois suas diversidades faz de cada sujeito jovem pertencente a uma realidade, cultura e história única, mas diferente.Para DAYRELL(2003) “a juventude é uma diversidade muito grande,não existe uma juventude,mas juventudes no plural”.
O jovem é colocado como um adulto de férias( o adulto ao entrar de férias, deseja distrair, descansar, então os aspectos que colocava que era anormal, neste período extravasa, e tornando-se normal), o mesmo é com o jovem é um período das descobertas.
Pode-se compreender a juventude como “ mero signo, uma construção cultural relativamente desvinculada das condições materiais e históricas” (ABRAMO, 2005, p. 42). A juventude é o período do desejar fazer o novo, descobrir o que não podia enquanto criança e encantar-se pela construção da sua vida adulta.
“Juventude como: toda categoria socialmente constituída, que atende a fenômenos existentes, possui uma dimensão simbólica mas também tem que ser analisada a partir de outras dimensões: aspectos, materiais, históricos e políticos” ( MARGULIS,1996, p.17).
Identidade criada pela sociedade e pela própria juventude, pois cada aspecto vivenciado ou criado está relacionada com este meio de convívio.
O Jovem problemático
Os jovens andam em estresse coletivo, onde o fator principal é ser pertencente de uma juventude, sendo que é preciso provar sempre ser o sujeito diferencial da história, ou seja para conquistar o mercado de trabalho, muitas das vezes não basta ter certificados, precisa de experiência, ao aparecer banalizando a mídia divulga juventude irresponsável, ao depararmos com caso de gravidez precoce serão jovens inconseqüentes. Inúmeras situações que percebemos diariamente, onde observamos que estes casos de generalização traz para a juventude problemas cada vez maior, desenvolvendo estresse, patologias, onde hoje não se trata apenas das perspectivas que o jovem encontra-se desiludido, mas também a tentativa de sobressair permanecendo no bem estar físico e psicológico.
Em 2005 foi criado o Conselho Nacional da Juventude, houve inúmeras propostas de programas e que a prioridade do governo seria a juventude, mas é nítido e preocupante como continua o descaso com a juventude.
A existência de programas para a sustentabilidade para jovens adultos e de classes não tão necessitadas, até está em processo, mas onde estão as formações para a juventude iniciante, principalmente aqueles de zonas periféricas urbanas?
Neste contexto enquadro a preocupação com a juventude de risco e vulnerabilidade, é colocado como problemático para com todos, pois esta na prostituição, no crime, nos suicídios, porem como ressalta o sociólogo José Machado Pais “ a juventude não é homogêneo, os jovens vivenciam experiências de formas diferenciadas” (1993), assim podemos perceber que não é de hoje mas o problema esta presente desde tempos passados, onde não houve apoio, formação, desenvolvimentos melhores para jovens, transformando-os cada vez mais em tribos de consumidores de poucas culturas, e os poucos exemplos que temos de produtores de culturas são chamados de jovens problemáticos.
A juventude tem sida cada colocada em contextos generalizados continuamente, como um todo, “Juventude brasileira espelha a sociedade brasileira” ( REGINA NOVAES), mas qual é a sociedade brasileira? São os altos índices de prostituição em Recife? O caos das enchentes e desestruturas das famílias de periferias? As altas desigualdades sociais? Ou os altíssimos índices de criminalidades?
Como colocar a juventude em patamar tão alto como problemático, se todos estamos sendo transtornados e virando psicóticos de uma sociedade que julgamos e somos julgados? Como modificar essa situação se a juventude anda desiludida de perspectivas, como aponta a Folha de S. Paulo, em um de seus editoriais: “Nada existe de mais perverso, em matéria social, do que relegar a juventude á ausência quase completa de perspectivas”. É nítido essa afirmação nas periferias urbanas principalmente quando envolve as metrópoles, onde é possível constatar que existe poucos ou nenhum lugar e equipamentos de cultura e
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