O Tdah E A Educação
Monografias: O Tdah E A Educação. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: AmandaMT • 31/8/2014 • 2.927 Palavras (12 Páginas) • 455 Visualizações
TDAH, escola e família.
Introdução
Este trabalho, a partir de um estudo bibliográfico, tem o objetivo de informar de maneira clara e abrangente o que é a hiperatividade e défict de atenção. Vem também orientar, principalmente, pais e professores sobre quais as possíveis causas para o aparecimento do transtorno e qual o tratamento adequado. Relata também os problemas sofridos pelo portador do transtorno em seu relacionamento familiar, na escola e no convívio social.
Justificativa
Adotei como objetivo para este trabalho informar e facilitar o convívio aluno-escola e família diante de um quadro de TDAH, oportunizando um melhor relacionamento entre a criança, a escola e os pais do portador de TDAH, contornando assim os problemas de aprendizagem e de comportamento social do hiperativo. Afinal, vemos aumentando, a cada dia o número de portadores do transtorno.
“ A hiperatividade vem sendo bastante discutida em virtude de acarretar sérios problemas de interação social, hoje em dia é considerado um distúrbio que altera o comportamento e que mais é diagnosticada na escola( Borges 1997). “
O que é o TDAH?
O Transtorno de défict de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele é caracterizado por sintomas como desatenção, inquietude e hiperatividade. Ele também é chamado de DDA ( Distúrbio de défict de atenção).
“Sendo o TDAH um distúrbio bastante frequente na idade escolar, pouco se sabe sobre suas causas, apenas conhecemos suas manifestações sintomáticas, porém é um termo bastante usado para descrever uma criança com o comportamento agitado e desatento (BORGES, 1997).”
Hoje ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5 % das crianças em várias regiões do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo até a vida adulta embora nesta fase, os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
De acordo com Goldstein (1996), em diversos momentos do século XX, tem-se referido a tais crianças como acometidas de inquietação, falha de controle moral, disfunção cerebral mínima, distúrbio pós-cefálico, reação hipercinético da infância, distúrbio de falta de atenção e distúrbio de atenção por hiperatividade, e mesmo que os rótulos tenham mudado o mesmo não acontece com o problema o qual permanece ao longo dos anos.
Quais são os sintomas do TDAH?
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores.
“Alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação. Antes de atribuir a eles algum tipo de perturbação, é preciso observá-los atentamente, pois há uma série de componentes sociais que também levam uma criança a manifestar-se de modo não convencional ( Revista Nova Escola ,2004).”
As crianças portadoras deste transtorno são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas , mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
“A criança hiperativa é sempre candidata ao fracasso escolar, pois seu comportamento é turbulento e suas dificuldades de aprendizagem fogem à norma escolar e ao que é esperado de um bom-aluno ( Patt 1991).”
Adultos apresentam problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória. São inquietos, vivem mudando de uma coisa para outra e também são muito impulsivos. Têm dificuldade de avaliar seu próprio comportamento e o quanto isso pode afetar todos à sua volta. São muitas vezes considerados egoístas. Eles têm uma grande frequência de outros problemas, tais como uso de drogas, álcool, ansiedade e depressão.
Existem inúmeros estudos – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência de TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário à fatores culturais, o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano e é responsável pela inibição do comportamento, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
No caso do TDAH, o que parece estar alterado nesta região cerebral, é o funcionamento de um sistema de substâncias chamadas de neurotransmissores ( principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informações entre as células nervosas ( neurônios). Existem causas que foram investigadas para essas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
a) Hereditariedade:
Os genes parecem não ser responsáveis pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. Observou –se que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral.
Afirma Borges (1997) que a hereditariedade pode ser relacionada à hiperatividade e diz que a primeira ligação foi estabelecida pelo estudo de parentes de uma criança hiperativa e que essas crianças têm probabilidade quatro vezes maior de possuir outros membros da família com o mesmo problema e diz que o relacionamento entre esses indivíduos e suas famílias englobam também fatores ambientais.
Goldstein &; Goldstein (1996), ressaltam que o ambiente não tem muita relação e interferência na hiperatividade, para os autores, a hiperatividade está relacionada com a hereditariedade e dizem isso com segurança, pois estudos com gêmeos idênticos em comparação com gêmeos fraternos é a demonstração mais cabal do fator hereditário como causa subjacente de hiperatividade.
b) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem –se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem
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