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O Trabalho Do Assistente Social Nas Organizações Da Classe Trabalhadora

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Por:   •  22/2/2014  •  2.474 Palavras (10 Páginas)  •  5.427 Visualizações

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Introdução

O trabalho do assistente social nas organizações da classe trabalhadora vem juntamente com a efetivação dos fundamentos histórico-políticos na constituição do projeto éticos político pautado no Código de Ética da profissão, as Diretrizes Curriculares dos Cursos de graduação e a lei da regulamentação da profissão. Ocorre a partir de duas referencias institucionais como: o trabalho profissional do assistente social realizado nas instituições de organização autônoma da classe trabalhadora, como empregadora desses profissionais e refere-se também ao trabalho que o assistente social desenvolve junto a essas instituições e no movimento de organização da classe trabalhadora.

A partir do movimento de reconceituação que os assistentes sociais passaram a ver uma nova possibilidade de redirecionamento da pratica profissional em relação aos estudos sobre a classe trabalhadora e seu movimento de organização, esse interesse pela classe trabalhadora surgiu em um movimento favorável, pois naquele momento havia uma ascensão das lutas de classes trabalhadoras nos país tanto dos trabalhadores urbanos como dos rurais pela reforma agrária.

Os assistentes sociais avançam na organização da categoria profissional rumo a organização sindical juntamente com um terreno fértil para desenvolver o trabalho como profissional assalariado.

No Brasil, a hegemonia das duas mais importantes instituições dos trabalhadores. Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Fortalecendo o projeto conservador da burguesia sob a hegemonia do capital financeiro. Esses instrumentos que foram, na década de 1980, fundamentais para constituir a classe trabalhadora no Brasil, hoje não a servem mais.

Só o MST conseguiu manter a autonomia, fundado na solidariedade entre classe trabalhadora e capital.

Com a ascensão do neoliberalismo em 90 foram destruídos alguns avanços que a classe trabalhadora conquistou por meio de suas lutas, mas o Serviço Social associado ao pensamento Marxista já havia uma profissão hegemônica em sua orientação acadêmica profissional, com maturidade intelectual e política, e continua fazendo a composição de um projeto profissional no Código de Ética Profissional e nas Diretrizes Curriculares que hoje são importantes instrumentos de resistência do projeto ético político contra a reação conservadora.

É preciso reconhecer os movimentos pela construção de uma nova sociedade. È significativo todo esse processo político na reestruturação produtiva do capital e relações de trabalho com impacto sobre as organizações da classe trabalhadora. Citamos como exemplo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Rita de cássia, que passaremos a destacar as lutas, as conquistas e a atuação do Assistente Social nessa organização.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais foi criado pelo professor Edson Silva e o primeiro presidente, Rafael Corado, pelo ministério do trabalho e emprego (MTB) em 21 de Setembro de 1976. A função da época era de prestar serviço social conveniado com a INAMPS, correspondente ao antigo SUS, o médico responsável era Doutor Rote. Os associados contribuíam com uma taxa mensal e dispunham dos serviços odontológicos e médicos, clínico geral. Nenhum caráter de luta apresentava-se, pois, nessa relação assistencialista, até o ano de 1970.

Novos ventos trazem os arejamentos necessários ás mudanças. Em fevereiro de 1978, toma posse na paróquia de Santa Rita o padre José Bergésio, italiano adepto da teologia da libertação promove as missões populares, realizada na goiabeira, março de 1978. Nesse encontro de conscientização religiosa e política, a classe trabalhadora reivindica a urgência de sua organização. Momentos fortes, como a Romaria da Terra, começa a fazer parte da rotina dos trabalhadores Hoje,a romaria da terra e das Águas contínua atraindo milhares de pessoas, dentre elas,as caravanas organizadas pelo Sindicato no mês de julho. É orgulho de a categoria marcar presença na 37 Romaria.

Nascida depois do Concílio Vaticano II, a Teologia da Libertação é terreno fecundo, nos anos oitenta para as instituições de organização autônoma da classe trabalhadora, como os sindicatos, por exemplo. Seu fundador, Gustavo Gutiérrez, lançou as redes de ‘uma opção preferencial pelos pobres’. Dessas perspectivas teológicas, beneficiaram-se a articulação e fortalecimento da classe trabalhadora.

A reconciliação com a corrente começa com Bento XXI, Papa Emérito. O atual Papa latino-americano, Francisco, restabelece o diálogo com Gutiérrez e Dom Gerhard Muller. Criticas e incompreensões nos anos 1990, ficam para trás , submersas na pacificação

ou reabilitação entre o Vaticano e a Teologia da Libertação. Como afirmou Papa Francisco, ‘uma igreja para os pobres’, ao ser eleito.

Prosseguindo o calendário das conquistas, em1981, os trabalhadores rurais ganharam a liminar e se apossaram do Sindicato, agora denominado Sindicato dos Trabalhadores. Unidos, levam adiante o projeto de construção da sede própria, apoiados pela Igreja Católica, que doa o terreno, através do D. Ricardo(in memorian) em regime de mutirão nasce o Sindicato ofertando aos associados, médico, dentista assistência jurídica. Firma também um convenio com o grupo Amizade, formado por Italianos.

A trajetória de emancipação efetiva-se em 1988, quando a Igreja recua a tutela, diminui os recursos e as questões econômicas recaem sobre a caminhada, ocorrendo um retrocesso.

Antônio Corado, o Tonhão vai à luta com os companheiros acampados em Brasília, dormindo nos ônibus, para garantir a aprovação de projetos que beneficiem o trabalhador rural, dentre eles a reconhecimento da agricultura familiar.

A lei federal 82128213 reconheceu a aposentadoria do trabalhador (a) aos 55 e 60 anos, respectivamente, mulher e homem, sem a obrigatoriedade de contribuir com o INSS. Outro projeto importante, foi a pensão para o homem quando falece o cônjuge.

Finalmente, em 22 de julho de 1991 assume Antônio Corado sua primeira presidência e na atual gestão a organização conta com os 6 650 associados. Valer ressaltar o marco da primeira área de reforma agrária, Senhor do Bomfim (Coinfra), em 1986. O Primeiro mandamento ocorreu de 1991 à 1994, houve alteração no Estatuto do órgão em 2012e atualmente, a diretoria atua por 4 anos. Os sindicalizados apresentam duas chapas concorrentes no ano de quando vence a eleição Gilson Corado.

O sindicato conta com seis áreas de Reforma Agrária: Beira Rio, Primavera, Capef, Esplanada, Reunidas e o acompanhamento Guararapes, que luta pela desapropriação

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