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O USO DO AUTOMÓVEL COMO IDEOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E SUAS

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Por:   •  5/9/2013  •  530 Palavras (3 Páginas)  •  617 Visualizações

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O USO DO AUTOMÓVEL COMO IDEOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO E SUAS CONTRADIÇÕES SOBRE A MOBILIDADE URBANA

Flávio Mário Alves Oliveira1

Deborah Marques Pereira2

Simone Narciso Lessa3

RESUMO

A política de investimento adotada pelo Estado brasileiro após a Segunda Guerra Mundial tinha como uma de suas principais frentes de atuação a área de infraestrutura e transporte rodoviário, ancorado em investimentos públicos e das grandes corporações capitalistas internacionais. Esse modelo de crescimento econômico baseado na união público privado atendia ao duplo interesse dos investidores externos e das elites nacionais, seja na forma de remessa de lucros aos países sede, como também proporcionando elevado padrão de consumo e privilégios a segmentos nacionais. O aparato ideológico que se processa a partir da indústria automobilística, enquanto engrenagem estratégica de pujança econômica do país justificava as políticas de produção e a comercialização de automóveis, sendo também determinantes na construção das formas de pensar e agir das pessoas. Este trabalho tem como objetivo discutir como esta ideologia de progresso apregoado a aquisição do automóvel e ao uso do transporte individual, influencia no sentimento de inclusão, de status social, de autorealização e, consequentemente, na mobilidade urbana. As bases explicativas para as concepções predominantes que subjugam as demais formas de locomoção - a pé, de bicicleta e o uso do transporte coletivo – se voltam para este fenômeno ideológico histórico que ainda apresenta como causa determinante no trânsito, nas práticas e vivências sociais.

PALAVRAS-CHAVE: automóvel, desenvolvimento e mobilidade urbana.

THE USE OF THE AUTOMOBILE AS AN IDEOLOY OF DEVELOPMENT AND ITS CONTRADICTIONS ABOUT URBAN MOBILITY

ABSTRACT

The investment policy adopted by the Brazilian State after the Second World War had as one of its main fronts of action the infrastructure area and road transportation, anchored at public investments and also at the big international capitalist corporations. This model of economic growth, based on the private public union, met a dual interest of the external investors and also of the nationals elites, either as a model of remittance of profits to the head countries, or providing a high standard of consumption and privileges to national segments. The ideological apparatus which is processed from the automobilist industry, as a strategic gear of economic strength of the country, justified the policies of production and the commercialization of automobiles, they were also determinant influences in the way people used to think and act. This paper aims to discuss how this ideology of progress, joined with the acquisition of the automobile and the use of individual means of transportation, influences the feeling of inclusion, social status, self-realization and consequently, in the urban mobility. The explanatory bases for the predominant conceptions that subjugate the other means of locomotion – on foot, by bicycle and the use of public transportation – turn back to this ideological phenomenon that still presents itself as a determinant cause in

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