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O desemprego na UE

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Por:   •  1/11/2013  •  Artigo  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  261 Visualizações

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O desemprego na UE entre os menores de 25 anos chegou em fevereiro a 23,5%, o equivalente a cerca de 6 milhões de pessoas. Na Espanha de Araci, a situação é ainda mais grave: um em cada dois jovens não tem trabalho. O problema preocupa e levou, nesta terça-feira 28, o presidente francês, François Hollande, e a ministra do Trabalho alemã, Ursula von der Leyen, a anunciarem uma ofensiva para combatê-lo.

"Temos que agir imediatamente. Seis milhões de jovens estão [oficialmente] desempregados na Europa", disse Hollande em Paris. "Quase 14 milhões estão sem trabalhar, sem estudar ou sem fazer um estágio."

Feiras de emprego como a visitada por Araci são organizadas pela Comissão Europeia em Bruxelas e em outras cidades da Europa. A procura por trabalho no exterior tem o suporte do chamado "Eures", o website europeu que reúne as oportunidades em todo o continente.

"Estou muito satisfeita com o que encontrei até agora. Existem muitas possibilidades aqui, não apenas na Bélgica, mas também na França e no Reino Unido. As oportunidades não são só para profissionais com experiência, mas também para pessoas como eu, que estão apenas começando", conta Araci.

Mudanças na formação

O que a CE tem a oferecer, no entanto, é apenas uma gota no oceano – a busca por emprego em outros países ainda é exceção. De acordo com a agência europeia de estatísticas (Eurostat), apenas 3% de todos os cidadãos da UE trabalham fora de seu país de modo permanente.

Karl Brenke, especialista em mercado de trabalho do Instituto Alemão para Pesquisa Econômica (DIW), diz que progressos significativos na luta contra o desemprego entre os jovens só serão possíveis através de reformas estruturais nos Estados-membros. Mesmo antes da crise econômica, o índice de desemprego entre menores de 25 anos já era, em algumas partes da Europa, o dobro em comparação com as estatísticas referentes aos mais velhos.

"Para resolver esses problemas estruturais, deve-se mudar o treinamento vocacional nos países afetados pela crise, assim como na Europa oriental e na Escandinávia", diz o especialista, que defende maior capacitação prática nas escolas. "Os mais novos precisam dos benefícios de uma educação prática mais intensa."

A Espanha já começou a introduzir um sistema dual de educação consistindo em treinamento paralelo em escolas e locais de trabalho. Outros países, como Portugal e Grécia, deveriam, segundo Brenke, seguir o mesmo caminho. Mas em alguns países, como a Itália, leis rígidas de trabalho criam obstáculos para a iniciativa.

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