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O etnocentrismo é um conceito antropológico

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Por:   •  5/11/2013  •  Seminário  •  1.056 Palavras (5 Páginas)  •  696 Visualizações

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Etnocentrismo é um conceito antropológico, que ocorre quando um determinado individuo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor,ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou até mesmo por uma diferente forma de se vestir.1 Essa avaliação é, por definição, preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista específico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo étnico considerar-se como superior a outro. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.

O fato de que o ser humano vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.1

Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico, se comparado a outro mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.

A tendência do ser humano nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de acordo com suas tendências, costumes e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao selvagem na sociedade ocidental.1

O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de uma sociedade. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas grandes cidades é um dos exemplos.

Incluem-se aqui as pessoas que observam as outras culturas em função da sua propria cultura, tomando-a como padrão para valorizar e hierarquizar as restantes.

Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais.1

O relativismo cultural - é um método de se observar sistemas culturais, sem privilegiar os valores de um só ponto de vista, como os conceitos ocidentais-modernos de moral e ética.

Relativismo Cutural

O relativismo cultural parte do pressuposto que cada cultura se expressa de forma diferente. Dessa forma, trata-se de pregar que a atividade humana individual deve ser interpretada em contexto, nos termos de sua própria cultura. Esse princípio foi estabelecido como axiomático na pesquisa de Franz Boas, nas primeiras décadas do século XX e, mais tarde, popularizado pelos seus alunos. Porém, o relativismo não é mero axioma (algo que não precisa ser provado ou um ponto de partida a priori), mas antes parte das conclusões que são produzidas da observação e da convivência com outros grupos e com suas convicções. Conforme um dos alunos de Boas, Melville Herskovits:

“ O princípio do relativismo cultural decorre de um vasto conjunto de fatos, obtidos ao se aplicar nos estudos etnológicos as técnicas que nos permitiram penetrar no sistema de valores subjazcentes às diferentes sociedades .

A ideia foi articulada por Boas em 1887:

“ ...civilização não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização. 1

Contudo, Boas nunca usou o termo relativismo cultural, que - em seus caráter axiomático - acabou ficando comum entre os antropólogos depois da sua morte, em 1942. O termo usado pela primeira vez, em 1948, na revista American Anthropologist, representava as ideias de Boas, conforme a síntese de seus alunos a respeito dos princípios ensinados por ele.

Antes, as ideias de F. Boas parecem coincidir com os postulados de Albert Einstein em sua teoria da relatividade. Para Einstein, baseando-se em Galileu, dois observadores podem observar o mesmo fenômeno de formas distintas. O que não significa relativismo absoluto, mas que simplesmente nos convida a procurar formas de diálogo. Na física é a velocidade da luz que permite tal

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