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O jogo começou

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Por:   •  20/5/2014  •  Artigo  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  171 Visualizações

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EDITORIAL

"O jogo começou"

Carlos José Marques, diretor editorial

Arma-se nos bastidores da cena política as táticas de campanha do jogo eleitoral deste ano. Estruturas partidárias e seus respectivos candidatos já estão em campo, municiando assessores com gordos recursos e abrindo trincheiras, seja no plano regional – com a costura de alianças nas praças onde a disputa será mais acirrada –, seja no plano das mídias digitais. E é nesse último terreno que a disputa se dará de forma ferrenha. Antes mesmo do início do horário gratuito na TV, considerado por todos como o grande cabo eleitoral de cada postulante. A internet já mostrou à classe política seu valor ainda no combate de 2010, quando simpatizantes dos então adversários Dilma e Serra travaram uma violenta guerra de acusações. É certo, a mídia digital voltará a ter papel de destaque nesta edição da corrida às urnas. O Partido dos Trabalhadores informou ter lançado ao menos R$ 12 milhões na empreitada e está recrutando quadros para seu exército da rede. O tom que irá adotar nessa mídia, bem como o das legendas de seus oponentes, ainda é desconhecido. Mas analistas lembram que “na rede pode tudo”. Há de se temer até onde a qualidade do debate eleitoral poderá cair nesse ambiente.

Enquanto isso, no plano concreto dos currais eleitorais a campanha segue a pleno vapor. A presidenta/candidata Dilma tratou nos últimos dias de ir pessoalmente aos redutos dos principais oponentes. Desembarcou na semana passada em Minas Gerais, terra do tucano Aécio Neves, como já havia feito anteriormente numa escala em Recife, de Eduardo Campos. Nas duas ocasiões Dilma foi mais candidata que nunca. Posou sorridente para fotos. Distribuiu benefícios. Aceitou o tradicional “tapinha nas costas” de correligionários. Nem se pareceu com o alterego carrancudo que adota nos momentos de chefe-da-nação. Dilma ultimamente tem demonstrado disposição em participar com maior assiduidade de eventos de inauguração e lançamentos. Sabe que ali angaria preciosos votos. Na quinta-feira, 20, lá foi ela a Porto Alegre chutar bola na abertura oficial do Estádio Beira Rio e fazer promessas a produtores de vinho na Festa da Uva. Esforça-se para apagar a imagem antipática que tanto tem atrapalhado sua gestão. Até hoje ela ainda é criticada sistematicamente por sua falta de diálogo com a classe política, com a classe empresarial e com os formadores de opinião. Não se dá bem com nenhum dos três. Uma fragilidade que certamente será explorada pelos adversários. Bem como seus reveses: do pibinho pífio à inflação em escalada, dos riscos de racionamento de água à ameaça de apagão no sistema elétrico. Tudo isso somada a pouca habilidade que vem demonstrando no combate à violência que corre o País. São tantos os flancos abertos que a peleja entre o “time da casa” de Dilma e o dos demais não deixa margem sequer para palpites sobre a vitória final. Pesquisa preliminar da CNT de intenções de voto colocou Dilma na dianteira, com 43,7% contra 17% de Aécio – em franca subida – e 9,9% de Campos. Mas como está dito, esse retrato momentâneo não passa de intenções. Até a confirmação nas urnas há muita bola pela frente para ser jogada.

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Medidas extremas para o futebol brasileiro

admin / 26 fevereiro, 2014

“Estava tudo errado, as pessoas diziam – a relação entre clubes e torcida, a situação dos estádios e a falta de estrutura, a ausência dos torcedores de todas as decisões, tudo enfim -, e banir a venda de álcool, quando todo mundo bebia mesmo era nos pubs (e, conforme observaram muitos torcedores, é impossível ficar bêbado dentro de um estádio por causa do tamanho das filas pra comprar cerveja), não ajudaria em nada.”

O trecho acima é de Nick Hornby, em um dos textos do livro “Febre de bola“. Hornby, escritor inglês aficionado por futebol e pelo Arsenal, escreveu estas palavras meses depois da “tragédia de Heysel”, na Bélgica, quando 38 pessoas morreram antes de uma partida entre o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.

Segundo Hornby, em outro texto do livro, as mortes foram resultado de uma espécie de brincadeira dos hooligans, termo utilizado para se referir aos torcedores ingleses fanáticos, agressivos e baderneiros. Essa “brincadeira” consistia em os hooligans correrem na direção da torcida adversária gritando, fazendo ameaças, para provocar medo nos seus “adversários”, mas sem de fato cometer atos violentos. No caso de Heysel, os torcedores da Juventus, que desconheciam essa “brincadeira”, correram para uma das saídas do estádio. Um muro desabou e pessoas morreram esmagadas.

Essa foi apenas uma das tragédias relacionadas ao futebol que ocorreram na Inglaterra entre as décadas de 1970 e 1980. Várias outras ocorreram, com mais ou menos mortes. Nesse ínterim, medidas paliativas foram tomadas, mas a situação só começou a mudar de verdade

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