OBESIDADE NA ADOLESCENCIA: FATORES ASSOCIADOS AO SOBREPESO ENTRE OS JOVENS DE ESCOLA PUBLICA DA CIDADE DE FLORIANO-PI

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS (2004), a obesidade é uma patologia em que o excesso de gordura corporal acumulado pode atingir graus capazes de afetar de uma forma negativa a saúde. A sua prevalência a nível mundial é tão elevada que a OMS considerou este problema de saúde como a epidemia global do século XXI.

A obesidade é um distúrbio nutricional e metabólico caracterizado pelo aumento da massa adiposa do organismo, ocorrendo mutação no peso corpóreo.O tecido adiposo encontrado no abdômen envolve os órgãos internos servindo como um isolante térmico, mas com o aumento das células do tecido (hiperplasia) e/ou o tamanho das células adiposas (hipertrofia) aumenta o excesso de gordura em determinada região do organismo (POWERS; HOWLEY; RAMOS; BARROS, 2005).

Os padrões inadequados de alimentação, modo de vida, saúde pública e falta de atividades físicas estão diretamente ligados ao sobrepeso e obesidade entre os jovens de países em desenvolvimento como no Brasil que antes existiam problemas como a desnutrição. O excesso de peso na adolescência acarretará complicações metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, ortopédicas e psicológicas na fase adulta (ENES; SLATER, 2010).

Atualmente, classes sociais mais altas demonstram que os fatores socioeconômicos interferem diretamente no aparecimento de jovens obesos. A transição nutricional por que passa o Brasil é constatada pelo aumento progressivo da obesidade em substituição à desnutrição protéico calórica, acontecendo mais rapidamente na faixa etária adulta que na pediátrica (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2012).

Para fins de rastreamento do sobrepeso é utilizado o Índice de Massa Corporal – IMC - (definido pelo peso em kg dividido pela altura em metros quadrados) torna-se o medidor para o excesso de gordura corpórea, tendo como um de seus parâmetros, independentemente de sexo e idade, adolescente próximo a fase adulta com IMC 30Kg/m², é considerado obeso (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP –(2012), a forma correta de prevenir a obesidade é um acompanhamento desde a infância, para que futuramente não se torne uma doença crônica grave, podendo iniciar-se da vida intrauterina até a adolescência. Para que se tenha um controle de obesidade, a SBP propõe que tenham assistências a saúde como pré-natal, puericultura, família, escola e comunidade. Quando estes tópicos tiverem o suporte o acompanhamento a jovens com problema de sobrepeso será menos complexo.

O tratamento da obesidade deve incluir uma mudança na postura familiar e da criança em relação a hábitos alimentares, tipo de vida, atividade física e correção alimentar. Levando em conta a idade da criança, a participação direta da família e de uma equipe multidisciplinar integrada, que modifique o comportamento obesogênico. (SOUZA, 2007).

O papel do enfermeiro nas assistências a obesidade é de envolver as comunidades nas ações de promoções e recuperação de saúde, através de orientação alimentar saudável, prevenção do ganho de peso, monitorar dados antropométricos dentre as consultas de enfermagem, avaliar como estão acontecendo os encaminhamentos dos casos de risco, além de participar e coordenar atividades de educação permanente no âmbito da saúde