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OBSERVANDO A REALIDADE ESCOLAR

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Por:   •  1/10/2013  •  820 Palavras (4 Páginas)  •  530 Visualizações

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

SALA AMBIENTE 04 – OBSERVANDO A REALIDADE ESCOLAR

ATIVIDADE: 1

PÓLO DE: SEARA

TUTORA: Diana Maria Grosbelli Casarotto

PROFESSOR FORMADOR: João Carlos da Gama

CURSISTA: Luana Policarpo Maria

OBSERVANDO A REALIDADE ESCOLAR

O filme Entre os muros da escola retrata situações que acontecem diariamente dentro das nossas escolas. O desrespeito as regras, onde o aluno sabe, mas o professor ao todo momento tem que lembrá-lo, a falta de respeito entre seus colegas, entre professor- aluno. O julgamento entre os professores, que antes mesmo de conhecer o aluno já criam um preconceito do mesmo. As comparações, onde desmotiva o aluno, esquecendo a realidade em que nossos alunos estão inseridos. Sem esquecer a falta de comprometimento da família, onde a mesma não se importa com o que acontece com seu filho e só se preocupa quando chega o boletim, quando chega a ver o mesmo.

O aluno se pergunta para que aprender? Ele muitas vezes não vê sentido, não vê diferença em sua vida. E o professor desestimulado, desacreditado não faz nada para mudar suas aulas, ou para entender as dificuldades dos nossos alunos.

Vivencio todos os dias, como orientadora de duas escolas as duas situações ainda têm alunos muito bons, que acreditam no seu futuro, assim como professores confiantes, que se importam com os alunos, em mudar as estratégias para alcançar os diversos alunos. E naqueles que estão no caminho opostos, minha função é acreditar, é convencê-los que podemos mudar, é mostrar que acreditando teremos um retorno daquilo que plantamos tanto como aluno como professor. Mais vou ser sincera, não é fácil. Os alunos não querem saber de seus deveres só de seus direitos e temos que ser firmes é mostrar que ainda temos regras, que ainda acreditamos na nossa função e que um dia cedo ou tarde eles vão valorizar e entender a nossa importância.

E qual a função da escola? Assim como a autora Selma Garrido, acredito que a escola serve para transmitir à maioria da população os conteúdos culturalmente elaborados. A socialização do saber, que se dá pela escola, e que constitui a sua especificidade, é a contribuição que a escola dá para a transformação social. Não se trata nem de o professor ser um mero transmissor e o aluno mero receptor. Nem se trata de o professor ser igual ao aluno, porque o professor é diferenciado. A natureza do trabalho do professor é diferenciada do trabalho do aluno. Não adianta dizer: somos iguais; não somos. Tenho funções que são diferentes das do aluno. Eu ser amigo do aluno é uma coisa, eu cumprir a minha função de professor é outra coisa.

A escola não é uma instituição historicamente isolada do contexto no qual ela está. Ela é uma instituição historicamente situada. Por isso, ela tem que estar, a todo instante, olhando e examinando os determinantes desta história para dentro dela, através das pessoas que fazem a escola, responder às transformações que se fazem necessárias nesse contexto.

Para melhorar a qualidade de ensino e conseguir trabalhar com as diferenças existentes nas salas de aula é preciso enfrentar os desafios da inclusão escolar, sem fugir das causas do fracasso e da exclusão. Enquanto os professores persistirem em ensinar com ênfase nos conteúdos programáticos, adotar o livro didático como ferramenta exclusiva, servir uma folha mimeografada ou fotocopiada para que todos os alunos ao preencham ao mesmo tempo e com as mesmas respostas, considerar a prova final como decisiva na avaliação do rendimento escolar do aluno não teremos condições de ensinar a turma toda, reconhecendo as diferenças na escola.

O ensino para alguns é ideal para gerar indisciplina, competição, discriminação, preconceitos e para categorizar os bons e os maus alunos, por critérios que são infundados. É um ensino que coloca o aluno como foco de toda a ação educativa e possibilita a todos os envolvidos a descoberta contínua de si e do outro, enchendo de significado o sabor de educar.

Acredito que temos que estar sempre revendo nossas práticas e através de boas leituras podemos estar nos aperfeiçoando, indico os livros Marcas da diferença no Ensino Escolar de Richard Miskolci, Afirmando diferenças – montando o quebra-cabeça da diversidade na escola de Anete Witz e Valter Silvério, Gênero e diversidade na escola do Ministério da Educação, A desordem na relação professor-aluno: indisciplina, moralidade e conhecimento, Confrontos na sala de aula: uma leitura institucional da relação professor-aluno ambos de Aquino, J.G.

A escola se distinguirá por um ensino de qualidade quando conseguir aproximar os alunos entre si, tratar os conteúdos como meios de conhecer melhor o mundo e as pessoas que os rodeiam e ter como parceiras as famílias e a comunidade na elaboração e no comprimento do projeto escolar.

Bibliografia:

BRASIL. Educação Inclusiva – Orientação pedagógica. In: Aspectos legais e orientação pedagógica. São Paulo: MEC-SEESP, 2007.

PIMENTA, Selma Garrido. Orientação vocacional e decisão: estudo crítico da situação no Brasil. 11. ed. São Paulo: Edições Loyola, 1981.

_______. O pedagogo na escola pública. São Paulo: Edições Loyola, 1988.

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