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OS CINCO SABERES DO PENSAMENTO COMPLEXO (Artigo)

Por:   •  7/7/2015  •  Artigo  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  818 Visualizações

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OS CINCO SABERES DO PENSAMENTO COMPLEXO*

                                                                       William Santos BATISTA**

RESUMO:

A ideia de pensamento complexo, que Edgar Morin apresenta em seu trabalho, vem para mostrar o outro lado da moeda, em que há a mudança de paradigmas, paradigmas esses que são muito usados para a dominação e hierarquização. Com a mudança, os mesmos tendem a estimular a cooperação, que valorize estabelecer as relações e atitudes significativas. Ao observar esse pensamento Humberto Mariotti organizou OS CINCO SABERES DO PENSAMENTO COMPLEXO, que vem de forma sistemática explicar e relacionar o saber ver, saber esperar, saber conversar, saber amar e saber abraçar, afirmando que um é dependente do outro para que possam ser vividos em sua exata plenitude.

Palavras chaves: paradigmas, cooperação,relações.

ABSTRACT:

The idea of complex thought, Edgar Morin shows in his work, is to show the other side of the coin, where there is a change of paradigms, these paradigms that are commonly used for domination and hierarchy. With the change, they tend to stimulate cooperation that values establish relationships and significant attitudes. Observing that thought Humberto Mariotti organized THE THOUGHT KNOWLEDGE FIVE COMPLEX, which has systematically explain and relate the knowledge to see, know how to wait, learn to talk, learn to love and learn to embrace, saying that one is dependent on the other so that they can be lived in its exact fullness.

Key words: paradigms, cooperation, relationship.

INTRODUÇÃO:

Os cinco saberes do pensamento complexo, que Humberto Mariotti sistematiza, traz a reflexão do nosso “eu”.  E essa reflexão se faz quando sabemos ver o outro; enxergamos o tempo de forma qualitativa (não se perde nem se ganha, apenas vive-se o tempo); eu e o outro não somos pessoas isoladas; nossa inter-relação constitui um sistema; encontramos a felicidade nos outros; sabemos ver a nós mesmo, evitando projetar no outro o que não desejo em mim.

*Humberto Mariotti

** Discente do curso de engenharia Mecânica do 1º período da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

  1. A dependente existência do “eu”

      Para Humberto Mariotti “Saber ver é antes de tudo saber ver os nossos semelhantes. De fato, a localização anatômica dos nossos olhos mostra que eles estão orientados para ver o mundo — isto é, para ver o outro. Sabemos que há certas partes de nossa anatomia que só podemos enxergar em ângulos muito precários, e outras que não podemos ver de modo algum”.

       O fato de enxergarmos não implica dizer que sabemos ver. O saber ver vai além do enxergar. Quando apenas enxergamos, não notamos a unidimensionalização da visão, que consiste na apropriação do olhar da cultura dominante, ou seja, eu vejo que é imposto que eu veja.É um dos fenômenos mais alienantes que temos em nosso cotidiano.

A iconização da sociedade, que consiste no fornecimento de um mínimo de palavras escritas e um máximo de imagens padronizadas, conduz a uma diminuição do contato com a razão. Com isso ocorre a restrição ao acesso das pessoas ao imaginário (o interior do eu), o queleva as mesmas a ver o mundo de modo concreto e literal, como se fosse o produto de uma indústria, que é feito em serie.  

  1. O tempo sendo mais que mercadoria

Segundo Humberto Mariotti“Para nós, não há nada mais difícil do que esperar”. Nossa cultura privilegiou a dimensão quantitativa do tempo. Deu primazia ao tempo medido em relação ao vivido. Como a temporalidade medida é, em nossa concepção, igual a dinheiro, e como o dinheiro com muita frequência se relaciona a imediatismo, ansiedade e temor, saber esperar reduziu-se a um sinônimo de perder tempo, isto é, perder dinheiro e sentir medo.

  “Qualquer tentativa de fazer uma ontologia do tempo suscita desde logo à questão de se ele é linear ou circular”.  Por exemplo, quando visto de forma linear, vemos a morte como um ponto final, isso nos apavora, quando na verdade ela deve ser vista como um dado da vida.

        É importante entender que o tempo deve ser visto de forma qualitativa, ou seja, o tempo não se ganha nem se perde apenas vive-se. A temporalidade é circular – dinâmica dos sistemas da natureza, mundo de ciclos. Humberto Mariotti simplifica isso em uma frase “Saber esperar é saber viver”.

  1. Aprender a ouvir para assim entender o outro

Tendemos a julgar a nós mesmos pelas nossas intenções e não pelo resultado dos nossos atos, por outro lado, costumamos julgar o outro não pelas suas intenções, mas por seu comportamento. Nós reagimos a comportamentos enão interagimos com intenções e condutas do outro. Em muito isso ocorre, pois não sabemos conversar, pois para que haja dialogo há a necessidade do saber ouvir.

A inter-relação com o outro constitui um sistema, quando tomamos o ponto de vista dos indivíduosde forma separada, ignorando o sistema em si, só piorará a situação do dialogo.Só veremos mudanças quando o sistema for levado em conta, isto é, quando percebermos que indivíduos separados nada representam. Só começamos a existir efetivamente quando estabelecemos relações. Essas relações só se tornarão harmoniosas quando conversarmos e chegarmos a um acordo (não a uma uniformização) entre nossas intenções, o que por sua vez levará a um acordo (não a uma padronização) entre nossos comportamentos.

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