Os Métodos para Produção do Conhecimento

Métodos para Produção do Conhecimento. A relação entre ética, ciência e tecnologia

Aluno: Daniel Pereira da Silva Neto

Data: 22/02/2021

O texto tem como objetivo apresentar a relação que existe entre a ética, ciência e tecnologia convidando o leitor a uma reflexão sobre o poder que pode ser proporcionado pela ciência ao homem e a necessidade de moderação ou direcionamento do mesmo pela ética. Há notoriamente uma questão envolvida nessa relação que não é nova e que não é simples de ser resolvida.  A ciência tem a capacidade de libertar o homem das amarras da ignorância, lhe concedendo capacidade de agir de forma livre, racional e autônoma. Mas esse mesmo poder que a ciência tem de libertar o homem, pode lhe tornar prisioneiro de si próprio ou de suas ações. Assim a questão é como usar a ciência de forma que o homem seja beneficiado e não prejudicado por sua força.

O mundo atual não é um local regido por interesses coletivos altruístas, com valores e princípios morais sólidos. O mundo atual é guiado por interesses socioeconômicos egoístas desprovidos de valores morais. É nesse contexto que a ciência se desenvolve e tem que enfrentar o dilema de avançar e poder produzir coisas boas, benéficas a sociedade ou proporcionar ao homem as ferramentas para dominar e destruir o seu semelhante. A ética é apresentada então como o conjunto de valores que irá direcionar o cientista ou homem no uso da ciência de forma que esta não seja usada para o mal ou para sua destruição e do meio em que vive. A história mostra como não é difícil o uso do conhecimento científico para fins de destruição. Em razão do avanço científico e tecnológico a sociedade se industrializou e passou a produzir com maior facilidade bens de consumo em vastos parques industriais, mas esses mesmos parques industriais que produziram bens de consumo, produziram nas guerras mundiais instrumentos de guerra com poder de destruição em massa. As universidades desenvolveram pesquisas científicas para produção de armas químicas, biológicas e atômicas com poder de destruir a própria humanidade. Assim a ciência se mostra como uma ferramenta que dá ao homem poder de fazer o bem ou mal, de proporcionar a sociedade melhorias e progresso ou destruição. Mas essa ciência não é neutra e nem pode ser encarada assim. O cientista precisa ser responsável por aquilo que produz.

Em vista de tudo o que foi apresentado o texto conclui que a ciência deve ser norteada pela ética. Seu objetivo deve estar claro e deve buscar proporcionar ao homem liberdade através do conhecimento, melhorias da vida em sociedade e preservação do meio em que vive o homem, com destaque para o respeito a natureza e a dignidade humana.

O texto em si não é muito objetivo sobre os pontos que se propõe a abordar, mas faz uma reflexão necessária e apresenta os pontos principais da discursão que levanta. O conceito geral de que a ciência precisa ser dirigida pela ética e que seus avanços devem contribuir para o bem da sociedade e não sua destruição é muito relevante. Os avanços científicos e tecnológicos nos dias atuais chegam com uma velocidade espantosa, de tal forma que aquilo que em décadas atras era tratado como ficção científica se torna realidade. Esses avanços proporcionaram ao homem uma oferta maior e melhor em alimentos, comunicação e interação social instantânea mesmo a grandes distâncias, democratização da informação etc.. Mas esses avanços não foram capazes de erradicar a fome no mundo, embora todos os dias toneladas de alimentos sejam jogados no lixo; não foram capazes de unir a pessoas, mas afastá-las mesmo quando estão próximas e não foram capazes de libertar o homem da ignorância, embora este tenha muita informação disponível. Isso porque os interesses e valores que movem o mundo não são altruístas e éticos, mas egoístas. O que está por trás desses avanços não é o desejo de proporcionar ao mundo e ao semelhante melhores condições de vida, ou mesmo resolver os grandes problemas da humanidade, mas o desejo de enriquecimento a qualquer preço. Interesses socioeconômicos egoístas sufocam a preocupação com o semelhante e com o meio em que se vive. Assim o semelhante é usado e o meio ambiente inescrupulosamente explorado. O autor está correto, a Ciência precisa da Ética.

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