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Os Problemas trazidos pelo sexis

Por:   •  15/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  792 Palavras (4 Páginas)  •  134 Visualizações

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Os problemas trazidos pelo sexismo

        Vive-se numa sociedade onde é considerado normal, simplesmente por causa de vertentes culturais, o homem impor seu poder e a mulher obedecer, negligenciando, muitas vezes, sua saúde mental. Além desse tipo de violência psicológica, encontram-se também mulheres que sofrem abusos físicos.

        A violência contra mulher não é um problema atual; desde muito tempo percebe-se uma discriminação, como por exemplo, em 1916, quando não era permitido legalmente que fossem casadas e trabalhassem sem a permissão de seu marido. Esta lei só foi banida 46 anos depois, em 1962. Tempos se passaram, mas o preconceito e os abusos sofridos por elas ainda são presentes nos dias de hoje. Ainda é visto muitos homens com mais importância social que as mulheres. Por exemplo, há ambientes de trabalho nos quais elas exercem as mesmas profissões que eles e trabalham com a mesma eficiência, mas ainda assim, são menos remuneradas e menos reconhecidas.

        A violência psicológica é geralmente imposta pelo próprio parceiro que regra a vida da companheira, impedindo-a de ter uma vida normal e saudável. Em relação à violência física, são constatadas altas taxas de agressão ao sexo feminino. Segundo uma pesquisa da UNICEF, aproximadamente 120 milhões de mulheres no mundo tiveram relação sexual forçada ou outros atos, no qual o agressor era o seu parceiro ou ex-parceiro. Infelizmente, a cultura de que as esposas – ou companheiras – devem satisfazer o homem independente da sua disposição ou vontade, é passada de pai para filho. A alta ocorrência desses abusos não significa que há falta de tentativas para acabar com o problema. Foi aprovada em 2015 a Lei do Feminicídio, que inclui o feminicídio como crime hediondo, aumentando a pena de quem o praticar.

        Não são apenas as mulheres cis que passam por esses tipos de violência no seu cotidiano. As mulheres trans também sofrem tais agressões. Essas mulheres, com o passar da evolução social, têm sido integradas cada vez mais na sociedade de forma justa, mas ainda não se atingiu o nível necessário de aceitação e respeito para tornar as suas vidas mais fáceis, confortáveis e normais. Suas vidas têm sido dificultadas pelo sexismo, incrivelmente tão presente nos dias de hoje, onde a sociedade como um todo, as exclui, tratando-as diferente. Elas passam por diversas dificuldades tentando entrar no mercado de trabalho, por exemplo, e quando conseguem, sentem dificuldades em se manter nele devido ao preconceito enfrentado. Outro exemplo que se pode mencionar é a Kimi Avalos, uma trans argentina que abandonou o ensino médio por não tolerar mais ser alvo de preconceito. Ela conseguiu concluir o EM através do apoio que a Casa Trans na Argentina a proporcionou. A Casa Trans foi fundada pela Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros em 2017 e tem como objetivo ajudar os trans que não foram aceitos nas escolas e os educar, os dando a oportunidade de conseguir seus diplomas.

        O mesmo exemplo poderia e deveria ser seguido no Brasil, país líder no ranking de países que mais mataram travestis e transexuais de acordo com a ONG Transgender Europe (TGEU). Baseada em uma pesquisa feita em 2016, em um ano são assassinados 123 trans no Brasil, e de 1 de Janeiro de 2008 a 30 de setembro de 2016, 900 casos de morte devido a transfobia foram relatados.

        Um movimento bastante popular dirigido em sua maioria por mulheres, incluindo a atriz Emma Watson, é o HeForShe da ONU Mulheres, que tem como objetivo levar pessoas do gênero masculino a ajudar a combater a violência de gênero, os incluindo nos projetos, para que não sejam só mulheres dispostas a mudar esta realidade machista e preconceituosa, visto que se os dois gêneros se unirem, resultados maiores serão alcançados. Como foi dito por Emma Watson em um de seus discursos no HeForShe, “Como podemos afetar uma mudança no mundo, quando apenas metade dele é convidado, ou se sente bem-vindo para participar da conversa?”.

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