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Os Sistemas Gerenciais e suas Imagens

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Por:   •  7/8/2013  •  Tese  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  557 Visualizações

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Fordismo, Toyotismo e Volvismo: Os Caminhos da Indústria em Busca do Tempo Perdido

Introdução: Os Sistemas Gerenciais e suas Imagens

A partir da década de setenta, a liderança industrial ocidental (EUA e Europa Ocidental) passou a ser desafiada pelo Japão. Defende-se que este fato está ligado a forma de organização do trabalho dominante nas empresas ocidentais. E por isso, o modelo fordista estaria sendo substituído na indústria manufatureira em todo o mundo, por novos conceitos e princípios.

Para criar um campo analítico, estas metáforas serão contrapostas a três diferentes sistemas gerenciais. Na primeira parte, será descrita a imagem da organização como máquina e, abordado o tema da produção em massa a partir do caso da Ford. Na segunda parte, analisaremos a empresa Toyota e a imagem da organização como organismo. E finalmente, na terceira parte, será tomada a metáfora do cérebro e abordado o caso do Volvo.

Organizações como Máquinas: Ford e a Produção em Massa

As origens da organização mecânica

As organizações mecânicas surgiram com o desenvolvimento do capitalismo, onde as mesmas passaram a serem vistas como um arranjo rígido, construídas a partir de um projeto e montadas como peças mecânicas; ignorando a importância do fator humano. Elas são sistemas racionais que tem como objetivo, operar da forma mais eficiente possível.

Max Weber observou um paralelo entre a mecanização e as formas burocráticas de organização, “a burocracia rotiniza a administração como as máquinas rotinizam a produção”. Para ele, a burocracia é a organização eficiente por excelência (pela ênfase na previsão, rapidez, regularidade, confiabilidade e eficiência). As organizações burocráticas facilitam o controle do trabalhador, pois são capazes de rotinizar e mecanizar cada aspecto da vida humana, eliminando a necessidade de raciocínio para a execução das tarefas.

A origem da teoria clássica da administração está ligada também à combinação de princípios militares e de engenharia. O gerenciamento passa então a ser visto como um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle; elementos que constituem o processo administrativo e passaram a serem as chaves para o êxito organizacional.

Taylor, grande mentor do gerenciamento científico, desenvolveu uma série de princípios baseados na separação entre trabalho mental e físico e na fragmentação das tarefas. Estes princípios são aplicados até hoje. Quando surgiu, o gerenciamento científico foi visto como solução para todos os problemas organizacionais; e ainda hoje muitas indústrias que,

Encontram-se inseridas em ambientes estáveis, com poucas mudanças ao longo do tempo e previsibilidade do fator humano; encontram na administração científica uma resposta para seus problemas.

Acontece que as mudanças socioculturais e econômicas constantes têm levado ao desaparecimento dessas condições estáveis de ambiente, fazendo com que a administração clássica se torne cada vez mais limitada.

Henry Ford e a Produção em Massa

Seu início caracterizou-se principalmente pela separação do trabalhador dos meios de produção. Mas o que acelerou as mudanças alterando os sistemas organizacionais, foi o surgimento das grandes fábricas e das linhas de produção contínuas.

Durante o período de produção manual, a indústria automobilística era descentralizada, coordenada diretamente pelo dono, o volume de produção era baixo, os empregados eram altamente especializados, os custos de produção altos e o valor dos carros também, de forma que apenas os ricos podiam comprar carros que, em geral eram de baixa qualidade.

No final do século XIX, quando Ford introduziu seus conceitos de produção (linha contínua de produção - produtividade, intensificação e economicidade), conseguindo reduzir custos e melhorar a qualidade dos carros que, a indústria automobilística atingiu um patamar tecnológico e econômico. Ford conseguiu reduzir o tempo de preparação da máquinas, elas executavam uma tarefa por vez e eram colocadas em sequência lógica de produção. Ele verticalizou-se totalmente, produzindo todos os componentes dentro da empresa. A consequência foi a introdução em larga escala de um sistema de controle

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