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Overdose Por Cocaina

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Por:   •  17/5/2014  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  274 Visualizações

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Overdose por cocaína Notícias sobre drogas e alcool - Site Antidrogas

As altas taxas de mortalidade entre usuários de droga estão relacionadas a inúmeros fatores, tais como complicações devido ao uso da droga (por exemplo, Aids entre usuários de droga injetável), overdose, suicídio, acidentes e homicídio.

As dificuldades em atribuir causas de morte a uma reação de overdose especifica são complicadas. Por exemplo, diferenciar overdose acidental de suicídio pode ser muito difícil.

No Brasil quase não existem dados sobre overdose e fica difícil colocar mortes relacionadas à cocaína no contexto de mortes relacionadas a outras drogas. Num estudo de 294 usuários de cocaína freqüentando serviços de atendimento em São Paulo, 43% (n=126) relataram que já tiveram uma overdose não fatal por cocaína no Brasil. A última overdose aconteceu com crack em 58% dos casos, cocaína endovenosa em 23% e cocaína inalada em 18%. Além disso, 56% já presenciaram outra pessoa ter overdose por cocaína.

Antes de partir para uma discussão sobre os fatores que poderiam estar relacionados à overdose por cocaína, é importante definir o termo overdose. Uma definição usada é: "overdose é o uso de qualquer droga em tais quantidades que efeitos adversos agudos físicos e mentais ocorrem. Ela pode ser deliberada ou acidental, fatal ou não fatal". Apesar desta definição parecer precisa, existe ambigüidade, por exemplo, a respeito dos efeitos que de fato constituem uma overdose não fatal. Os efeitos também variam consideravelmente de um indivíduo para outro, em relação à droga e às circunstâncias em que a overdose ocorre.

O objetivo desta revisão é apresentar a prevalência, as características clínicas, o tratamento e os fatores associados a overdose por cocaína.

PSICOFARMACOLOGIA - TOXICIDADE

A cocaína é um alcalóide extraído das folha da planta Erythroxylon coca. As folhas de coca são processadas com diferentes substâncias químicas (solventes orgânicos, ácido hidroclorídrico a amônia), resultando no produto intermediário, pasta de coca. Um último processo de refinamento da pasta de coca produz o hidrocloridrato de cocaína. Esta forma de cocaína é solúvel em água e é tipicamente usada por via intranasal ou endovenosa, apesar de poder também ser esfregada (friccionada) sobre a gengiva. O crack pode ser aquecido com o uso de um isqueiro e fumado, o que ocorre usualmente num cachimbo improvisado.

Os usuários descrevem que o efeito psicológico prazeroso da droga começa a diminuir depois de 10 a 15 minutos que a droga foi fumada ou injetada. A benzoilecgonina constitui o principal metabólito da cocaína na urina, e pode ser encontrada por períodos superiores a 36 horas após a última administração da droga.

Os primeiros sinais clínicos de toxicidade por cocaína são usualmente palpitações, sudorese, cefaléia, ansiedade, tremores, hiperventilação a espasmo muscular, especialmente da língua e da mandíbula. O exame físico revela evidência de superestimulação adrenérgica com midríase, taquicardia, hipertensão, arritmias cardíacas a hipertermia. Em casos mais graves, pode haver convulsões, taquicardia supraventricular a outras arritmias, isquemia do miocárdio levando a infarto, isquemia de outros órgãos como intestino a cérebro, assim como hemorragia intracraniana e rabdomiólise. A morte freqüentemente ocorre devido à insuficiência cardíaca ou respiratória.

FATORES RELACIONADOS À DROGA

A concentração sanguínea da cocaína depende da via de administração, da dose, do peso corporal, do tempo decorrido entre o último consumo e da farmacocinética individual.

Uso concomitante de cocaína a outras drogas: uma revisão das mortes devido à overdose por cocaína ocorridas na Flórida em 1991, encontrou que mais da metade de todas as morte por overdose de cocaína envolviam cocaína usada com outra droga.

Cocaína, álcool a cocaetileno: Muitos usuários de cocaína freqüentemente usam álcool com cocaína. Parece haver três razões principais para fazer isso. Primeiro, cocaína e álcool juntos causam uma euforia mais intensa do que qualquer uma das duas drogas usadas sozinhas. Alguns usuários acham que o álcool reduz o desconforto resultante do alto grau de excitação causado pela cocaína. Um terceiro motivo seria o fato da cocaína reverter o prejuízo psicomotor e cognitivo causado pelo álcool.

A mistura de álcool a cocaína pode resultar em taxas mais altas de absorção de cocaína, níveis plásticos mais elevados e a produção de um metabólico ativo, o cocaetileno.

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