PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE
Pesquisas Acadêmicas: PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: REBECANAFISTULA • 23/9/2014 • 6.756 Palavras (28 Páginas) • 523 Visualizações
MÓDULO I
INTRODUÇÃO
Com a crescente competitividade imposta pela globalização, as organizações buscam permanentemente padrões de excelência. A busca do aperfeiçoamento contínuo passou a ser fator chave às organizações. Segundo Moribe (1997, p.15), “a competitividade depende da capacidade das empresas criarem ou renovarem vantagens competitivas”. A globalização impõe às empresas a criação e renovação de suas vantagens competitivas.
Para Fleury (1999, p.08), “com a delegação dada a um operador externo de uma área tão importante como a de armazenagem, os executivos da empresa contratante abrem em suas rotinas tempos e espaços para maior dedicação à difícil missão de desenvolver a competência de seu negócio.”
No esforço de reduzir os custos da cadeia de suprimentos, muitas organizações têm padronizado os serviços de logística. Todavia, os clientes querem serviços cada vez mais específicos, já que eles têm necessidades diferentes; por conseguinte, isto leva as empresas a se adaptarem e evoluírem constantemente para manterem-se firmes e competitivas no mercado.
O operador logístico no Brasil é uma realidade em diversas organizações. Ele efetua o seu trabalho basicamente em organizações de ponta, como as montadoras, eletro-eletrônicos e metal mecânicos. É por causa dessas organizações que muitos operadores logísticos multinacionais vieram para o Brasil.
A atividade empresarial de operadores logísticos no Brasil é bastante recente. Segundo Fleury ET AL (2000), “pode-se afirmar que este é um fenômeno que começou a ganhar vulto apenas em 1994, a partir da estabilização econômica propiciada pelo plano real”. O setor apresenta problemas e oportunidades. Como oportunidades, têm a ver com o enorme potencial do mercado brasileiro, conseqüência da privatização da infra-estrutura de transportes e da crescente adoção do conceito de logística integrada e Supply Chain Management pelas maiores empresas do país. Como problemas, a má qualidade da infra-estrutura física e a conseqüente dificuldade das empresas contratantes para identificar e selecionar os operadores mais adequados às suas reais necessidades tem dificultado o sucesso dessa operação.
Já o mercado de gênero alimentício, constantemente aquecido e mutável, com freqüentes novas tendências, cresce a cada dia. Segundo a empresa Mintel GNPD (Global New Products Database) , um fornecedor independente premiado, líder mundial de inteligência de mercados, que fornece informações consistentes, análises críticas e recomendações, e artigos publicados em periódicos especializados no mercado de alimentos e bebidas (Retail Merchandiser, Just-Food e Food Management), que fez um estudo em 2007 com o objetivo de mostrar o ponto de vista das tendências no mercado de alimentos e bebidas; onde constataram as principais tendências para os próximos anos. A primeira constatação foi que, a atividade de lançamento de novos produtos vem se intensificando ano após ano. De 2004 A 2006, a Europa respondeu por 40% de todos os lançamentos do mundo, apresentando um crescimento no número de lançamentos de 26% de 2004 a 2006. Ásia e América Latina também apresentam crescimentos significativos no mesmo período enquanto a América do Norte apresenta um pequeno recuo no número de novos produtos lançados anualmente, segundo dados do site da GNPD.
Gráfico 1 – Número de Lançamentos de Alimentos e Bebidas por Região
Fonte: Mintel, GNPD, 2007
Nesta mesma pesquisa do site , como mostra o gráfico 1, foram apresentadas 10 grandes tendências globais: Ômega-3; Fim das dietas da moda; o posicionamento eticamente correto; a responsabilidade social; valorização de procedência; produtos amigos do meio ambiente; envelhecimento da população; Conveniência; Indulgência sensorial com produtos “Premium”; Saudabilidade. Hoje os produtos oferecem o melhor que há no mundo; combinando saudabilidade com prazer/indulgência são muito aceitos e vendidos em formatos convenientes. Estas tendências estão e continuarão gerando potenciais de lucros e paralelamente combinando entre si, todas se resumindo em três mega tendências: Saudabilidade, Indulgência e Conveniência como mostra a figura 1.
Figura 1 – A inter-relação entre as Mega tendências dos Alimentos e Bebidas
Fonte: Just-Food, 2007.
O site mostra ainda que a tendência de gorduras boas versus gorduras ruins está praticamente dentro da tendência de Saudabilidade. Os alimentos “Livres de...” também se encaixam como uma tendência entre saudabilidade, indulgência e Conveniência. Isso é impulsionado pelo desejo crescente de ter acesso a todos os tipos de produtos por parte de consumidores que possuem algum tipo de intolerância a alguns ingredientes. Já os alimentos customizados ou personalizados representam uma sub-tendência dentro de indulgência. Produtos/Alimentos Étnicos vão continuar a se expandir através das três mega tendências com ênfase em conveniência.
É nesse ambiente complexo, volúvel, de extrema velocidade, flexibilidade e agilidade que este estudo se desenvolve. Este estudo será realizado em uma organização de distribuição, situada em Fortaleza desde 1992. Esta empresa é a Teda Logística e Distribuição Ltda, doravante aqui denominada apenas como Teda Logística com o intuito de simplificar os termos. Uma distribuidora de produtos Nestlé focada para o pequeno varejo e prestadora de serviços logísticos à fornecedora; constituindo-se como provedor de serviços logísticos especializados. A fim de favorecer a empresa evolução como operador logístico, adquirindo organização, planejamento e controle que exige esse novo segmento e dar continuidade a estudos que orientem às tais empresas como um todo; promovendo analogias às empresas do mesmo setor, evidenciando as fragilidades como intuito de minimizá-las e enaltecendo suas potencialidades como um diferencial; é que este projeto se desenvolve.
Conforme Novaes e Alvarenga (1994, p.143), “a distribuição física ocupa papel de destaque nos problemas logísticos das empresas”. A diminuição dos estoques, a agilidade no transporte e a distribuição dos produtos, são fatores importantes para serem destacados. Existem outros fatores que não podem ser esquecidos, como a concorrência entre as empresas que exige qualidade nos serviços. Essa melhoria na qualidade é traduzida em entrega mais rápida, confiabilidade (pouco ou nenhum atraso em relação ao prazo estipulado)
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