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PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Por:   •  18/3/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.915 Palavras (8 Páginas)  •  354 Visualizações

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CURSO DE PEDAGOGIA

PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA –

SUPERVISÃO ESCOLAR E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

O TRABALHO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

Ana Maria Freitas Silva          RA: 1875997
Camila de Melo Neves Barbosa      RA: 1890599
Cassia Cristina Gabriel               RA: 1887599

Polos Brasília – DF e Marquês – SP

2020

  1. Tema

O papel do orientador educacional na qualidade de ensino dos alunos portadores de transtornos de aprendizagem.

  1. Situação-problema:

Nos dias atuais, é com grande frequência que encontramos crianças portadoras de transtornos de aprendizagem. A rigor, a aprendizagem pode ser entendida como um processo evolutivo e contínuo, que envolve um conjunto de modificações no comportamento do indivíduo, tanto a nível físico como biológico.

Os transtornos de aprendizagem podem ser considerados como uma inabilidade específica para a escrita, leitura e matemática, em alunos que apresentam resultados inferior ao esperado para o nível de escolaridade, desenvolvimento e capacidade cognitiva.

Dessa forma, a figura do orientador educacional ganha grande destaque, visto que, na escola, ele é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno, bem como é o encarregado de auxiliar os pais e professores das crianças portadoras de transtornos de aprendizagem a enfrentarem estes transtornos, oportunizando a elas o tratamento adequado dentro de sala de aula.

O desconhecimento dos pais e professores a respeito dos transtornos de aprendizagem, acaba, por vezes, levando pais e professores a administrarem de forma errada comportamentos indevidos, agravando o problema e excluindo a criança da convivência escolar e social.

  1. Justificativa e embasamento teórico

A educação inclusiva é aquela que valoriza a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas, considerando, assim, as diversidades físicas, intelectuais, sociais, sensoriais e de gênero dos seres humanos. Ela acarreta a transformação da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção.

Desse modo, a escola passa a ser um lugar privilegiado de encontro com o outro, onde há o respeito por pessoas diferentes.

Neste cenário, o orientador educacional deve estar atento para os casos de crianças portadoras de transtorno de aprendizagem dentro do âmbito escolar, bem como, lidar com as diferenças, sendo um estimulador do prazer de aprender.

Nos dias atuais, podemos afirmar que o orientador educacional é um facilitador no processo educativo, além de ser um auxiliar na construção social dos educandos, isto é, uma das atribuições do orientador educacional é proporcionar o ajuste social dos alunos, levando em conta fatores socioeconômicos, étnicos e culturais. Ademais, ele deve trabalhar com um currículo que priorize as diferenças, a fim de garantir uma educação de qualidade. Nesta perspectiva, para que haja sucesso no ensino, em muitos casos, o orientador educacional pode realizar a quebra curricular para facilitar a aprendizagem do aluno portador de transtorno de aprendizagem.

Segundo Grinspun:

O Orientador é aquele que discute as questões da cultura escolar promovendo meios/estratégias para que sua realidade não se transforme em verdades intransponíveis, mas se articule com prováveis verdades vividas no dia-a-dia da organização escolar (GRINSPUN,2006, p.112).  

        Assim, é imprescindível a realização de um trabalho pedagógico que busque a superação das dificuldades de aprendizagem e contribua para a apropriação do conhecimento.

Outrossim, o orientador educacional deve ser o elo entre a família e a escola, propondo ações coletivas a fim de que haja a troca de experiências e o conhecimento do meio, o que influencia positivamente o aluno no processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto Luck aduz que:

A complexidade do processo de ensino depende, para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, de ações coletivas de espírito de equipe, devendo ser esse o grande desafio da gestão educacional. E é neste sentido que se caracteriza esta gestão: na mobilização do trabalho humano, coletivamente organizado para a promoção de experiências significativas de aprendizagem. (LUCK, 2003, p.82).

Desse modo, podemos perceber que cabe ao orientador educacional trabalhar visando atender as diversidades dos alunos, orientando e criando condições pedagógicas para auxiliar na aprendizagem dos alunos com dificuldades de aprendizagem.

Nessa seara, a finalidade do orientador educacional é pesquisar e analisar as potencialidades de desenvolvimento e de aprendizagem dos alunos com transtornos de aprendizagem, avaliando situações e propondo recursos necessários para se atingir o êxito educacional nesta área. A esse respeito Maria Tereza Mantoan destaca que é necessária uma reelaboração das filosofias educacionais, afirmando que:

A inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades em aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN, 2003, p. 24).

A inclusão dos alunos com transtornos de aprendizagem, como pessoa portadora de necessidade especial, está garantida e orientada por diversos textos legais e normativos, como por exemplo a lei 9.394, de 20/12/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).

Dessarte, a inclusão é o processo de adequação da sociedade para incluir, em seu meio social, pessoas consideradas de alguma forma diferentes. Sobre este aspecto, Ferreira e Guimarães destacam que:

Trata-se de, considerando suas limitações, reconhecer-lhe os mesmos direitos que os outros e oferecer-lhe os serviços e as condições necessárias para que possa desenvolver, ao máximo, as suas potencialidades, vivendo da forma mais natural que lhe for possível. (FERREIRA e GUIMARÃES, 2008. p.112).

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