Panorama geral da industria brasileira do alumínio e sua produção
Tese: Panorama geral da industria brasileira do alumínio e sua produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dieuly • 27/9/2013 • Tese • 3.368 Palavras (14 Páginas) • 414 Visualizações
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O alumínio, apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais jovem usado em escala industrial. Mesmo utilizado milênios antes de Cristo, o alumínio começou a ser produzido comercialmente há cerca de 150 anos. Sua produção atual supera a soma de todos os outros metais não ferrosos. Esses dados já mostram a importância do alumínio para a nossa sociedade. Antes de ser descoberto como metal isolado, o alumínio acompanhou a evolução das civilizações. Sua cronologia mostra que, mesmo nas civilizações mais antigas, o metal dava um tom de modernidade e sofisticação aos mais diferentes artefatos.
O minério de alumínio predominante é a bauxita, a qual é constituída essencialmente de um óxido hidratado – Al2 O3 H2O – contando ainda óxido de ferro, sílica, óxido de titânio e pequenas quantidades de outros compostos. Nos minérios utilizados na produção de alumínio, o teor de Al2 O3 varia de 40 a 60%.
Descoberto em 1825, o alumínio é produzido em quantidades maiores que qualquer outro metal não ferroso utilizado na indústria. Embora seja abundante na crosta terrestre, não é fácil extraí-lo, pois ocorre na forma de compostos (substância formada por dois ou mais elementos químicos). Prateado, o alumínio é resistente e leve, pouco suscetível à corrosão e amplamente reciclável. Dos seus compostos, o óxido (coridon) é o mais duro dos metais depois do diamante (MOHS), o sulfato é utilizado nas indústrias de papel e o cloreto é importante catalisador em química orgânica e na fabricação de óleos lubrificantes.
A têmpera, na hora da fabricação, é um fator primordial da qualidade das peças. É de difícil soldagem, quando se consegue soldar, perde 50% de suas propriedades mecânicas, pois destempera. Para superar esse inconveniente surgiram no mercado colas sintéticas especiais, mas que perdem a resistência a temperaturas elevadas e que não têm boa coesão na tração (BAUER, 2005).
O alumínio e suas ligas são caracterizados por uma densidade relativamente baixa (2,7 g/cm³, em comparação com uma densidade de 7,9 g/cm³ para o aço), condutividade elétrica e térmica elevadas e uma resistência à corrosão em alguns ambientes comuns, incluindo a atmosfera ambiente. Muitas dessas ligas são conformadas com facilidade em virtude das suas elevadas ductilidades; isso fica evidente em virtude das finas folhas de papel alumínio nas quais o material relativamente puro pode ser laminado. Uma vez que o alumínio possui estrutura cristalina cúbica de face centrada - CFC, sua ductilidade é mantida até mesmo em temperaturas reduzidas. A principal limitação do alumínio está na sua baixa temperatura de fusão (600 ºC), o que restringe a temperatura máxima em que o alumínio pode ser utilizado.
Hoje, os Estados Unidos e o Canadá são os maiores produtores mundiais de alumínio. Entretanto, nenhum deles possui jazidas de bauxita em seu território, dependendo exclusivamente da importação. O Brasil tem a terceira maior reserva do minério no mundo, localizada na região amazônica, perdendo apenas para Austrália e Guiné. Além da Amazônia, o alumínio pode ser encontrado no sudeste do Brasil, na região de Poços de Caldas (MG) e Cataguases (MG). A bauxita é o minério mais importante para a produção de alumínio, contendo de 35% a 55% de óxido de alumínio.
Panorama geral da industria brasileira do alumínio e sua produção
Os setores de consumo dada a versatilidade do alumínio garante presença em diversas aplicações. Todos estes setores destacados pelo uso registrados, avaliam o consumo brasileiro em quase 1,0 milhão de toneladas em 2007, sendo que cresceu quase 10% em relação a 2006, e registra em aumento de mais de 220% em relação 1983.
O consumo de alumínio no Brasil avaliado pela diferença entre o suprimento total (produção primária, secundária e importação de metal) e as exportações, define para o mercado nacional um consumo per capita de 5 quilos /habitante em 2007, o dobro do registrado em 1983 (2,5 quilo/hab).
O consumo distribuído por setores de aplicação mostra o segmento das embalagens como o de maior consumo, seguido pelo de transporte e construção civil, com participações de 30%, 26% e 11%, respectivamente, sobre um consumo avaliado em 918,9 Mt. Em 1983 com um consumo avaliado em 284 Mt essa distribuição contemplava o segmento de construção civil com 23%, os transportes com 18%, a indústria de eletricidade com cerca de 16%, e a de embalagem próximo de 10%.Estas participações por segmentos variam a cada período, em função da maior produção (veículos) ou mudança por hábito de consumo (embalagem) ou por incentivo a construção civil.
Nos transportes tendo em vista a produção de veículos, seja de passageiros ou coletivos ou de carga, reflete um segmento que vem tendo uma taxa de crescimento anual bastante expressiva, superada apenas pelo setor de embalagem.
Por tipo de transformados de alumínio, normalmente tem nas chapas o maior tipo demandado, seguido pelo fundido ou extrudados. O consumo no segmento da indústria siderúrgica, classificado como “uso destrutivo”, absorve 5% do consumo.
Segundo a ABAL entre 1972 e 2007 enquanto a taxa anual de consumo no setor transporte cresceu a 6,4%, o consumo médio do alumínio cresceu a 5,1%, ambas as taxas, superando a taxa anual do PIB brasileiro que no mesmo período registra crescimento anual de 3,4%.
Quanto incluído as transações comerciais com o exterior o balanço da produção brasileira mostra o perfil demonstrado na Tabela 13. Onde em 1975 o Brasil importava o equivalente a 94,4mil t de alumínio para uma disponibilidade interna de 239,1mt, ou cerca de 40% das disponibilidades , quando visto para os recentes anos de 2005 e 2007, esta participação passa a ser em média de 10%.
USOS DO ALUMÍNIO
Quando o alumínio era ainda uma curiosidade com custos elevados, as primeiras utilizações eram limitadas a estatuetas, placas comemorativas, objetos de decoração.
No fim do século XIX com o aumento da disponibilidade foi, gradualmente, utilizado em utensílios de cozinha. O crescimento da importância do alumínio foi consequência da combinação de propriedades úteis resultando numa adequação técnica para aplicações em engenharia, podendo ser transformado através de processos metalúrgicos normais, e, atividades de pesquisas e tecnologias, fizeram do alumínio um material que não apresenta dificuldades nas suas aplicações.
Os principais setores de consumo
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