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Paralelo

Por:   •  5/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  916 Palavras (4 Páginas)  •  226 Visualizações

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        Todo mundo tem direito a uma alimentação saudável, acessível, de qualidade em quantidade suficiente e de modo permanente. Isso é Segurança Alimentar e Nutricional. Existe a Lei de Segurança Alimentar e Nutricional, onde no seu artigo 3º, diz que segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.

        Com base nessa definição, pode se afirmar que na comunidade Ilha das Flores, o grupo de pessoas apresentado no documentário não estão amparados pela Lei de Segurança Alimentar e Nutricional, pois ali revela um descaso em relação à alimentação daquelas pessoas. O documentário faz uma critica ao padrão de vida dos seres humanos no sistema capitalista, uma sociedade embasada no consumo, na lei da oferta e da procura onde o essencial é sempre o lucro, pois é dessa maneira que se consegue o dinheiro, o qual se torna necessário para a suposta “liberdade” do homem. O ser humano é diferenciado dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor e por ser LIVRE. Mas será que o ser humano é mesmo livre, ou as politicas e a nossa sociedade limita quase que oprimindo essa liberdade? Como viu se no documentário, os porcos que não tem o telencéfalo desenvolvido e nem o polegar opositor tinham liberdade de escolher a comida, enquanto aquele grupo de pessoas em ilha das Flores só tinham uma opção: comer aquilo que foi rejeitado pelos porcos que, de certa forma tinham a garantia de proteção, alimentação e uma mínima condição de existência por que eles tem um dono que cuida deles, sabendo que futuramente terá um lucro; e estão em vantagem sobre os humanos com telencefalo desenvolvido, mas sem o poder de troca devido a não terem dinheiro para poder trocar por serviços e produtos. O que deprecia o ser humano em comparação aos animais.

        Uma boa condição alimentar e um cardápio elaborado adequadamente como padroniza a Lei de segurança Alimentar e Nutricional, não é o que se percebe assistindo ao documentário Ilha das Flores, onde mulheres e crianças em um tempo determinado tem que garantir na sobra dos porcos( que por sua vez se alimentam da sobra de alimentos de outros seres humanos com condições financeiras de escolher um alimento, e julgar o que não está apropriado a ser preparado em seus pratos), o alimento para a sua sustentação e sobrevivência. Por que não tem oportunidade de escolherem entre outros alimentos a sua comida e  precisam escolher no resto do lixo o que vão os alimentar.

O grupo de pessoas que vivem naquela comunidade mostrada no documentário e que estão contando com alguma sorte na expectativa de encontrar na sobra do lixo que já foi remexido por porcos alguma coisa que sirva de alimento para sobreviverem, é uma pequena representação da desigualdade social no País em que vivemos.

        Percebemos nesses aspectos que determinantes de grau importante para a  sobrevida não estão favoráveis ao grupo em questão, ao que consta a saúde, habitação digna, saneamento básico, ambiente de trabalho, oportunidades de produzirem alimentos, educação também não estão contemplados para o grupo.

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