Pesquisa Em Comunicação

Pesquisa em comunicação: Elaboração, pesquisa de opinião e grupo focal.

Faculdades Integradas Torricelli / Anhanguera

Guarulhos

2013

Pesquisa em comunicação

A elaboração do projeto de pesquisa

O processo de produção do conhecimento sobre o mundo social passa necessariamente pela reelaboração daquilo que vemos, na forma de representações. Ou seja, para tentar compreender o mundo, é preciso num primeiro momento desconstruí-lo, assim como faz o mecânico de automóveis que para compreender seu “objeto”, qual seja o motor precisa desmontá-lo para depois remontá-lo, agora munido de um saber enriquecido pela práxis.

A teoria difere para cada pessoa, pois depende do contexto, de onde ela está, como ela enxerga e interpreta o cenário. Fatos (saberes) são influenciados pelo contexto sociocultural, como pela tradição e religião, formando a experiência de cada indivíduo.

Assim, o cientista social ao deparar-se com seu “objeto”, precisa desenvolver uma atitude crítica de forma a “desmontar” este “objeto”, na forma de categorias conceituais, buscando o seu entendimento, também enriquecido pela práxis.

Até mesmo as teorias científicas são constituídas fora do campo acadêmico e científico. Os cenários são baseados em visões do mundo, reacomodações de valores, o que dá um novo significado à teoria.

Isso também ocorre com as teorias relativas à comunicação que só se desenvolvem pela observação empírica (observação das relações sociais) dos fenômenos que dizem respeito à circulação e recepção de seus produtos.

A observação empírica poderá conduzir o observador a detectar problemas, contradições, lacunas e equívocos e desta forma possibilitando avanços por retificações.

A pesquisa deve ser planejada, antes de ser executada. Isso se faz através de uma elaboração que se denomina “projeto de pesquisa”. O projeto de pesquisa é um documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo de investigação científica a ser realizado. Talvez uma das maiores dificuldades, de quem se inicia na pesquisa científica, seja a de imaginar que basta um roteiro minucioso, detalhado, para seguir e logo a pesquisa estará realizada.

Na verdade o roteiro existe: são as diversas fases do método. Entretanto, uma pesquisa devidamente planejada, realizada e concluída, não é um simples resultado automático de normas cumpridas ou roteiro seguido. Mas deve ser considerada como obra de criatividade, que nasce da intuição do pesquisador e recebe a marca de sua originalidade, tanto no modo de empreendê-la como de comunicá-la. As fases do método podem ser vistas como indicadoras de um caminho, dando, porém, a cada um a oportunidade de manifestar sua iniciativa e seu modo próprio de expressar-se.

Embora enfatizando o valor da criatividade, convém lembrar que a pesquisa científica não pode ser fruto apenas da espontaneidade e intuição do indivíduo, mas exige submissão tantos aos procedimentos dos métodos como aos recursos da técnica. O método é o caminho a ser percorrido, demarcado, do começo ao fim, por fase ou etapas.Elab

Roteiro para elaboração de um projeto

1º passo

Vivemos em um mundo que tudo muda a todo instante e á todo momento. Então tudo que estamos fazendo agora, neste exato momento, daqui alguns segundos já será passado, passou não volta mais. Temos que ter o que almejamos na ponta da língua, uma ideia, uma opinião, uma crítica e nos sentirmos a vontade para responder e dar- lhe á resposta.

Afinidade

Primeiramente temos que estar á vontade com o tema a ser escolhido, futebol, balé, teatro, política, etc... Se algum pesquisador, ou, integrante do grupo lidar com algum desses assuntos terá mais motivação e prazer para lidar com alguns desses temas.

Oportunidade

Uma apresentação em praça pública, uma rua, esquina, ou um espaço cultural, é uma oportunidade para assimilar conceitos importantes para um tema, pesquisa, projeto e ter um bom desempenho para futuras atividades acadêmicas ou profissionais.

Relevância

Por mais que nos identificamos com o assunto, quem está ao nosso lado também tem que se interessar, que ao menos se sinta interessado, que lhe transmita algum valor, sentimento, emoção, que agregue algo novo no que já existe.

Propriedade

Se eu, não sei determinado assunto, não adianta pedir para eu fazer determinada tarefa na qual, eu, não sou qualificado ou não tenho nenhuma informação. Não posso fugir do tema e isso é um erro grave.

Delimitação

Eu só sei futebol, como posso falar de regras de arbitragem? Não posso e não tenho gabarito para opinar sobre regras. Tenho sim, de saber sobre futebol, ser específico, ser claro.

Realismo

Sei tudo sobre futebol, como poderei opinar sobre um passo de balé? Uma peça de teatro? Não tenho competência para lidar com situações que não seja a minha, tenho que saber sobre o assunto que estou pesquisando, trabalhando prestando serviço...

2º passo: a delimitação do objeto de estudo

Se vamos falar de futebol, por exemplo: Futebol de campo, futebol de salão, areia, rua... É muito extenso falarmos desse esporte, então tenho que ser específico, futebol de campo, sei tudo sobre o futebol de campo, por que se entramos em todos os tipos de futebol o futuro entrevistado ficará perdido nas respostas. São muitas as possibilidades de alguns aspectos relacionados a futebol.

3º passo a formulação do problema

Sabemos o tema, agora como iremos fazer a pergunta para o entrevistado? Uma pergunta pode levar a outra pergunta, que serão respondidas (ou discutidas) ao longo da pesquisa.

4º passo: a formulação das hipóteses

Com a formulação das hipóteses conseguimos encontrar um caminho a ser seguido, já temos uma direção, ex: futebol o time joga com 11 jogadores, já temos um norte. Nós pesquisadores que estamos tratando do assunto, sabemos que os times de futebol de campo jogam com 11 jogadores, não podemos forçar o entrevistado