Pierre Simon Laplace

CAPITULO 1 - Biografia

Pierre Simon Laplace, ou simplesmente Marquis de Laplace, nasceu no dia 25 de março do ano de 1.749, na Cidade de Beaumont-en-Auge, Província da Normandia, tendo falecido na Cidade de Paris, em 05 de março de 1.827.

Era filho de pequeno fazendeiro ou trabalhador rural , tendo sido educado por vizinhos com elevado poder aquisitivo, e era tido como um homem de presença atrativa. Não era uma pessoa modesta, e era tido como um dos maiores cientista dos últimos tempos.

Em 1773 foi eleito para a Academia de Ciências.

Foi político influente e de grande flexibilidade e versatilidade, o que era perceptível ao se adaptar as às constantes mudanças no regime político, inclusive ocorridas após a Revolução francesa agradando, quando lhe convinha, ora os republicanos, ora os monarquistas.

A maior dedicação de Laplace foi à astronomia, destacando-se também na física e matemática.

Era persistente, pois ao ver que suas cartas, que foram enviadas a Jean d´Alambert (um dos maiores matemáticos e célebres da época) não eram respondidas, Laplace foi pessoalmente à Paris, no ano de 1.767 ter com D´Alembert.

Laplace então enviou a D´Alembert um trabalho sobre mecânica, e este acabou por ser conquistado pelo jovem cientista, o que lhe rendeu um lugar como professor de matemática na Academia Militar de Paris.

Foi um dos 40 imortais da Academia Francesa, e era conhecido como o “Newton Frances” pela sua reputação.

Uma frase célebre, pronunciada por Laplace quase que no final de sua vida:

“O conhecimento que temos das coisas é pequeno, quando comparado a imensidão daquilo em que ainda somos ignorantes” - Pierre Simon Laplace - Marquês de Laplace (1.749 - 1.827)

Pierre Simon Laplace contraiu matrimônio com Charlotte de Courty de Romange, no ano de 1788, com quem teve dois filhos.

Dada a perda de arquivos ou documentos sobre sua vida pessoal, parte de sua biografia se perdeu, sendo que muitas das historias sobre sua trajetória foram delineadas por mitos e lendas, ou até mesmo suposições.

Pererre Simon Laplace atuou na política juntamente com Napoleão Bonaparte, de quem foi Ministro do Interior.

Posteriormente, serviu os Bourbons, que lhe deram o título de Marquês no ano de 1817.

CAPÍTULO 2 - Contexto Histórico

2.1 Política

O regime político e social que predominava na Europa, inclusive na França, era o absolutismo, também conhecido como “Antigo Regime”, onde o poder estava concentrado nas mãos dos monarcas (reis), o que perdurou até a Revolução Francesa.

No topo da pirâmide social estava o clero, e abaixo deste a nobreza, o rei e a família real, sendo a sociedade formada pelo Terceiro Estado.

Na França, o “Terceiro Estado” era formado por trabalhadores urbanos, camponeses e a por uma pequena burguesia comercial da época.

Tratava-se de uma política marcada por extrema injustiça social no denominado “Antigo Regime”, que foi derrubado com a Revolução Francesa (14-07-1789).

Após a Revolução Francesa, a Assembleia Constituinte que foi instalada pelo novo poder (Terceiro Estado), em 1789, promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Em 1795 é instalado um governo burguês na França, com a aprovação de uma nova Constituição e, posteriormente, o general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, iniciando-se a Época Napoleônica.

Adotando o nome de Napoleão I, foi imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de março a 22 de junho).

Napoleão Bonaparte chefiou, em 09 de novembro de 1799, um golpe que ficou conhecido como 18 Brumário, tendo na época dissolvido o legislativo e convocado um plebiscito para referendar sua posição como cônsul da República Francesa.

A trajetória de Pierre Simom Laplace abrangeu várias fases da política francesa, inclusive no período de maior transição, ocorrido desde o início da Revolução Francesa, que se seguiu pelos anos sangrentos e turbulentos após a derrubada da Bastilhas, até a formação de um novo estado.

2.2 Religião

A Europa vivia o final do Teocentrismo (deus no centro de tudo), que norteou o pensamento medieval.

A ciência procurava se separar da religião, pois analisando vários textos de cientistas dos séculos XVI e XVII, tais como Isaac Newton, Johannes Kepler ou Blaise Pascal, observa-se a relação intrínseca entre a ciência e a religião, a fé e a razão.

Um dos seguidores do iluminismo, no caso Pierre Simon Laplace, demostra claramente que a religião e a fé foram eliminadas da ciência, onde é notado em diálogo um diálogo com o Imperador Napoleão, ao término da apresentação de sua teoria científica, o seguinte:

“Napoleão: Monsier Laplace, por que o Criador não foi mencionado em seu livro

Mecânica Celeste?

Laplace: “Sua Excelência, eu não preciso dessa hipótese”.

2.3 Sociedade

A Sociedade francesa vivia sob o regime monárquico, com resquícios do feudalismo.

Também existia o domínio da nobreza, que detinham grandes propriedades, e exercia certa influência no sistema político e social.

Com o crescimento do mercantilismo, a classe burguesa foi ganhando poder econômico, mas não detinha poder político.

Havia também a corrente dos iluministas, do qual Pierre Simon Laplace era seguidor, que se caracterizava pela própria importância da razão, sendo o movimento mais expressivo o Francês que definia: “a razão, segundo os Iluministas, encaminharia o homem a sabedoria que, por sua vez, o conduziria à verdade”.

Aludido movimento influenciou o povo francês a participar de protesto que explodiram na frança pela insatisfação do povo e da burguesia com a monarquia, o que levou à consequente queda da Bastilha.

Dentre vários motivos que levou a queda do poder absolutista,