Politica Monetária E Economica
Monografias: Politica Monetária E Economica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lizianefj • 13/3/2014 • 5.381 Palavras (22 Páginas) • 331 Visualizações
Política Monetária.
Política Monetária pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política econômica global do governo. Em outras palavras, podemos definir a política monetária como sendo o controle do sistema bancário exercido por um governo na busca da estabilidade do valor da moeda, para evitar um balanço de pagamento (registro do todas as transações de caráter econômico financeiro realizado por residentes de um país com os residentes dos demais países) adverso, para obter o pleno emprego.
Na maioria dos países, o principal órgão executor da política monetária é o Banco Central, encarregado da emissão da moeda, da regulação do crédito, da manutenção do padrão monetário e do controle do câmbio. No Brasil essas políticas ocorrem a partir do Conselho Monetário Nacional, posteriormente avaliado pelo Banco Central, Copom e Sistema Bancário; daí estabelece-se a oferta monetária no mercado e a taxa de juros.
A política monetária pode ser aplicada através dos seguintes instrumentos básicos: estruturas das taxas de juros; controle dos movimentos do capital internacional; controle sobre os termos de compra e venda a prestação e controles gerais ou seletivos sobre o crédito concedido por bancos e outras instituições financeiras sobre as emissões de capitais
A política monetária age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação, visando defender o poder de compra da moeda e pode ser restritiva e expansionista.
A Política Monetária Restritiva engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos. De forma mais objetivo, podemos afirmar que em uma política monetária restritiva, a quantidade de dinheiro em circulação é diminuída, ou mantida estável, com o objetivo de desaquecer a economia e evitar a aumento de preço.
Já a Política Monetária Expansionista, é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros), incidindo positivamente sobre a demanda agregada. Ou seja, em uma política monetária expansionista, a quantidade de dinheiro em circulação é aumentada, com o objetivo de aquecer a demanda e incentivar o crescimento econômico.
Os instrumentos básicos de uma política monetária são a emissão de papel moeda, depósito compulsório, compra e venda de títulos da dívida pública, empréstimo do Banco Central aos bancos comerciais e controle das taxas de juros.
A política monetária tem grande influência na economia de um país, na prática atua e controla o gasto na economia nacional, principalmente na renda familiar e nos empreendimentos. Ela sempre avalia as variáveis da macroeconomia.
A taxa de juros, dentro da política monetária, definirá o nível de consumo e demanda. Dentro deste estudo há a demanda agregada, que é a relação entre a quantidade de produtos que possuem demanda e o nível geral de preços.
Em síntese, o propósito imediato da Política Monetária é o controle da oferta do dinheiro e do crédito.
A Política Monetária no Brasil: taxa SELIC e COPOM.
25/03/2008
Por Hector G. Arango
A política monetária no Brasil tem dois protagonistas conhecidos do público pelas suas siglas: SELIC e COPOM. Nesta matéria serão definidos, contextualizados e explicados os mecanismos de funcionamento destes dois organismos.
A taxa SELIC, ou taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, constitui o que se denomina de taxa referencial de juros da economia. Trata-se de uma taxa administrada pelas Autoridades Monetárias através do Conselho de Política Monetária, ou simplesmente COPOM, órgão pertencente ao Banco Central do Brasil.
O Banco Central, BACEN, é conhecido como o banco dos bancos, devido a sua característica regulatória e fiscalizadora das atividades das denominadas instituições financeiras captadoras de depósitos a vista, dentre as quais fazem parte os bancos comerciais, as caixas econômicas, os bancos múltiplos com carteiras comerciais e as cooperativas de crédito. Por sua vez, o Banco Central é uma das quatro instituições do denominado Conselho Monetário Nacional, CMN, órgão máximo da administração das questões monetárias. As outras são as Comissões de Valores Mobiliários, ou CVM, que cuida da área de Mercado de Capitais, a Superintendência de Seguros Privados, ou SUSEP, que trata da área securitária, e a Secretaria de Previdência Privada, ou SPC, cuja atuação, como o nome sugere, se relaciona com as denominadas entidades fechadas de previdência privada. Este conjunto como um todo é denominado de Sistema Financeiro Nacional, SFN.
O COPOM tem como objetivos explícitos estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros. Na realidade, esta função já fazia parte das atribuições do Banco Central, mas a criação de um organismo específico para tratar do rito da definição da taxa de juros teve como finalidade básica esclarecer melhor diante do mercado financeiro os critérios das decisões na área monetária. Nas palavras do BACEN: “... proporcionar maior transparência e ritual adequado ao processo decisório...”. Quem imagina, entretanto, que o COPOM é um organismo desvinculado do Banco Central, se equivoca. Uma análise da composição do mesmo permite verificar que o COPOM funciona como uma célula do BACEN, sendo suas decisões quase que uma extensão do pensamento deste. Todos os membros com direito a voto do COPOM são membros do BACEN, a começar pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil. Ainda, é presidido pelo Presidente do Banco Central, que tem o voto de qualidade. Entre os demais membros, sem direito a voto, encontram-se os chefes dos Departamentos: Econômico (DEPEC), de Operações das Reservas Internacionais (DEPIN), de Operações Bancárias (DEBAN), de Operações do Mercado Aberto (DEMAB) e de Estudos e Pesquisas (DEPEP), todos do BACEN. Por último, a função Secretário-Executivo do COPOM é exercida pelo Consultor da Diretoria de Política Monetária do BACEN e, para emitir os comunicados ao mercado, existe um Assessor de Imprensa.
A composição do COPOM garante às decisões sobre política monetária um viés fortemente técnico. É preciso lembrar que a função primordial do BACEN, definida explicitamente na ata de sua criação, é a de: “... ser o agente da sociedade brasileira na promoção da estabilidade do poder de compra da moeda brasileira...”.
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