Politicas Sociais
Trabalho Escolar: Politicas Sociais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fatimaranda • 5/5/2014 • 2.438 Palavras (10 Páginas) • 302 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O presente Trabalho objetiva discorrer sobre o serviço social seu surgimento, pois Sabemos que a questão social tem suas raízes no processo de formação da classe trabalhadora e o processo de Industrialização.
Para analisar sobre o serviço social como parte das transformações históricas da sociedade, é necessário repensar como essas transformações ocorrerão fazer um percurso no passado com a presente pesquisa voltada para o conteúdo das correntes que influenciaram no processo do surgimento e das expressões das questões sociais cujas bases possuem um forte relacionamento com a classe trabalhadora.
Sendo O objetivo deste trabalho é delinear alguns pontos importantes da relação do Serviço Social com a questão social hoje, ou seja, o percurso da trajetória do serviço social suas origens de surgimento, fatos históricos sua ligação com o contexto geral político e da sociedade até os dias atuais do serviço social.
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1ª “A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado” (IAMAMOTO, p. 77, 200).
2- Desenvolvimento
O surgimento do Serviço Social no Brasil se deu por volta das décadas de 1920 e 1930 do século passado, em meio ao processo de industrialização e concentração urbana, nos quais o proletariado começou a lutar pelo seu lugar na vida política e por seus direitos, por meio da articulação das questões sociais entendida aqui como:
Esse processo, segundo Paulo Neto (2001) foi caracterizados por significativos na estrutura societários recorrentes do recrudescimento das contradições surgidas nesse sistema.
Iamamoto (2003), afirma que no Brasil, esse cenário é marcado pelo desenvolvimento capitalista industrial e pela expansão urbana, caracterizada pela emergência do cenário político e social de novas classes sociais: a classe trabalhadora assalariada ou proletariado e da classe burguesa, detentora dos meios de produção e a mudança na composição dos grupos ou representantes da classe que detém ou compartilham o poder do estado.
A implantação do Serviço Social no Brasil ocorre nessa conjuntura de acirramento do capitalismo e da questão social, o qual ocorreu através da iniciativa particular de vários grupos da classe dominante, e da Igreja Católica que era sua porta-voz. Como também por influência dos pensamentos da assistente social norte-americana Mary Richmond, que trouxe para a profissão o método de atuação Serviço Social de casos individuais movimento social, desenvolvido pela igreja católica objetivando praticar a o ensinamento da doutrina à sociedade tornando-a cristã.
É importante destacar que a profissão não se dá de forma aleatória, O que ocorre é uma reorganização interna do capitalismo evidenciando um espaço concreto para institucionalização da profissão.
Desta forma, entende-se que esse processo constitui-se em um processo de ruptura, conforme análise de Netto (1992), devido à condição de assalariamento que este profissional assume, tornando-se este momento fundamental para que posteriormente este sujeito se compreenda enquanto membro da classe trabalhadora. Isto provoca um avanço na construção da categoria profissional, ou seja, na sua trajetória histórica.
Nesse método as assistentes sócias estudavam e investigavam o meio social da pessoa, a fim de descobrir qual a possibilidade de ela se enquadrar a esse meio ou, caso contrário, mudaria de meio social. O objetivo era trabalhar a personalidade das pessoas e sua adaptação ao seu meio social.
A questão social inicia - se, segundo Iamamoto (2009), com a generalização do trabalho livre, tornando mercadoria à força de trabalho. O operário e sua família vendem sua força de trabalho à classe dominante, estando sujeitos a grande exploração do capital.
Exploração esta que impulsionou a luta do proletariado por melhores condições de vida, pois eram péssimas as condições de trabalho, cuja jornada diária era sempre calculada de acordo com as necessidades das empresas e o operário e sua família trabalhavam somente para comer. Além do mais, não tinham férias, nem auxilio doença, e seu lazer e cultura ficava a cargo da filantropia e/ou caridade.
Os movimentos sociais e sindicatos avançam nesse momento na luta por direitos da classe trabalhadora, onde segundo Gohn (2003) ocorreram no meio urbano, surgindo novas categorias de luta sociais da classe trabalhadora por melhor moradia e condições de vida.
Contudo, essas iniciativas foram a base da organização humana para a expansão da ação social e o surgimento das primeiras escolas de Serviço social nesse contexto, após a criação das primeiras escolas de Serviço Social, que o governo cria, aos poucos, instituições que vão assumir a assistência social e legalizar a existência da profissão no Brasil, ocorrendo a institucionalização do Serviço Social.
Ainda sobre influencia norte-americana, o serviço social nesse período, trabalha através do segundo tipo de método de atuação em Serviço Social, qual seja, o Serviço Social de Grupo, no qual os assistentes sociais começaram a trabalhar também com grupos por tipo e problema comum apresentados na Comunidade, pois para certo tipo de problemática social, necessitava uma atuação de vários grupos, que, por terem objetivos comuns, deveriam se interligar sendo essas instituições a porta de entrada para a empregabilidade dos Assistentes Sociais, que deixam de trabalhar através da caridade promovida pela Igreja Católica e passam a ser empregados pelas instituições públicas e privadas..
2.1 A emergência de uma nova pratica profissional.
O Serviço Social se emerge como profissão em decorrência de um conjunto de processos econômicos, sociais-políticos e teóricos culturais, por isso, para entender a emergência do Serviço Social como profissão é necessário entender a dinâmica das classes sociais e o desenvolvimento do capitalismo.
Esse período refere-se ao inicio de uma perspectiva crítica do serviço social tradicional, onde as categorias de assistentes sociais experimentam novas tentativas de experiências de estabelecer vinculo da ação profissional com as lutas de mudanças.
Na concepção de Teles (apud Machado, 199, p. 42): [...] a questão social é a
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