Porra Nenhuma

os países e certa homogeneização de alguns aspectos culturais, intensificam-se movimentos nacionalistas, a busca da identidade cultural e a autonomia política. Para entender essas contradições é necessário lembrar que cada sociedade apresenta culturas mais ou menos diferentes da nossa. Sob o ponto de vista dos grupos indígenas, podemos dizer que saber caçar, pescar e viver em harmonia com a natureza é muito mais importante do que aprender os costumes do homem “civilizado”. Para nós é fundamental dominar a escrita e assimilar as novas tecnologias, como navegar na Internet e enviar e receber e-mails.

Assim fica claro que cada sociedade se diferencia quanto ao aspecto econômico, religioso, cultural e político, etc.

Em cada região da Terra é possível perceber que o homem estruturou o espaço e a sociedade de acordo com as suas necessidades, configurando povos com idiomas e tradições diferentes, como os inuits que habitam a região Ártica, os europeus, os asiáticos, os africanos, os americanos, etc.

Em razão da diversidade cultural é comum ocorrerem situações inesperadas com um turista que viaja para um pau completamente diferente do seu. Por exemplo, em certos países a pontualidade nos horários é fundamental; em outros e necessário vestir-se de maneira adequada aos padrões locais para não provocar um choque cultural.

A intensificação dos conflitos internos em alguns países, principalmente a partir da década de 80, visando à independência de grupos étnicos que foram forçados a viver durante muito tempo sobre a dominação de ditadores, nos leva a esclarecer dois termos essenciais para o entendimento das lutas nacionalistas: os conceitos de Estado e Nação.

Basicamente o termo Estado significa um país caracterizado por instituições organizadas, representadas pela força militar e pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Portanto, um Estado deve possuir um território com fronteiras bem definidas e sobre o qual atua soberanamente subordinado a um Estado. O termo Nação considera um conjunto de pessoas que se caracterizam pelo mesmo passado histórico, como a Índia durante a ocupação britânica ou os bascos na Espanha atual. Além disso, nação significa a adoção de uma língua comum a seus habitantes e a manutenção de costumes e valores.

Fica claro então que um país pode apresentar uma nação praticamente homogênea com utilização de um mesmo idioma e uma unidade religiosa e tradições comuns a todos, ou pode ser caracterizado por várias nações dentro de um único Estado. Essa diversidade de nações em um território muitas vezes é o resultado do expansionismo de antigos impérios como o romano, otomano, austro­húngaro, etc., ou de potências hegemônicas que forçaram uma anexação territorial sem levar em consideração a diversidade cultural e étnica, como ocorreram em vários países da Europa, África e Ásia.

Com o fim da Guerra Fria e o surgimento de uma Nova Ordem Mundial, o recrudescimento dos conflitos em diferentes regiões do mundo figura nas pautas das manchetes dos principais meios de comunicação do planeta na atualidade.

Segundo o renomado Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz de Estocolmo (Sipri), em 2008 os gastos militares cresceram, no mundo, aproximadamente 17%. Somente os EUA investiram a cifra de 800 bilhões de dólares. Para tanto, a essência desses custos permeia os diferentes conflitos mundiais e relacionam-se com questões territoriais e étnicas.

Esses conflitos podem se dividir em quatro grupos, de acordo com as forças em luta. A primeira envolve dois ou mais Estados. As demais são disputas internas: guerra civil ou guerrilha para mudança de regime; separatista resultante de ocupação estrangeira; e separatista no interior de um Estado. Os conflitos podem também ter forte conotação étnica ou religiosa.

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