Povoamento das Américas
Por: brancaleone12 • 20/10/2016 • Artigo • 1.566 Palavras (7 Páginas) • 267 Visualizações
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Universidade Federal de Pernambuco
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Arqueologia
POVOAMENTO DAS AMÉRICAS: POVOAMENTO E POSSÍVEIS ROTAS
Lucas Ranniery Nascimento Santa Cruz
Jurandir Aquino dos Santos Junior
Recife/2016
POVOAMENTO DAS AMÉRICAS: POVOAMENTO E POSSÍVEIS ROTAS
Lucas Ranniery Nascimento Santa Cruz
Jurandir Aquino dos Santos Junior
RESUMO
Este trabalho busca mostrar e explicar quais as possíveis rotas do povoamento das Américas e mostrando alguns sítios que procuram refutar o pensamento mais conservador de que o estreito de Bering foi à única e a mais antiga rota em vigor. Consequentemente mostrando que não existe apenas a rota do estreito de Bering.
PALAVRAS-CHAVE:Arqueologia, Pré-história, Bering, Américas.
ABSTRACT
This work aims to show and explain what the possible routes of the peopling of the Americas and showing some sites seeking to refute the most conservative thought that the Bering Strait was the only and the oldest route in effect. Thus showing that there is not only the Bering Strait route.
KEY-WORDS: Archaeology, Prehistory, Bering, Americas.
SUMÁRIO
Introdução
Desenvolvimento
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Introdução
O tema proposto vem com o intuito de mostrar que além da rota do estreito de Bering outras rotas foram traçadas pelo homem, para o povoamento das Américas, e que essa rota não seria a mais antiga tento em vista as provas levantas no decorrer dos anos.
O leitor ao termino do artigo conseguirá explicar quais foram essas outras rotas e quais influências os norte-americanos tem quando se trata na rota de povoamento do estreito de Bering e a sua aceitação na comunidade cientifica ao longe dos anos.
Desenvolvimento
O Povoamento do “novo mundo” sempre foi visto como um grande mistério desde as grandes navegações quando os portugueses e espanhóis chegaram às Américas esperando encontrar um território vazio e ao chegar aqui foi encontrado o oposto a isso, tornando assim um dos temas mais discutidos da arqueologia americana. Uma boa parte dos cientistas da área admite que as populações pré-históricas americanas migraram da Ásia e que teriam entrado inicialmente pela região de Bering. Porem há levantado uma questão de que alguns grupos teriam vindo de rotas marítimas (LIMA, 2006).
A partir dessa segunda questão de rotas marítimas passou a existir uma disputa sobre algo que pudesse ser datado como o primeiro ou a mais antiga prova que comprovasse achegada do homem nas Américas. Porem os arqueólogos, em sua maioria americana, estava voltado até pouco tempo a estudar os aspectos cronológicos de um sitio de forma isolada chegando a um ponto dos dados obtidos ficarem restritos ao individualismo das ocorrências potencialmente capazes de fornecer datas mais antigas (LIMA, 2006).
“Duas correntes opostas de pensamento se foram em torno desse tema debatendo calorosamente a questão: uma, conservadora, ortodoxa e bastante coesa, admite a presença humana na América apenas em torno de 12 mil anos antes do presente; outra, heterodoxa e heterogênea, entende que a colonização ocorreu antes disso divergindo, contudo em relação ao momento em que ela teria se dado. Este seguimento varia desde aqueles que admitem que haja sítios potencialmente mais antigos que 12 mil anos, até alguns poucos que defendem a presença do homem no continente há mais de 100 mil anos”. (LIMA, Tania A. Nossa origem – O povoamento das Américas, 2006, pagina 79)
Independente de quando se deu a ocupação da América o seu processo de colonização é bastante interessante e ate hoje não temos uma resposta definitiva de quando e como se deu isso.
Atualmente temos que ao longo da ultima glaciação, a retenção das aguas nas grandes geleiras fizeram com que o nível do mar abaixasse drasticamente criando um caminho que ligou a América a região do Estreito de Bering. Essa ponte de ligação proporcionou um livre transito tanto de animais quanto de humanos entre a Ásia e a América por um longo período (LIMA, 2006).
Alguns problemas como o frio, a falta de arvores para a produção de fogo, entre outros foram driblados pelos grupos da época já que o clima da Sibéria na época era muito mais frio que o encontrado na Beríngia e na questão dos do combustível para aquecimento eles utilizaram gordura, ossos e fezes dos animais encontrados no caminho como uma forma de sobreviver ao ambiente hostil para o homem.
“Uma vez em território americano, três rotas de dispersão foram possíveis para esses primeiros imigrantes, a partir do Alasca: a primeira, pelo litoral setentrional, alcançando o rio Mackenzie e daí seguindo em direção ao sul. A segunda, pelo litoral meridional de Beríngia, beirando a costa sudeste do Alasca, e descendo pela costa do Pacífico. E a terceira, pela região central do Alasca, através dos vales, tomando o rumo sul.” (LIMA, Tania A. Nossa origem – O povoamento das américas, 2006, pagina 83)
Alguns sítios norte-americanos alegam terem vestígios anteriores há 12 mil anos. Os mais importantes sãos os de Meadowcroft na América do Norte, Monte Verde no Chile e a Toca do Boqueirão da Pedra Furada, no nordeste do Brasil.
O Sitio norte americano é um abrigo sob-rocha que se encontra próximo a Pittsburg, ao sul dos Grandes Lagos, possui em torno de 50 datações, sendo em sua grande maioria de carvão, que contam desde 30.000 anos antes do presente ate períodos históricos. Existe um fragmento de cestaria que foi datado em aproximadamente 19.000 anos; também existem em níveis superiores artefatos provenientes de restos de lascamento, datados em 14 mil anos (LIMA, 2006). “O extrato entre 12 mil e 11 mil anos apresenta pontas de projétil lanceoladas, que vem sendo pensadas como um possível protótipo das acanaladas”. (LIMA, Tania A. Nossa origem – O povoamento das Américas, 2006, pagina 88)
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