Ppp Infancia E Ludicidade
Trabalho Universitário: Ppp Infancia E Ludicidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 240177 • 28/10/2013 • 2.067 Palavras (9 Páginas) • 511 Visualizações
O termo pesquisa ou como também é usualmente designada, a investigação, é o processo humano por meio do qual o profissional adquire, ou produz um “novo” conhecimento do qual ainda não conhecia. A pesquisa pressupõe, alguns elementos fundamentais para sua realização, tais como: a criatividade, a inovação, a elaboração própria, o questionamento da realidade, a criação, a descoberta. Portanto, a pesquisa, de forma geral, no âmbito educacional compreende a capacidade do professor pesquisador em elaborar e construir conhecimento por si próprio, ou seja, é uma construção pessoal que pode ser coletiva, mas que sempre traz benefícios para o coletivo.
Nossos questionamentos e observações sobre a pesquisa e a produção do conhecimento estão fundados no olhar de quem “milita” em educação, isto é, de quem está comprometido com as coisas da educação e, dentro dela, com a formação de professores pesquisadores.
Para ser professor, visto como profissional que necessariamente precisa desenvolver determinadas competências, é indispensável que ocorra uma formação específica e que lhe forneça subsídios teórico-práticos para desempenhar a sua função com competência técnica e política. Não é suficiente que o professor tenha um grande domínio de seu conteúdo específico, é necessário que esse conteúdo esteja relacionado com o momento vivido pelos homens, que conheça bem a sociedade contemporânea, que detecte e mostre aos seus acadêmicos as contradições presentes em nossas vidas, que mostre porque os homens estão produzindo, hoje, esse modo de vida – competitivo, com ênfase na eficiência, em competências múltiplas.
A educação desempenha papel transformador para a vida do homem e da sociedade onde o mesmo interage e intervém. Dentre as etapas do processo educativo, destaca-se a Educação Infantil (EI), nível de ensino, em que se inicia a relação da criança com o saber formal, espaço privilegiado, para o desenvolvimento infantil na sua totalidade, segundo dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em seu Art. 29: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (LDB 9394/96). Embora a LDB 9394/96 tenha estabelecido a EI como a primeira etapa da educação básica, o direito da criança de 0 a 6 anos à educação já estava resguardado na Constituição de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990. Apesar de ser um direito da criança e uma obrigação do Estado, a EI é facultativa à família (KRAMER, 2005), por isso
ressaltarmos que a preocupação e a responsabilidade, com a educação destas crianças, deve ser prioridade da família, da escola e da sociedade, como um todo, ninguém pode eximir-se de seu papel. A ideia de que a criança é um ser que necessita apenas de proteção e assistência precisa ser redirecionado, para um objetivo mais amplo, que contemple o pleno desenvolvimento psíquico, intelectual e social. A concepção de infância e a forma de atendimento a ela dispensada, desde o surgimento dos jardins de infância, vêm sofrendo mudanças significativas. Mudamos a maneira de ver a criança, de uma concepção de que era apenas um adulto em miniatura, nos reportamos para uma criança, como ser histórico e social, que pensa, que age e interage com o mundo que está posto a sua frente, desta forma constrói e reconstrói seus conhecimentos. Como tínhamos um professor assistencialista, com o único propósito de cuidador dessas crianças, para que suas mães pudessem trabalhar, evoluímos para a necessidade de um professor dotado de saberes e competências, que para tal precisa de uma formação de qualidade, que o possibilite contemplar essas mudanças históricas e realizar uma práxis eficiente. Todas as mudanças com relação à maneira de encarar a criança se devem as O conceito de infância é fruto de uma construção social, porém, percebe-se que sempre houve criança, mas nem sempre infância. São vários os tempos da infância, estes apresentam realidades e representações diversas, porque nossa sociedade foi constituindo-se de uma forma, em que ser criança começa a ganhar importância e suas necessidades estão sendo valorizadas, para que seu desenvolvimento seja da melhor forma possível, e que tudo aconteça no seu verdadeiro tempo. A infância precisa ser entendida como categoria social de efetiva importância para a sociedade, com a sua valorização e respeito, construirá uma história diferenciada.
No decorrer dos séculos, como mostra a história, surgiu diferentes concepções de infância. Primeiramente, a criança era vista como um adulto em miniatura (adultocentro), e seu cuidado e educação eram feitos pela família em especial pela mãe. Ainda existiam instituições alternativas que serviam para cuidado das crianças em situações desfavoráveis ou rejeitadas.
A descoberta da infância começou sem dúvida no século XIII, e sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e XVI. Mas os sinais de seu desenvolvimento particularmente numerosos e significativos a partir do fim do século XVI e durante o século XVII. (ARIÉS, 1981 p. 65)
Sabe-se, que, antigamente o sentimento de infância era inexistente. Segundo Ariés (1981), relata que até mais ou menos por volta do século XVI, não existia a particularidade da consciência sobre o universo infantil. A concepção de infância, até então, baseava-se no abandono, pobreza, favor e caridade, desta forma era oferecido atendimento precário as crianças; havia ainda grande número de mortalidade infantil, devido ao grande risco de morte pós-natal e às péssimas condições de saúde e higiene da população em geral, e das crianças em particular. Emdecorrência destas condições, uma criança morta era substituída por outros e sucessivos nascimentos, pois ainda não havia, conforme hoje existe, o sentimento de cuidado, ou paparicação (Áriès, 1981), pois as famílias, naquela época, entendiam que a criança que morresse não faria falta e qualquer outra poderia ocupar o seu lugar.
A partir do século XIX e XX, a infância começa a ocupar um lugar de fundamental importância para a família e para a sociedade, começa a se pensar neste ser de pouca
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