Primeiros Socorros Afogamento
Artigo: Primeiros Socorros Afogamento. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Almeidalennon • 14/9/2014 • 1.538 Palavras (7 Páginas) • 759 Visualizações
AFOGAMENTO
O afogamento é a asfixia que ocorre devido à aspiração de líquido que venha inundar o aparelho respiratório (pulmões), levando à morte. Há interrupção da oxigenação do sangue e da eliminação de gás carbônico, que se acumula no organismo. O quase-afogamento representa a situação na qual a pessoa sobrevive ou é ressuscitada pelo resgate. Em alguns casos, o indivíduo não morre afogado, mas a morte ocorre devido a problemas respiratórios devidos à aspiração de líquido ou a infecções adquiridas, é o chamado "afogamento secundário" ou "tardio". A pessoa apresenta queda da temperatura do corpo, distensão da barriga, tremores, dores musculares, náuseas e vômitos. É claro que esses sintomas referem-se ao quase-afogamento, já que a pessoa não morreu. O indivíduo pode apresentar-se em parada cardíaca. Um fator a ser destacado é que o consumo de álcool está bastante associado à ocorrência de acidentes de submersão (afogamento, quase-afogamento). Portanto, o abuso dessa substância pode predispor a esses acidentes.
Quando uma pessoa consciente submerge num meio líquido, contém a respiração voluntariamente, apesar de este recurso apenas ser conveniente durante um breve período de tempo, tendo em conta que é preciso regressar imediatamente a superfície para respirar. Pode acontecer que a vítima, por não saber nadar ou ao sentir que não consegue flutuar, entre em pânico, o que acaba por impedi-la de agir racionalmente e, através dos seus movimentos descoordenados, faz com que comece a engolir água. De qualquer forma, inicialmente, não se produz uma inalação de água, porque perante a entrada de líquido nas vias aéreas desencadeia-se um mecanismo reflexo que provoca o encerramento da glote (laringospasmo), o que impede a passagem do líquido para os pulmões, acabando o líquido por ser deglutido e acumulado no estômago. No entanto, este mecanismo reflexo provoca a interrupção da troca gasosa a nível pulmonar. Caso a situação persista, a conseqüente descida da oxigenação sanguínea origina uma progressiva alteração do funcionamento cerebral, o que vai provocar, por um lado, perda de consciência e, por outro lado, uma insuficiência do reflexo laríngeo destinado a impedir a passagem do ar para os pulmões. A prolongada falta de oxigenação determina uma paragem respiratória e, conseqüentemente, uma paragem cardíaca, enquanto que a insuficiência do reflexo laríngeo implica a entrada de líquido nos pulmões. Ambas as situações são extremamente graves, visto que a paragem respiratória pressupõe um risco de morte iminente na ausência do oportuno salvamento e tratamento e a aspiração de água, mesmo quando o salvamento é eficaz, desencadeia uma série de alterações que provocam a curto ou médio prazo, uma situação considerada crítica.
Independentemente das circunstâncias específicas ou do local em que ocorra (no mar, num rio, numa piscina ou numa banheira), uma imersão excessivamente prolongada provoca sempre um evidente risco mortal, pois ao fim de alguns minutos de interrupção da troca gasosa a nível pulmonar geram-se lesões cerebrais que, caso não provoquem a morte, podem gerar problemas neurológicos irreversíveis, mesmo quando se procede ao salvamento e tratamento imediatos da vítima. De fato, embora o afogamento não seja um dos acidentes mais freqüentes, um dos que apresenta maiores índices de mortalidade. Contudo, o prognóstico depende, para além da rapidez com que se efetua o salvamento, do mecanismo fisiopatológico envolvido e da natureza do meio aquático em que se produz o acidente, o que permite distinguir dois tipos de afogamento. Os principais sintomas do afogamento são a perda do controle dos movimentos do corpo, a perda da consciência e o sufocamento da vítima.
Tipos de Afogamento
Afogamento Seco. Representando um em cada dez casos, o laringospasmo é tão intenso que praticamente não permite a passagem de liquido para os pulmões, pois a principal causa de morte é a falta de oxigenação e a conseqüente paragem respiratória, seguindo-se a paragem cardíaca. Caso o salvamento seja imediato, talvez se consiga recuperar a respiração, espontânea ou através dos primeiros socorros, embora inicialmente a vitima apresente sinais de insuficiência respiratória (dispnéia, cianose), os sintomas começam a ceder, sem grandes complicações, com a recuperação da função respiratória. Caso o salvamento seja tardio, o prognóstico depende do tempo decorrido e as conseqüências serão as resultantes de uma paragem cardiorrespiratória prolongada, com risco mortal.
Afogamento Úmido. Neste caso, a causa da paragem respiratória alia-se às conseqüências da passagem da água para os pulmões, de diferente tipo, conforme a natureza do liquido. Tratando-se de água do mar, com uma concentração de sais muito superior à sanguínea, verifica-se uma passagem da água dos capilares para o interior dos alvéolos, desta forma, os pulmões inundam-se ainda mais. Contudo, esta não é a principal conseqüência negativa, pois a brusca redução do volume de sangue circulante pode provocar uma paragem cardíaca, com resultados fatais. Se tratar de água doce, com uma concentração de sais muito inferior à sanguínea, acontecerá o contrário da água do mar, ou seja, o líquido passa dos alvéolos para o interior dos capilares. Para, além disso, a absorção de uma grande quantidade de água doce produz uma evidente diluição do sangue e a destruição maciça dos glóbulos vermelhos, o que origina uma série de alterações físico-químicas do meio sanguíneo. Caso a vitima sobreviva, a aspiração de água pode provocar complicações tardias, como a atelectasia e o colapso pulmonar, o desenvolvimento de infecções pulmonares (pneumonia) e, conseqüentemente, uma eventual insuficiência respiratória que deve ser imediatamente tratada.
Quanto á Causa do Afogamento (identifica a doença associada ao afogamento):
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