Processo Do Envelhecimento Segundo A Biofísica

processo de envelhecimento segundo os princípios biofísicos

O envelhecimento se dá de modo geral em todo o organismo, mas cada tecido apresenta suas características. Ele acontece quando as células já não conseguem mais se adaptar e reparar os danos sofridos. Desse modo, enquadra-se aqui a definição de “entropia”, que relacionada à 2ª Lei da Termodinâmica explica a diminuição da produção de energia em nosso corpo à medida que o tempo passa, ou seja, a tendência é que se passe de um estado mais energético para um estado menos energético. Na verdade, um átomo não sabe o que é envelhecer, é o modo de organização dos átomos que determina a idade.

No processo de produção de energia para as células, o metabolismo também produz algumas substâncias nocivas para o próprio organismo – os radicais livres – eles são poluentes que prejudicam as paredes das mitocôndrias e comprometem a produção de energia, fazendo com que as estruturas responsáveis pelos reparos que também acumularam falhas e as moléculas complexas cedam, gradativamente, à entropia, caracterizando o processo de envelhecimento que é acompanhado pela menor eficiência dos mecanismos orgânicos necessários à vida.

Todo esse processo de desordem na produção de energia vem da exposição das células e organelas a radiações ionizantes, reações não-enzimáticas e reações enzimáticas que proporcionam a redução de O2 e de água, com conseqüente produção de espécies reativas ao oxigênio. Os radicais livres são moléculas que possuem um elétron ímpar a mais, estando esse desemparelhado em sua órbita externa. A sua missão é recuperar o elétron que lhe faz falta, das moléculas que estão ao seu redor, a fim de obter estabilidade. Os radicais livres tomam os elétrons das gorduras e das proteínas da membrana celular que, ao ser danificado, não poderá cumprir suas funções.

No interior da célula, os radicais livres atacam o DNA (material genético), que é matriz provedora da reprodução celular, impedindo, portanto, a sua multiplicação. As células que escapam dessa neutralização podem causar sérios danos ao organismo, pois as conseqüências são a ruptura de membranas celulares, mutações gênicas, desorganização da homeostase celular e colabora com a formação de resíduos químicos e outros ligados ao processo de envelhecimento ou até mesmo provocar a morte celular. (CALDEIRA et al., 1989).