Producao De Tijolo

1. INTRODUÇÃO

O setor cerâmico tem sido considerado primordial para a construção civil brasileira.

O mesmo integra a área de Tecnologia Industrial Básica do Brasil, considerada hoje uma das principais para o governo.

No final do século XIX aconteceu o primeiro incentivo ao setor cerâmico brasileiro, ocasionando assim em um impulso na indústria com a instalação da olaria dos Falchi que utilizava um equipamento capaz de produzir telhas. Porém relatos dizem que havia fabricação de cerâmica antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500. (BELLINGIERI, 2003). Após este incentivo São Paulo passou por um processo de crescimento muito grande, em função da construção da fabrica de chocolates feita por italianos na cidade, neste período a demanda por tijolos aumentou, ocasionou em um declive na técnica de construção em taipa e consequentemente impulsionou o crescimento da indústria cerâmica.

Desde então a influencia da cultura europeia foi sendo percebida entre os trabalhadores das indústrias brasileiras. Dos materiais a métodos construtivos era nítido a influencia da mesma. Após alguns anos, a especialização das empresas proporcionou a segmentação da produção em olarias e cerâmicas. As olarias focavam a produção em tijolos e telhas, e já as cerâmicas em azulejos, louças, potes, tubos e produtos decorativos.

O tijolo surge no século XIX como um produto industrializado e em função de suas características de facilidade de execução da alvenaria, facilidade na conformação de geometrias, conforto térmico e acústico, boa resistência mecânica etc, disseminando assim o seu uso rapidamente.

Hoje em dia a indústria cerâmica brasileira é conhecida pela sua criatividade na utilização da cerâmica vermelha destinada a acabamento e revestimentos, originando placas cerâmicas, pisos, soleiras, tijolos, entre outros, sempre compondo projetos de visuais rústicos ou mais próximos dos ambientes naturais.

De acordo com os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (ANFACER), o Brasil encontra-se hoje como um dos principais produtores de cerâmica a nível mundial, ficando atrás somente da China (com 7.400 bilhões de m2), apresentando uma produção de 865,9 milhões de m2, ultrapassando as produções da Itália (376 milhões de m2) e Índia (680 milhões de m2). A indústria cerâmica possui uma expressiva participação na economia nacional, impactando diretamente no PIB, representando 5% do PIB da Indústria da Construção Civil, que por sua vez, representa entre 6% e 9% do PIB nacional. (SEBRAE/MG, 2005)

Além do significativo papel da indústria da construção civil (ICC) no mercado econômico, a mesma possui ainda um papel social, uma vez que proporciona uma diminuição do déficit habitacional brasileiro e a possibilidade de geração de emprego e renda. O setor oleiro cerâmico (SOC) é composto por empresas de pequeno porte, do tipo familiar, caracterizando a presença da economia informal. Com o baixo custo do investimento inicial e a tecnologia bem acessível, a concorrência no setor aumenta, seja ela com empresas formais ou não, porém com o mesmo objetivo, disputar o consumidor final.

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