Produção De Mudas De Couve Em Diferentes Substratos Organios( Revisão De Literatura)
Monografias: Produção De Mudas De Couve Em Diferentes Substratos Organios( Revisão De Literatura). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 251287 • 16/10/2013 • 1.884 Palavras (8 Páginas) • 1.489 Visualizações
Produção de mudas de couve-manteiga em função de diferentes substratos organicos.
INTRODUÇÃO
A fome é o problema social que mais afeta às camadas menos favorecidas, principalmente nos países subdesenvolvidos, desta forma, produzir alimentos saudáveis a baixo custo, adotando tecnologias que possam ser empregadas pelas comunidades carentes, visando uma alimentação balanceada, pode auxiliar a diminuição da desnutrição (ABREU et al., 2001).
A couve manteiga (Brassica oleácea var. acephala), hortaliça de folha, destaca-se pela sua importância econômica e também por ser rica em sais minerais, vitaminas e pela facilidade de cultivo, sendo uma das hortaliças mais consumida no Brasil (ALBUQUERQUE NETO & ALBUQUERQUE, 2008). Das espécies olerícolas cultivadas no Brasil, as brassicáceas constituem a família mais numerosa, destacando-se o repolho, a couve-flor, a couve-manteiga e o brócolis (OLIVEIRA et al., 2007). Segundo Zanão Júnior et al. (2003) o gênero Brassica engloba as espécies, do ponto de vista econômico, mais importantes da família por serem ricas em fibras, vitaminas, minerais, carotenóides sua ingestão é muito recomendada por cardiologistas.
Os substratos assumem cada vez maior importância na •área de Horticultura, desempenhando principalmente a função como suporte ao sistema de raízes de plantas. O desenvolvimento de raízes em um vaso é diferente daquele do campo (Kampf, 2000).
O substrato exerce a função do solo, fornecendo à planta sustentação, nutrientes, água e oxigênio. Os substratos podem ser de origem, animal (esterco, húmus, etc.), vegetal (tortas, bagaços, etc.), mineral (vermiculita, perlita, etc.) e artificial (espuma fenólica, isopor, etc.). Entre as características desejáveis nos substratos pode-se citar o custo, disponibilidade, teor de nutrientes, capacidade de troca de cátions, esterilidade biológica, aeração, retenção de umidade e uniformidade. A escolha e manejo correto do substrato são de suma importância para a obtenção de uma muda de qualidade (BEZERRA & BEZERRA, 2001).
Conforme Yamanishi et al. (2004) a utilização de um substrato com boa composição química e orgânica é importante, pois o mesmo influencia o estado nutricional das mudas. O substrato adequado deve apresentar boas características físicas, químicas e biológicas, possibilitando, assim, um rápido crescimento da muda, um bom teor de matéria seca nas partes aérea e radicular, dentre outras características.
O grande avanço no cultivo das hortaliças foi à produção de mudas individualizadas, utilizando bandejas celulares preenchidas com substrato. Esta técnica facilitou o manuseio, maior controle nutricional e fitossanitário nas mudas (FURLAN et al., 2007), garantindo qualidade e baixo custo.
A utilização de um substrato adequado proporcionará uma muda de boa qualidade, resistente, vigorosa e saudável, podendo expressar todo seu potencial produtivo. No entanto, a região não dispõe de estudos relacionados à qual substrato produzirá mudas mais vigorosa, provocando uma descontinuidade de produção por parte dos horticultores locais.
REVISÃO DE LITERATURA
A cultura da couve-de-folha ( couve-manteiga)
A maioria dos vegetais do gênero Brassica pertence a uma única espécie - Brassica oleracea L. - e são produzidos por modificações no sistema foliar ou radicular, sendo que cada um deles tem sua própria história de domesticação (FILGUEIRA, 2008).
Entre as olerícolas, a família Brassicaceae é a mais numerosa, totalizando 14 hortaliças folhosas, entre as quais se destacam pela importância econômica, o repolho (Brassica oleracea (L.) var. capitata), a couve-flor (B. oleracea (L.) var. botrytis), a couve-de-folha (B. oleracea (L.) var. acephala), o brócolo (B. oleracea (L.) var. italica) e a mostarda (B. juncea (L.)) (FILGUEIRA, 2008).
Segundo Camargo (1984), nessa família destaca-se a couve-de-folha, pela facilidade de cultivo e pela riqueza de sais minerais e vitaminas, tendo grande importância na alimentação humana. A variedade acephala é a que mais se assemelha à couve selvagem, ainda encontrada na região do Mediterrâneo, seu centro de origem (BAGGETT; WAHLERT, 1975).
B. oleracea var. acephala apresenta caule ereto, que suporta a planta e emite novas folhas. Como não forma “cabeça”, distribui as folhas em forma de roseta, ao redor do caule. A propagação é feita utilizando os rebentos laterais, que são emitidos em grande número nos clones.
Trata-se de uma planta rústica, quanto às demais variedades de Brassicaceae, inclusive quanto às exigências aos nutrientes minerais. Com bons tratos culturais, fornece folhas para serem consumidas durante vários meses do ano, sem interrupções (FILGUEIRA, 2008).
Segundo Filgueira (2008) A couve-de-folha é uma cultura típica de clima frio, bem adaptada a temperaturas baixas e resistente à geada. Possui pico de crescimento no outono-inverno, com um ciclo de 80 a 90 dias após o transplantio da bandeja, quando implantada em regiões quentes; entretanto, as hortas de couve-de-folha são encontradas praticamente o ano todo. As folhas são as partes consumidas e apresentam limbo bem desenvolvido, arredondado, com pecíolo longo e nervuras bem destacadas .
São cultivados clones de couve-de-folha com as folhas lisas e clones antigos, propagados vegetativamente. Esses clones são geralmente preferidos pelos produtores de regiões tradicionais em Minas Gerais, São Paulo e Goiás, por eles chamados, indistintamente, de tipo “Manteiga”. A razão de continuarem a ser cultivados é que produzem folhas macias, com melhor sabor e aspecto, obtendo maior valor comercial. Há um grande número de clones com ampla variação em suas características vegetativas. Por exemplo, há plantas com folhas verde-claras e nervuras da mesma cor e com folhas verde-escuras e nervuras roxas (FILGUEIRA, 2008).
Uso de substratos orgânicos na produção de mudas
O substrato exerce a função do solo, fornecendo à planta sustentação, nutrientes, água e oxigênio. Os substratos podem ser de origem, animal (esterco, húmus, etc.), vegetal (tortas, bagaços, etc.), mineral (vermiculita, perlita, etc.) e artificial (espuma fenólica, isopor, etc.). Entre as características desejáveis nos substratos pode-se citar o custo, disponibilidade, teor de nutrientes, capacidade de troca de cátions, esterilidade biológica, aeração, retenção de umidade e uniformidade. A escolha e manejo correto do substrato são de suma importância para a obtenção de uma muda de qualidade (BEZERRA & BEZERRA,
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