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Produção em massa de Tradições

Seminário: Produção em massa de Tradições. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/4/2014  •  Seminário  •  2.201 Palavras (9 Páginas)  •  256 Visualizações

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A produção em massa das Tradições

Este trecho faz parte do fichamento do Capitulo A Produção em massa de Tradições: Europa, 1870 a 1914 escrito por Eric Hobsbawn disponível no livro A invenção das Tradições que é organizado por Eric Hobsbawn e Terence Ranger

Nesta sexta do Livro A invenção das Tradições que é organizado por Eric Hobsbawn e Terence Ranger, me atenho a fichar o capitulo 7 deste livro que é escrito por Hobsbawn, este sobre o titulo de “A Produção em massa de Tradições: Europa, 1870 a 1914.

O fenômeno de invenção das tradições surgiu com freqüência no período de 30 a 40 anos antes da I guerra mundial, não se pode dizer que neste período tenha-se inventado tradições com maior freqüência do que qualquer outro, uma vez que não há como estabelecer comparações quantitativas realistas, entretanto em outros países praticou-se entusiasticamente a invenção das tradições.

Realizada oficialmente e não oficialmente, as invenções oficiais, chamadas de políticas, surgem em estados ou movimentos sociais organizados e políticos, as não oficiais, podem ser denominados sociais, são geradas principalmente por grupos sociais sem organização formal ou por aqueles cujos objetivos não eram especifica ou conscientemente políticos como os clubes ou grêmios.

O autor pretende chamar atenção para duas formas de criação das tradições no seculo XIX, reflexos das profundas e rápidas transformações sociais do período, grupos sociais ambientes e contextos sociais inteiramente novos ou velhos mas incrivelmente transformados, exigiam novos instrumentos que assegurassem ou expressassem identidade e coeso social e estruturassem relações sociais.

Uma sociedade em transformação tornava as formas tradicionais de governo, estados, hierarquias sociais e políticas mais difíceis ou ate impraticáveis, novos métodos de governo ou alianças se faziam necessários, a conseqüente invenção das tradições políticas foi mais consciente e deliberada, foi adotada por instituições que tinham objetivos políticos, percebemos que a invenção consciente teve êxito principalmente pelo seu sucesso alcançado pela sua transmissão que o publico pudesse sincronizar de imediato.

Novos feriados, cerimônias, heróis, símbolos oficiais e públicos comandavam os exércitos cada vez maiores de empregados do estado e o crescente publico cativo. O império Alemão não foi feliz ao tentar transformar o Imperador Guilherme I em um pai aceito pelo povo, fundador de uma Alemanha unida, o apoio oficial assegurou a construção de 327 monumentos a Guilherme até 1902, um ano após a morte de Bismark em 1898 470 municípios haviam resolver erigir colunas a Bismark, o estado ligou a invenção de tradições formal ou informal, oficiais ou não, politicas e sociais, pelo menos nos países onde houvesse a necessidade disso, visto de baixo o estado definia cada vez mais um palco maior em que se representavam as atividades fundamentais determinantes das vidas dos súditos e cidadãos, e também registrava a existência civil deles.

Não fora talvez o único palco desta natureza, mas sua existência limites e intervenções na vida dos cidadãos foram decisivas, nos países desenvolvidos a economia nacional sua área era definida pelo território e suas subdivisões, qualquer alteração de fronteiras ou politica acarretava consequências materiais para os cidadãos.

A padronização da administração e das leis e da educação transformou pessoas em cidadãos de um paios determinado, o estado era o contexto das ações coletivas dos cidadãos, o principal objetivo da politica nacional era influenciar ou mudar o governo do estado ou suas diretrizes, o homem comum não tinha mais o direito de participar dele, a politica no novo sentido do século XIX abrangia dimensões nacionais, para fins práticos a sociedade e o estado tornava-se casa vez mais inseparáveis, tendo sido natural que as classes existentes na sociedade, a classe operaria, tendessem a identificar-se através de movimentos políticos (partidos), não surpreende que movimentos representantes de uma sociedade inteira ou um povo, encarassem sua existência em termos de um estado independente.

Visto de cima o Estado deu origem a problemas inéditos, de preservação ou estabelecimento da obediência, lealdade e cooperação de seus súditos e componentes, ou sua própria legitimidade vista sob os olhos dos súditos ou componentes, suas relações diretas e cada vez mais intrometidas e frequentes com os súditos e cidadãos como indivíduos, haviam se tornado cada vez mais essenciais ao seu funcionamento, causou o enfraquecimento dos velhos mecanismos dos quais mantivera com êxito a subordinação social, coletividades ou corporações relativamente autônomas sobre o controle do governante que controlavam seus respectivos membros, pirâmides de autoridades cujos ápices ligavam-se a autoridades mais altas. O problema dos estados e governantes era sem duvida mais graves onde os súditos se haviam tornado cidadãos, pessoas cujas atividades politicas eram institucionalmente reconhecidas. Agravaram-se quando os movimentos políticos de massas desafiaram deliberadamente a legitimidade dos sistemas de governo ou ameaçaram revelar-se incompatíveis com a ordem do estado.

A questão parecia ser mais controlável onde menos mudanças na estrutura social haviam ocorrido, onde o destino dos homens parecia estar sujeito apenas as forças desde sempre desencadeadas sobre a humanidade por alguma divindade inescrutável, as únicas coisas que mobilizavam o campesinato italiano eram a igreja e o rei, o campesinato fora elogiado pelos conservadores do século XIX que consideravam o comportamento politico ser o ideal dos súditos, infelizmente os estados onde este modelo funcionou eram por definição atrasados e frágeis, qualquer tentativa de moderniza-los os tornaria menos viável, teoricamente seria possível conceber uma modernização desde que mantivesse a velha organização da subordinação social.

Por outro lado o problema mais difícil de ser resolvido em estados inteiramente novos em que os governantes eram incapazes de fazer uso eficaz de laços já existentes de obediência, no período de 1870 a 1914 haviam poucos estados novos, a maioria dos estados europeus e as republicas americanas haviam adquirido as instituições, símbolos e práticas oficiais básicas que a Mongólia, independente da China em 1912 imediatamente considerou inovadores e necessárias. Tinham capitais bandeiras e hinos nacionais, uniformes militares e acessórios semelhantes, baseados nos modelos britânicos.

Vários novos estados e regimes foram capazes de recorrer ao simbolismo republicano francês do passado, dentre os estados maiores apenas a Itália teve de

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