Programa Saúde Da Família

PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

Chamado hoje de “Estratégia de Saúde da Família”, é um programa criado em 1994, com o intuito de por em foco a saúde da família com ações de prevenção, recuperação de doenças, reabilitação e promoção da saúde e não mais apenas realizar o atendimento emergencial.

Geralmente instalado onde já existe um posto de saúde, conta com equipes formadas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Caso haja necessidade, dentistas, psicólogos e fisioterapeutas podem ser inseridos nesta equipe básica, de acordo com a demanda. Possui capacidade de atendimento de 600 a 1000 famílias, com o limite máximo de 4500 pessoas.

IMPLANTAÇÃO

Primeiramente o município elabora um projeto de implantação que deve levar em conta a identificação das áreas prioritárias (implantação em áreas isoladas que não cobrem 100% das áreas prioritárias tende a ter pouca eficácia e baixo impacto), levantamento do número de habitantes e mapeamento das áreas.

Em seguida, o projeto deve ser aprovado pelo CMS e encaminhado à secretaria Estadual de Saúde e Comissão intergestores Bipartite (CIB) para solicitar adesão e receber recursos federais em forma de incentivos.

Após definir a composição e o número de equipes, o município começa a realizar o recrutamento de profissionais com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde.

ORGANIZAÇÃO

Aqui avaliaremos a gestão do programa em dois municípios diferentes, segundo estudo feito por Copque e Trad. De acordo com os autores, dois padrões puderam ser observados e esses geram influência na forma e no ritmo da mudança na saúde local. No município A, é a gestão quem toma a frente das estratégias de implementação, investindo em ações para aumentar sua capacidade técnica, enquanto a gestão do município B não se mostrou comprometida com o projeto.

DIFICULDADES

A contratação feita pelo Município A aconteceu por meio de processo seletivo, o que garante segurança ao trabalhador e satisfação, enquanto no município B, apenas os auxiliares de enfermagem passaram por este processo e, segundo

Copque, “a forma de contratação dos profissionais é importante quando se analisa o comprometimento e a satisfação com o próprio trabalho”.

A falta de material, tanto didático quando médico, é problema em ambos os lugares, o que dificulta o desenvolvimento das atividades. A insuficiência de recursos financeiros é pontada como a maior dificuldade para a implementação das ações e serviços, o que impede, inclusive, a eficiência do uso de ambulâncias. Outro problema é o período eleitoral que deixa os trabalhadores inseguros quanto à continuidade do programa.

FACILITADORES

Investimento em capacitação profissional da equipe é tido como garantia de sucesso do programa