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Projeto A Vez Do Mestre

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Por:   •  22/4/2014  •  904 Palavras (4 Páginas)  •  248 Visualizações

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2.1 INTERDISCIPLINARIDADE: UM CAMINHO POSSIVÉL PARA O ENRIQUECIMENTO DO ATO DE ENSINAR NA ESCOLA

No período Colonial, (1549-1822) a educação escolar não tinha finalidade a prática e sim um fator de distinção social. Com a aceitação dos moldes e conteúdos jesuíticos, a educação dos jesuítas adquiriu uma expansão exorbitante, na qual era tida como o único esforço educacional na colônia.

Na época do Império a coroa nomeia professores e estabelece planos de estudo e inspeção. O curso de humanidades, típico do ensino jesuítico é modificado para o sistema de aulas régias de disciplinas isoladas. Com a vinda da família real para o Brasil, o panorama educacional tem uma sensível melhora o estado assume responsabilidades quanto ao ensino elementar universal, gratuito, leigo e obrigatório.

No período republicano, com o inicio da industrialização e a chegada dos imigrantes e o fim gradativo da escravidão e urbanização, houve um desenvolvimento mais liberal na educação, ligado ao positivismo, que defende a escola pública, gratuita, leiga, além da mudança curricular, contemplando o ensino de ciências. A educação é tida neste momento como um caminho possível para o emprego na estrutura administrativa do estado que então se fortalecia.

Durante a era Vargas, é iniciada uma ação com a finalidade de organizar o ensino em nível nacional, com a criação do ministério da Educação e Saúde, e também são criadas as secretarias de Educação dos Estados. Neste momento a uma centralização da estrutura administrativa e burocrática por parte do MEC e da união, que tem as funções de controle, supervisão e fiscalização do ensino no Brasil. Neste contexto é redigido o manifesto dos pioneiros da Educação Nova, pelo qual a educação nacional deveria ser organizada, com urgência, de modo democrático que o ensino deveria ser público, obrigatório, leiga, única, gratuita, tendo o currículo voltado para os interesses naturais dos alunos, e os professores. Uma grande mudança na trajetória educacional foi à pedagogia popular de Paulo Freire, que tinha como característica defender a educação como prática da liberdade, relacionando necessariamente a alfabetização de adultos ao processo de conscientização política das massas.

No período dos governos populistas, em 1955 através do governo Juscelino Kubitschek, imprimiu-se um ritmo mais moderno e dinâmico da educação. Os anos de ditadura militar deixaram profundas marcas na educação do País. Com a fragilização do regime ditatorial, movimentos sociais foram consolidando uma nova proposta de ensino para os brasileiros, cuja característica maior é a universalização do acesso às escolas, a busca da qualidade educacional gestionada por um processo democrático e participativo. O desenvolvimento de políticas de ensino no Brasil, desde a década de 60, vem apresentando constantes mudanças. Esse fenômeno ocorre a partir do movimento dos indivíduos considerados pobres, que rompem com a sua condição de dependentes sócio-politico-economico do poder público na busca de sua auto-afirmação como pessoas de interesses próprios, traduzidos em direitos e em exercício de cidadania.

A década de 1993-2003 foi decisiva para as mudanças educacionais alavancadas por um marco inicial traduzido pelos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Em 1990, em Jomtien, Tailândia, o País, uma das nove nações de maior taxa de analfabetismo no mundo, acata as recomendações do acordo firmado nesse encontro, elaborando o Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003). Esse documento,

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