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Projeto De Extensão à Comunidade

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Por:   •  4/10/2013  •  2.293 Palavras (10 Páginas)  •  1.224 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

ARTE, CRIATIVIDADE E RECREAÇÃO

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Arte, Criatividade e Recreação”, sob orientação do professor-tutor à distância Rita Gomes.

POLO

2013

Introdução

A arte é de extrema importância na vida do ser humano, principalmente na parte infantil, pois é através da Arte que se desenvolve emoções, criatividade, imaginação e sentimentos. Este trabalho tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância das Artes na Educação Infantil.

Relato das memórias escolares relacionadas às práticas artísticas.

Para contextualizar as memórias de duas épocas/períodos e vivências bem distintas, abaixo relatadas, da dupla componente desse grupo, demos um passo no passado histórico político educacional do país para que pudéssemos entender as diferenças de sentimentos da prática educacional das artes durante a vida escolar, seus reflexos na "consciência"

Memórias Vividas a partir de 1966 Fase Escolar (Série / Década)

Instrumentos de percussão: Casca de Côco (Toque-Toque), (Pandeiro) Lata de goiabada e tampinhas de garrafa amassadas, Reco-reco (pedaço de cabo de vassoura e vareta; 3a ou 4a série do antigo primário (1970/71)

Abajur com pote de Danone, lápis, Caixa de fósforo e rendas 4a ou 5a série

Cestas, fruteiras e luminária/abajur com palitos de sorvete 4a ou 5a série

Cinto com sisal trançado 5a série 1972/73

Porta Lápis com bambu amarelo e envernizado com betume e "aza de barata"

Músicas cantadas no pátio da escola, ainda em fileira organizada por sala, antes do início das aulas 1a e 2a séries

Músicas infantis em sala de aula 2a e 3a séries

Leitura, histórias 3a e 4a séries

Poesia 3a série

Teatro Não vivenciado

Música 5a série

Iniciação Musical Não vivenciado

Desfiles Semana da Pátria 5a, 6a e 7a séries

Recreação e brincadeiras Primário: Nas Aulas de Educação física

Show de Som e Luz: Atividade Fora da Escola (Museu do Ipiranga) 5a Série

Afinal, o que trago das práticas artísticas ao longo da minha vida escolar? O que posso extrair dessas memórias, é que foram práticas que não deixaram sentimentos e registros positivos.

Fui escolhido ou me prontifiquei para decorar uma poesia para o dia da Independência do Brasil. Passei horas e dias a fio, com o papel na mão, me preparando para o grande dia de declamar no microfone, no pátio da escola. No dia da apresentação fui informado pela professora que eu não faria mais a apresentação pois já havia um número grande de crianças e fui cortado da apresentação. Ela pediu que eu declamasse somente na sala de aula. Sob os olhares e chacotas dos alunos da sala, lá fui eu, com a voz embargada e triste. Muito chateado, procurei esquecer os detalhes. A poesia ficou gravado em minha memória até hoje, na "ponta da língua", sem nunca ter declamado em nenhum outro lugar, a não ser quando relato esta passagem e pedem para que eu declame.

As práticas artísticas eram somente oficinas do fazer. Não havia sentimento ou qualquer preocupação com a espontaneidade e criatividade.

Música: Somente na aula de Francês, lá pela 5ª série, nada a ver com aula de artes. Foi tão marcante que sei cantar a música "La Quèstion" até hoje. Talvez, por este motivo, que carreguei um gosto pelo francês por muitos anos, desprezando o inglês. Poucas vezes cantamos aquelas canções que toda criança canta. Ah, lembro-me de ouvir Francisco Petrônio cantando Criança Feliz e o Palhaço Carequinha cantando O Bom Menino e todos cantavam juntos, isso na 1ª e 2ª séries, em 1966/67.

Não vi um professor ou alguma apresentação com alguém tocando um instrumento, seja violão, flauta ou qualquer outro instrumento.

Eu morria de vontade de participar dos desfiles da semana da pátria. Não me lembro qual era o critério de escolha para desfilar. Eu queria muito estar lá e a minha sala nunca participava. Eu adorava aquelas alegorias, aquela "procissão", aquele desfile de fazer inveja em muitas escolas de samba de hoje, com cada bloco que contava a história do Brasil desde o descobrimento. Lá estava eu, acompanhando, do começo ao fim.

As poucas lembranças de recreação que tenho são somente nas aulas de Educação Física com professor linha dura.

Para a época, bem com cara de regime militar, havia um show de som e luz, que acontecia no Museu do Ipiranga, era um show bastante requintado para a época. Havia uma arquibancada num ponto lateral ao jardim do parque do Museu do Ipiranga onde o público ficava. Ao som do filme sobre a Independência do Brasil protagonizado por Tarsiso Meira e grande elenco, as cenas surgiam por traz dos ciprestes, folhagens e canteiros de flores do jardim em forma de luzes coloridas sincronizadas com o som das vozes, cavalos, trilha sonora e outros barulhos. As luzes se moviam, cada hora em um lugar do jardim, dando a ilusão e a magia de movimentos das cenas. Parecia que as cavalarias cruzavam à nossa frente. Dava até para sentir a poeira. O ápice do grito de independência ou morte bradado por Dom Pedro I na voz de Tarciso Meira com uma iluminação fantástica, fazia-nos viajar na imaginação e no tempo. O som dos carros e ônibus que passavam na rua nem eram notados.

Paece que todas as atividades tinham um toque de ostentação de um regime que tinha o poder de manipulação nas mãos. Afinal, dar asas e criar alunos pensantes e criativos podia ser perigoso para quem detinha as rédeas e dominava o país.

Já, para

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