Projeto Logístico

O objetivo deste projeto é analisar as características gerais do empreendimento e propor um planejamento logístico que atenda as necessidades do cliente, dentro da coerência que os pesquisadores de logística propõem.

As características mais relevantes: local da obra, materiais utilizados, o modo de construção, o modo de transporte e sua relação com o processo construtivo.

Vale lembrar que o cliente é o construtor da obra e que a missão da logística é colocar os produtos e serviços certos, no lugar e instante corretos e na condição que o cliente deseja (BALLOU, 1993).

O local escolhido para construção do prédio apresenta características iguais a outros grandes centros, como: dificuldade de acesso de veículos longos devido a ruas estreitas, grande movimentação de pedestres, comercio ambulante e restrições de leis quanto ao tempo e horário de permanência de veículos de carga.

A dificuldade quanto ao trânsito já caracteriza um problema para o projeto logístico que deseja proceder à entrega no momento certo. A falta de espaço para permanência da carreta na obra durante o descarregamento agrava o problema.

Minas ou são Paulo, onde existem polos siderúrgicos e onde se encontram várias fábricas de estruturas metálicas.

As fábricas de estruturas metálicas, usualmente trabalham sob batelada, ou seja: fabricam o mesmo tipo de peça, da primeira até a ultima, sem interrupção. A fabricação é feita só por encomenda e com as especificações e detalhamentos de todas as peças definidas. Em função desta forma de produção, as estruturas são disponibilizadas em lotes da mesma família de produtos.

O processo de construção do prédio é o construção enxuta, que exige lotes pequenos de estruturas que serão utilizadas num tempo preestabelecido, onde o planejamento logístico considera o ressuprimento das estruturas metálicas principais características deste modo de produção.

O importante para o planejamento logístico é estabelecer um ritmo de abastecimento dos lotes com o ritmo de trabalho da obra, ou seja, proporcionar fluxo aos materiais. O planejamento do fluxo será feito a partir do depósito, onde se receberão as estruturas com o devido controle sobre suas movimentações.

Deve-se implantar um depósito no projeto de um sistema logístico, sempre que possa proporcionar vantagens do serviço ou custo. A utilização de um depósito influencia diretamente a atividade de transporte. Todas as atividades planejadas em conjunto devem atuar buscando o melhor custo dentro da necessidade requerida pelo cliente.

A forma de armazenagem influencia o manuseio eficiente das estruturas.

A eficiência é alcançada quando há planejamento do acesso da carreta, do acesso do equipamento de descarregamento/carregamento, do local onde serão dispostas ás estruturas e de forma como as estruturas são armazenadas. Para isso, propôs-se uma área para cada lote onde as estruturas seriam descarregadas em suas posições certas assim que chegassem da fábrica.

O equipamento para manuseio das estruturas interfere diretamente na produtividade no depósito. Devido às características de dimensões e tipo de solo do depósito. O processo de escolha foi baseado em uma serie de questões técnicas, tais como: o peso e dimensões da carga a ser içada, o posicionamento da carga em ralação ao guindaste e a existência de interferências entre a carreta e o local de armazenagem. Por tanto o guindaste escolhido foi o autopropelido GROVE RTE 525E, com capacidade máxima de içamento 25 t e comprimento total de lança estendida 22,90 m.

O transporte é a área operacional da logística que posiciona geograficamente o estoque. Seu objetivo é movimentar produtos de um local de origem até um determinado destino, buscando o menor custo possível (BOWERSOX e CLOSS, 2003). Porem a busca desta eficiência é restringida pela estratégia logística que procura atender ás necessidades do cliente.

O congestionamento urbano é outro fator que pode interferir na precisão do horário de entrega das estruturas na obra. Para tratar deste fator será utilizado um indicador de desempenho, índice de mobilidade, definido pela gerencia de informações de tráfego municipal.

O indicador irá mostrar expressamente a relação da velocidade praticada num determinado trecho em relação à velocidade de fluxo livre (velocidade máxima permitida na via).

A regulamentação da circulação, operação de carga/descarga e a permanência de veículos de carga no centro da cidade é feita pela Portaria TR/SUB/CRV nº 11.708, de 02/06/99 e pelo Decreto nº 14.188, de 01/09/95, que estabelece corredores de tráfego para restrições de operações de carga e descarga.

Para se obter autorização de transporte de carga além das restrições impostas pelo decreto, é necessário expor a importância do empreendimento para cidade e a necessidade do transporte. Em seguida, é necessário apresentar um planejamento de movimentação e permanência dos veículos de carga com horários e datas de inicio e termino.

A roteirização tem o objetivo de procurar o melhor trajeto que o veiculo irá percorrer durante vários ciclos de transporte, do deposito à obra. O melhor trajeto é o que leva menos tempo, pois a extensão de tempo em que os produtos estão em transito influi