Projeto Pedagógico Experimental Barragem

Projeto Pedagógico Experimental

Tema: “Meu Rio Doce numa Perspectiva Lúdica”

Local: Escola Estadual Dona Arabela de Almeida Costa

Integrantes: Sinara de Oliveira Paranhos Leão, Daniela Barbosa Avelar Marques, Ilza Maria Rodrigues, Vilma Helena de Paula e Marina Ferreira de Assis.

Apresentação

Esse relato apresenta os momentos de uma sequência didática investigativa (SDI), com a qual visamos promover e desenvolver atividades que estejam contextualizadas a partir da realidade dos alunos e de suas necessidades e interesses. Apresentadas propostas que ao mesmo tempo promovam segurança e desafios com o objetivo de uma preparação para a vida, a partir da ampliação de suas experiências.

Conforme a BNCC os alunos para efetivar uma aprendizagem real, devem ter acesso as relações de conteúdos e experiências para se alicerçarem no processo ensino aprendizagem.

Pensando nisto, decidimos propor a um grupo de alunos do 2º e 3º ano do ensino fundamental, anos iniciais da Escola Estadual Dona Arabela de Almeida Costa, conhecer a história do Rio Doce, suas queixas para contribuição de renda de seus afluentes, traçando uma cartografia geográfica através de slides informativos e o desafio de ajudar na sua preservação.  Contaremos a história de como se deu a invasão dos rejeitos da mineração, abordando de forma lúdica e segmental.

Palavras chave

Sequência – Mineração – Tragédia ambiental – Preservação ambiental - Conscientização

Introdução

Marcada por muita dor, tristeza e profunda indignação, o dia 5 de novembro de 2015 será uma data jamais esquecida pelos moradores de Bento Rodrigues, subdistrito à 35 km da histórica cidade de Mariana. Nesse dia a Barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, rompeu despejando milhões de metros cúbicos de rejeitos de lama na região e localidades adjacentes.

Em poucos minutos, o mar de lama destruiu o vilarejo, vitimando 19 pessoas, entre moradores e prestadores de serviços da empresa, além de termos até a presente data, uma pessoa desaparecida. Depois de varrer todo passado de uma comunidade tricentenária, a lama assassina destruiu a fauna e flora características da região, concentrando ainda mais metais pesados em toda bacia do Rio Doce, alterando também o modo de vida de tribos indígenas, como os Krenak, pequenos agricultores e comunidades ribeirinhas.

Este crime ocorrido há 7 anos, ainda se encontra com poucas resoluções no que se refere à indenização dos atingidos, à reparação do meio ambiente, à revitalização do Rio Doce e da reconstrução de uma “Nova Bento Rodrigues”, conforme o desejo dos moradores que viviam antes da tragédia no referido subdistrito. Ademais, temos municípios com retrações em suas economias, elevado número de desempregados, como também um grave quadro de injustiça social para aqueles atingidos que se fixaram na cidade de Mariana.

Objetivos Gerais

• Colocar os alunos como sujeitos únicos, competentes e com capacidade para expressar suas experiências, desejos e sentimentos.
• Conhecer, ouvir relatos e levar informações adicionais dos danos causados na Bacia do Rio Doce, quando ocorreu a tragédia ambiental em Mariana, no rompimento da Barragem de Fundão e  levantando um paralelo de danos e benefícios da mineração em Minas Gerais.
• Propor uma parceria com a comunidade escolar a cerca de ações socioambientais, e que possam ser avaliadas e colocadas em prática no bairro onde a escola está situada a fim de amenizar os impactos de algumas famílias e que sejam viáveis e de baixo custo.

Objetivos Específicos

• Promover o conhecimento histórico geográfico da Bacia do Rio Doce que abastece a cidade onde vivem numa perceptiva ampla e detalhada.
• Estimular nos alunos o senso crítico através das informações trabalhadas de forma lúdica.
• Conscientizar da importância da preservação ambiental e como podemos fazê-lo com mudanças de hábito e atitudes dentro da escola ou na própria casa e bairro.
• Ampliar o horizonte territorial das crianças através de aulas com recursos tecnológicos que os proporcione a conhecer o estado de Minas Gerais, sua extensão suas riquezas minerais e fluviais.

Componentes curriculares

Iremos usar a geografia como fonte de referência e um trabalho multidisciplinar (Educação Física, História e Matemática) que irá nos auxiliar na execução das atividades propostas.

Cronograma de Execução

A sequência didática será trabalhada de 29/11/22 a 05/12/22 com duração de 1h diária

Dia 29/11 Elaboração de uma autorização para os pais quanto ao uso de imagem juntamente com convite para os pais a participarem do projeto. Cartaz de acolhimento na sala de aula. Termômetro de satisfação.

Dia 01/12 Exposição do projeto. Aula historiadas. Desenhos do tema da aula para confecção de mural. Envio para casa de relato de experiência das famílias.

Dia 02/12 Slides, filmes sobre as riquezas de Minas Gerais e construção de material de apoio para a dinâmica final (peixes, gravetos, material plástico e etc).

Dia 05/12 Encerramento Dinâmica com pais e alunos. Caça aos rejeitos dentro do Rio Doce (simulação com rio confeccionado com material de TNT). As crianças irão procurar na escola objetos que poluem o rio e que fazem facilitar o rompimento da barragem.

 

Sequência Didática

Plano de Aula

2º e 3º ano do Ensino Fundamental

Objetivos de aprendizagem: Analisar a poluição de rios tendo como exemplo o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.

Habilidades da BNCC: Reconhecer e comparar atributos da qualidade ambiental e algumas formas de poluição dos cursos de água e dos oceanos.

Desenvolvimento: Este plano será ministrado em 3 aulas de 50 minutos. Serão abordados aspectos voltados para a geografia, Educação Física, Artes.

As aulas serão ministradas em conjunto com as turmas do 2º e 3º ano.

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