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Projeto Politico Pedagogico

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Por:   •  2/11/2014  •  2.165 Palavras (9 Páginas)  •  268 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR

Resumo:

O presente trabalho vai falar sobre algumas considerações referentes ao Projeto Político Pedagógico (P.P.P) da escola atual. E para a efetuação desse objetivo, tomaremos como referencial teórico, textos de fundamental pertinência, pertencentes a Arnoldo Nogaro e Ilma Passos. Veremos que ambos os autores vêem nos chamar a atenção no sentido de nos ajudar a

pensar de maneira mais reflexiva acerca do presente contexto educacional. Além disso, veremos no decorrer do trabalho que eles defendem a autonomia da escola, no que concerne a estruturação do P.P.P, ou seja, segundo eles é necessário que haja uma certa rejeição da influência burguesa em relação aos direitos escolares e de acordo com os mesmos,necessitamos mais do que nunca, lutarmos em prol de direitos iguais para todos os estudantes,principalmente na maneira de ensinar.

Palavras-chave: Educação. Projeto Político Pedagógico. Currículo.

Antes de qualquer coisa é importante nos dar por conta de que o projeto político pedagógico (P.P.P.) tem se apresentado como objeto de estudos tanto para professores quanto para pesquisadores, perpassando instituições, num âmbito nacional, estadual e municipal. Na busca de um avanço na qualidade de ensino.

Esse estudo que Ilma nos apresenta busca repensar a construção do p.p.p, e

evidentemente que quem precisa fazer isso é a própria escola, levando sempre em conta os seus alunos.

Se formos fazer uma retrospecção do nosso passado, poderemos perfeitamente nos dar por conta que os Gregos foram os que primeiro trataram e refletiram acerca do mecanismo educacional, e há evidências de que eles tenham sido os primeiros a relacionarem o político com o pedagógico. A política para eles é possuidora de uma conotação distinta da política

atual, pois ela visa a boa formação e a felicidade de todo e qualquer cidadão.

Será que o P.P.P. apresenta alguma função favorável às instituições? Quanta a isso não há dúvida, pois, o mesmo busca dar a ela uma direção e uma melhor organização interior.

Em razão disso, todo o projeto pedagógico da escola de certa forma é também um projeto político por estar inteiramente ligado ao compromisso sócio-político.

No dizer de Nogaro, a ausência de um P.P.P. impossibilita o desenvolvimento

educacional de toda e qualquer escola. É claro que a escola sem ele caminha, mas para aonde?

Na verdade, o político juntamente com o pedagógico é visto como um processo contínuo de reflexão e discussão dos problemas da escola, tentando assim encontrar meios favoráveis á efetivação de sua intencionalidade constitutiva, levando assim, todos os membros da comunidade escolar o exercício da cidadania. Ora, uma das coisas que precisamos saber, é que não se pode entender a questão política-pedagógica como mecanismos dissociados e/ou

avulsos, quando ambos andam juntos.

O P.P.P. preocupa-se em propor uma forma de organizar o trabalho pedagógico visando uma superação dos conflitos, buscando rechaçar as relações competitivas, corporativas e autoritárias. Na tentativa, de acabar com a rotina do mundo interno da instituição.

A maior obrigação da escola é educar e, por falar em educação, sabemos que ela é um dos fatores responsáveis pela transformação e evolução da sociedade. Portanto, precisa dar a sua contribuição. Ela ajuda os educandos à “abrir os olhos” no sentido de perceberem e defenderem seus direitos perante a sociedade, proporcionando-lhes uma maior visão acerca do que compete a eles desenvolver na sociedade em que estão inseridos. Mais ou menos nessa

linha Gadotti enfatiza o seguinte: “Todos não terão acesso à educação enquanto todos –trabalhadores e não trabalhadores em educação, estado e sociedade civil – não se interessarempor ela. A educação para todos supõe todos pela educação” (2001, p.40).

É sabido que o P.P.P. está relacionado com a organização do trabalho pedagógico em pelo menos dois momentos decisivos, os quais, com base em Ilma citaremos a seguir: “como organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imitado, procurando observar a visão da totalidade” (1995, p.14).

Entretanto, é necessário entender que o P.P.P. da escola, oferecerá caminhos indispensáveis à montagem do trabalho pedagógico, que engloba o trabalho do docente na ação interna da sala de aula já ressaltado acima. Para a organização desse projeto é de suma importância a ação de todos os que fazem parte do funcionamento da escola, inclusive os pais dos alunos que

frequentam a mesma. Com isso, fica claro que é preciso agir em conjunto, só assim, é possível haver um bom funcionamento no dia-a-dia da vida escolar.

Segundo Ilma, para que a construção do P.P.P. seja efetivada não necessariamente se deve induzir os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, mas oferecer oportunidades que lhes possibilitem aprender a pensar e a moldar o projeto pedagógico da melhor maneira possível (1995, p.15). Isso nos possibilita entender que a escola não deve seguir normas impostas pelo poder centralizador, mas sim “caminhar com suas próprias pernas”. Pois a escola dessa forma, ou seja, seguindo as ordens da elite, passa a ser vista como inserida na sociedade capitalista, a qual, reflete no seu bojo as determinações e contradições da sociedade menos favorecida. Sobre isso Gadotti diz: “Existem muitos caminhos, inclusive para a aquisição do saber elaborado”. “E o caminho que pode ser válida numa determinada conjuntura, num determinado local ou contexto, pode não ser em outra conjuntura ou contexto” (2001, p.40). Em vista disso, podemos concluir que é extremamente necessário que haja uma cisão entre a imposição da classe dominadora e a organização escolar, e essa ao nosso ver é uma coisa que já deveria ter sucedido há muito tempo, a escola necessita acordar para isso e lutar por sua própria autonomia. A esse respeito, Gadotti afirma o seguinte: “todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro”. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente”

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