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Projetos De Habitação

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Por:   •  13/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.368 Palavras (14 Páginas)  •  132 Visualizações

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1 Introdução

A busca por projetos sustentáveis e ambientalmente corretos na arquitetura

direcionou o que o proposto trabalho visa apresentar, com um modelo

habitacional de projetos de edificação para habitação de interesse social (HIS)

baseado na coordenação modular, conforme os princípios da eco-arquitetura,

buscando alcançar um resultado com qualidade similar ou com o mesmo nível de

qualidade das edificações convencionais.

A expectativa da proposta é facilitar a execução dessas edificações com a

compatibilização de projetos e de materiais empregados, utilizando materiais

provenientes da reciclagem dos resíduos sólidos urbanos, empregando as raspas

de pneus, que, somando a estes Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), outros

materiais utilizados na construção civil convencional, tais como areia, cimento,

brita, resultando em um novo composto.

Segundo o Ministério das Cidades (2004), o problema habitacional no Brasil

demonstra que mais de sete milhões de famílias necessitam de habitações, sem

contar com aproximadamente 10 milhões de domicílios com problemas de infraestrutura

básica. As características da sociedade brasileira de desigualdades

sociais e de concentração de renda manifestam fisicamente os espaços

segregados das cidades. Talvez as carências habitacionais constituam o maior

problema que é a falta de moradia digna para população mais carente,

correspondente à por 92% do déficit habitacional brasileiro.

Segundo SATTLER (2007), a preocupação com os danos causados pelo homem,

a sua reparação, assim como com projetos de menor impacto ambiental,

recentemente adquiriram maior influência nas propostas de edificações. Termos

como desenvolvimento sustentável, sustentabilidade, arquitetura sustentável,

construções sustentáveis, permacultura, entre outros, estão sendo utilizados, na

maioria das vezes sem que se tenha conhecimento do que representam. Sente-se

a necessidade de esclarecer o significado destes conceitos.

Conforme MORALES (2006), uma proposta para ser considerada eco-eficiente

deve ser economicamente viável e socialmente atrativa, também considerando os

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impactos ambientais, por isso é ecologicamente correta.

ADAM (2001) entende por eco-arquitetura a possibilidade de conciliar

ecossistema natural e edifício. O compromisso do ecoedifício é contextualizar

urbanisticamente e arquitetonicamente as recentes descobertas cientificas

juntamente com as tradições milenares.

Os impactos ambientais e a eficiência energética passam a ser de extrema

importância para soluções nos projetos para a “Nova Arquitetura”, na qual os

arquitetos e engenheiros devem atentar para a importância destas questões

ambientais e as incorporar aos elementos necessários em projetos

ambientalmente corretos.

O material empregado em um projeto é um fator que tem grande peso na decisão

dos profissionais da área de construção civil, assim, novas soluções devem ser

analisadas frente à preocupação com o destino de resíduos sólidos urbanos,

causadores de problemas relacionados a impactos ambientais.

LENGEN (2004), afirma que uma Eco-técnica é que faz uma determinada

comunidade independente de indústrias de outros locais, como exemplo a

produção de tijolos cerâmicos que usa argila do local, e sua preparação gera

empregos aos habitantes desta região.

Outra alternativa bastante explorada na solução do problema habitacional é a

execução através de mutirão, onde a autoconstrução, conforme LENGEN (2004),

não é difícil, onde uma família possa construir sua própria casa, havendo poucas

tarefas difíceis, sendo um exemplo o levantar a estrutura do teto, podendo ser

obtida ajuda de vizinhos e amigos.

Segundo MARTINEZ (1987), Tecnologia Alternativa, Habitação Evolutiva ou

Projeto Participativo, qualquer destas denominações é o resultado parcial de um

conjunto de preocupações e propostas que orientam o trabalho. Ele nega que a

atividade de se projetar deva ser do ato de se fazer privado, realizado para

terceiros num círculo fechado. Acredita que o projeto seja uma ação coletiva nas

quais arquitetos e usuários se relacionem entre desenho e canteiro em harmonia.

Ainda MARTINEZ (1987), procura aplicar e desenvolver técnicas adequadas aos

materiais, mão-de-obra, ferramentas e recursos locais, reduzindo investimentos,

equipamentos e materiais, utilizando uma usina no próprio canteiro permitindo a

otimização dos recursos regionais. LENGEN (2004), afirma que para a obra

avançar, é importante saber usar as máquinas, organizando ferramentas,

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